PF faz operação contra juiz por venda de sentenças; Justiça bloqueia R$ 30 milhões do magistrado 1u2o2m

Juiz é vinculado ao TJ-MT; STF determinou afastamento das funções públicas do magistrado 4x6f29

29 mai 2025 - 08h17
(atualizado às 12h23)
Resumo
PF cumpre mandados contra juiz do TJ-MT por vendas de sentenças; STF determina afastamento, bloqueio de R$ 30 milhões e investiga esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.
PF faz operação contra juiz por venda de sentenças
PF faz operação contra juiz por venda de sentenças
Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) cumpre três mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira, 29, em operação contra juiz, vinculado ao Tribunal de Justiça do Estado do Estado de Mato Grosso (TJ-MT), por vendas de sentenças. 672n3h

Mais sobre as investigações  5g2v2w

As investigações identificaram um esquema de lavagem de dinheiro, montado para dissimular pagamentos milionários de "propinas" em troca de decisões judiciais proferidas pelo magistrado. Conforme o Estadão, o juiz investigado é Ivan Lúcio Amarante.

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Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Mato Grosso.

O Supremo Tribunal Federal (STF) também determinou o afastamento das funções públicas do juiz, a proibição de sair do País, recolhendo seu aporte, e o bloqueio de bens e valores que chega a aproximadamente R$ 30 milhões. Amarante já estava afastado de suas funções na comarca de Vila Rica desde outubro de 2024, por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Amarante é suspeito de receber propinas do advogado Roberto Zampieri, conhecido como "lobista dos tribunais", executado a tiros em dezembro de 2023. O celular de Zampieri foi apreendido nas investigações sobre seu assassinato e, a partir do equipamento, foi desencadeado o inquérito sobre vendas de sentenças na Justiça mato-grossense. Além de Amarante, dois desembargadores do TJ-MT estão afastados por suspeita de elos com Zampieri. 

Essa é a 8ª fase da Operação Sisamnes e visa aprofundar a investigação em relação aos crimes de corrupção judiciária e lavagem de dinheiro, segundo a PF.

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Ao Terra, o TJ-MT informou que não foi notificado oficialmente sobre o caso e que aguarda manifestação do STF e/ou Polícia Federal para se pronunciar.

"Podemos afirmar que nenhuma unidade judiciária ou por busca e apreensão hoje. O Poder Judiciário de Mato Grosso reforça seu compromisso com a verdade e continua à disposição das autoridades para qualquer elucidação", ressaltou, por meio de nota.

O Terra busca contato também com o juiz. O espaço segue aberto para outras manifestações.

Quem é o juiz? 2t142o

Ivan Amarante é ex-policial militar de São Paulo. Foi itido na PM paulista em 1990 e permaneceu na corporação até 2012, chegando à patente de capitão. Formou-se em Direito na Universidade de Sorocaba em 2003 e tem pós-graduações no Mackenzie, onde se especializou em Processo Penal, e na PUC de São Paulo, onde estudou Segurança Pública.

Em 2012, deixou a PM paulista e assumiu o posto de juiz no TJ de Mato Grosso. Desde então, atuou nas comarcas de Vila Rica e de São Félix do Araguaia. Até ser afastado pelo CNJ por suspeita de recebimento de propinas, era o titular da comarca de Vila Rica, localizada a mais de 1,3 mil quilômetros de Cuiabá.

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7ª fase da Operação 6u6d66

Na quarta-feira, 28, a PF deflagrou a sétima fase da operação para apurar os possíveis mandantes e autores do homicídio do advogado Roberto Zampieri, em 2023, em Cuiabá (MT). Durante as investigações, a PF identificou uma organização criminosa responsável pela prática de crimes como espionagem e homicídios sob encomenda. O grupo de extermínio era autodenominado "C4 - Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos".

Foi com a investigação desse caso que a polícia descobriu um suposto esquema de venda de sentenças no TJ-MT e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Saiba mais sobre outras fases da Operação Sisamnes.

Ainda durante a ação de quarta, uma lista com nomes de parlamentares e ministros do STF foi encontrada pela PF. Na lista, havia também uma tabela de valores cobrados para execuções. *(Com informações do Estadão Conteúdo).

Fonte: Redação Terra
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