As 50 continuações de filmes mais decepcionantes de todos os tempos, segundo Rolling Stone 2t291x
Um mundo onde os heróis nunca morrem, as mesmas piadas nunca envelhecem e os filmes ímpares de Star Trek sempre são ruins j241
As sequências existem quase desde o início de Hollywood. Mesmo antes dos filmes falados, já surgiam continuações como Don Q. - Filho do Zorro(1925). Nos anos 1970 e 1980, sucessos como Star Wars, O Exorcista (1973) e Os Caçadores da Arca Perdida (1981) deram origem a franquias que seguem até hoje. 16z5j
É fácil entender por que os estúdios investem tanto em sequências: se uma fórmula funcionou, por que não repetir? É mais fácil vender algo conhecido do que apostar no novo. Mas poucas continuações realmente superam o original. Para cada O Império Contra-Ataca (1980), há dezenas como O Filho do Máskara(2005), que nunca deveriam ter saído do papel.
Esta lista foca nas piores sequências que, na época, pareciam promissoras. Sim, é uma escolha subjetiva — e talvez um pouco ingênua. Afinal, mesmo com tantas decepções, a gente sempre entra no cinema com alguma esperança. (E se lançarem O Exerminador do Futuro 37, a gente vai assistir.)
Siga conosco nessa jornada pela história de Hollywood — onde Michael Myers nunca morre, John McClane vira super-herói, os filmes ímpares de Star Trek decepcionam, e ainda esperamos o dia em que uma sequência de Jurassic Park será realmente boa.
50. O Exterminador do Futuro 3 - A Rebelião das Máquinas (2003) 2m6926
Esse já enfrentava muitos obstáculos antes mesmo das câmeras começarem a rodar. Os dois primeiros filmes da franquia foram idealizados por James Cameron. Ele os escreveu, dirigiu e supervisionou cada detalhe da produção. Mas Cameron não teve envolvimento com o terceiro filme.
O elenco também não contava com Linda Hamilton ou Edward Furlong nos papéis de Sarah e John Connor. A única coisa que o filme manteve dos dois anteriores (além de uma breve aparição de Earl Boen como Dr. Peter Silberman) foi o próprio Exterminador, interpretado por Arnold Schwarzenegger.
E como aprendemos com filmes como Batman & Robin, Fim dos Dias, O Sexto Dia e tantos outros fracassos, apenas a presença de Schwarzenegger não garante um bom filme. E este está longe de ser um. É basicamente uma repetição de O Julgamento Final, com outro Exterminador avançado vindo do futuro — interpretado por Kristanna Loken — e John Connor (agora vivido por Nick Stahl) tentando sobreviver com a ajuda de outro T-850, vivido por Schwarzenegger.
Quase não há cenas memoráveis até o final, quando a guerra nuclear começa e John Connor finalmente assume seu destino. É um momento genuinamente arrepiante, mas não compensa as quase duas horas que o precedem. Para ser justo, nada jamais superaria O Exterminador do Futuro 2. É uma das maiores continuações da história de Hollywood, rivalizando apenas com O Poderoso Chefão II. Mas A Rebelião das Máquinas não chega nem perto.
49. Os Embalos de Sábado Continuam (1983) 1x1t59
As sequências de dança de Os Embalos de Sábado à Noite (1977) estão entre as imagens mais icônicas da história do cinema. Mas são apenas alguns minutos fugazes em um filme escuro sobre um adolescente do Brooklyn (interpretado por John Travolta) desesperado para melhorar de vida.
Gene Siskel considerava-o o maior filme da história de Hollywood. Quando reencontramos o personagem Tony Manero em Os Embalos de Sábado Continuam(1983), ele é um garçom com sonhos de estrelato na Broadway.
Sylvester Stallone dirige o longa e convidou seu irmão Frank para contribuir com músicas para a trilha sonora. E com todo o respeito a Frank Stallone, suas músicas não chegam aos pés das dos Bee Gees. (Que, inclusive, também contribuíram com algumas canções pouco memoráveis.) Mas a música ruim está longe de ser o maior problema desse filme.
Falta alma à história, e Manero acaba atuando em um musical da Broadway medonho, que parece um delírio de uma banda dos anos 80. "Os Embalos de Sábado Continuam é uma sequência que não entende o que fez o original funcionar", escreveu Janet Maslin no The New York Times. "O primeiro filme era engraçado e comovente, impulsionado por uma trilha sonora fenomenal. Este aqui é desajeitado, maldoso e incrivelmente pouco musical."
48. O Mundo Perdido - Jurassic Park (1997) 5m4046
Com exceção da franquia Indiana Jones, Steven Spielberg evitou, em grande parte, a tentação das continuações durante sua carreira. Ele poderia ter ganhado fortunas dirigindo sequências de Tubarão, E.T. e Contatos Imediatos do Terceiro Grau, mas sabia que essas continuações nunca estariam à altura dos originais e preferiu investir em projetos novos.
