Ana Cecília Costa critica pressão para maternidade: 'Não existe para os homens' 421q47
Em cartaz com o espetáculo Cartas Libanesas: Ayuni, Ana Cecília Costa conversa com CARAS Brasil sobre pressão para ser mãe g3k5i
Ao encontrar a personagem Adibe nos palcos, na peça Cartas Libanesas: Ayuni, em cartaz no Sesc Ipiranga, em São Paulo, a atriz Ana Cecília Costa (54) mergulha em uma história marcada por memórias e a força das raízes femininas. A montagem, inspirada em cartas reais trocadas por imigrantes libaneses no Brasil, trouxe à tona não só lembranças ancestrais, mas também reflexões pessoais e sociais. 374366
Em entrevista à CARAS Brasil, a atriz é direta ao falar sobre a cobrança direcionada às mulheres em relação à maternidade. "Essa cobrança está diretamente relacionada com o machismo estrutural da sociedade em que vivemos. Para os homens não existe esta cobrança", afirma.
Na peça, a personagem da artista é uma mulher atravessada pela distância e pela busca por pertencimento. Ao interpretá-la no teatro, Ana se vê diante de temas profundos que ecoam também fora da cena.
O espetáculo escrito por Duca Rachid (63) e José Eduardo Vendramini traz uma linguagem poética que mistura teatro e reflexões. Segundo a atriz, essa retomada foi "uma alegria" e permitiu um novo olhar e pesquisa para a personagem, agora em um formato mais íntimo, já que Adibe não aparecia fisicamente em cena na montagem anterior.
"[Para compor esse papel] A pesquisa que fiz para fazer Missade, a síria da novela Órfãos da Terra, foi fundamental para este trabalho. Tenho amizade com muitas pessoas de origem árabe, ouço as músicas, vejo filmes, amo a comida, a estética, isso tudo me ajuda a compor Adibe no teatro. Assim como Missade, com Adibe busquei atuar a mulher árabe através de uma composição de corpo, voz e temperamento, sem caricatura. Tivemos também a ajuda da pesquisadora de cultura árabe Muna Omran que foi bastante valiosa", revela.
VEJA ANA CECÍLIA EM CARTAS LIBANESAS: AYUNI:
Ver essa foto no Instagram