Mas Jurassic Park foi um sucesso tão estrondoso em 1993 que ele contrariou seu bom senso e aceitou dirigir O Mundo Perdido: Jurassic Parkem 1997. O filme adapta um livro que Michael Crichton escreveu a contragosto em 1995, justamente para viabilizar essa sequência. A história se a em outra ilha onde os dinossauros foram criados.
Jeff Goldblum lidera a equipe ao lado de Julianne Moore e Vince Vaughn. Os dinossauros atacam. Pessoas morrem. No final, um T-Rex é solto em San Diego. Tudo parece muito trivial e sem qualquer senso de maravilha como no original. Apesar de ter arrecadado muito dinheiro, e de estarem produzindo o sétimo filme da franquia, só o primeiro é realmente bom. As sequências variam de ruins a péssimas.
47. Papai Noel às Avessas 2 (2016) 6v1i1q
Quando continuações de comédia realmente funcionam — o que é bem raro — elas saem no máximo uns dois anos depois do original e com a mesma galera criativa por trás. Bill & Ted - Dois Loucosno Tempo e A Família Addams 2 são os melhores exemplos disso. Chegaram aos cinemas em menos de dois anos depois dos primeiros filmes, com os mesmos roteiristas e diretores (Chris Matheson e Ed Solomon em Bill & Ted, Barry Sonnenfeld em Addams).
Já Papai Noel às Avessas 2 saiu 13 anos depois do primeiro, sem o diretor original Terry Zwigoff e nem os roteiristas Glenn Ficarra e John Requa. Eles até trouxeram o Billy Bob Thornton de volta como o Papai Noel safado, o Tony Cox como o parceiro trambiqueiro e até o Brett Kelly de novo como o Thurman Merman, aquele moleque fissurado no Natal. A antiga turma se junta pra outro golpe natalino, mas as piadas sujas não funcionam dessa vez.
Como escreveu David Fear, da Rolling Stone: "O filme todo parece só seguir o roteiro, sem alma. O original acreditava de verdade naquela vibe de todo mundo é um lixo, com cada pedacinho do seu coração preto e endurecido — ironicamente, essa podridão tornava tudo mais humano (e engraçado). Já a continuação parece carvão fajuto: é só soprar que toda essa escuridão de mentirinha some, e não sobra nada por baixo."
46. O Garoto do Futuro 2 (1987) 123g6j
Pra deixar bem claro: O Garoto do Futuro original está longe de ser um grande filme. Mas o Michael J. Fox tava no auge do carisma da época de De Volta para o Futuro, então ele segurava fácil o papel do nerd que vira lobisomem e, do nada, estrela do basquete e galã do colégio.
Infelizmente, Fox nem aparece na continuação. Quem estrela é o Jason Bateman, como o primo do personagem dele. Ele vai pra faculdade, descobre que também é lobisomem e usa os poderes pra ganhar lutas de boxe (!). "Boxeador universitário se transforma em lobisomem" deveria ser manchete no mundo inteiro, né? Mas o filme trata isso como se fosse só uma curiosidade regional.
Michael Wilmington, do Los Angeles Times, escreveu: "O ritmo é quase de quem tá em coma, e o auge do humor do filme é uma briga de sapos no laboratório de biologia. É isso mesmo que você tava doido pra ver? Diálogo ruim, piadas péssimas sobre lobisomens e atores rindo alto enquanto jogam um monte de sapinhos uns nos outros?"
45. MIB: Homens de Preto - Internacional (2019) 4n94d
Se tinha uma franquia com potencial pra virar um universo cinematográfico, era Homens de Preto. Tem uma galáxia inteira de aliens malucos pra explorar e um monte de agentes espalhados pela Terra combatendo essas criaturas. Se a Sony tivesse jogado direito com essa carta, a gente já estaria na décima temporada de uma série de TV, com animação bombando e no décimo terceiro spin-off nos cinemas.
Mas a primeira tentativa de seguir além da trilogia com Will Smith e Tommy Lee Jones foi MIB: Internacional (2019), com Chris Hemsworth, Tessa Thompson, Rebecca Ferguson, Liam Neeson e Kumail Nanjiani. A história se a no escritório de Londres dos MIBs e gira em torno da busca por uma arma poderosa escondida na Terra.
O filme arrecadou o suficiente pra talvez se pagar, mas não pra justificar outro. Como escreveu o crítico James Berardinelli: "Já se aram 17 anos desde que Homens de Preto era um sucesso quente, e esse tempo todo não ajudou em nada a reacender o interesse. Quem bancou essa ressurreição meia-boca devia ganhar um paraquedas dourado. Se você tem boas lembranças dos filmes antigos, fica com elas. Ver esse último só vai estragar a nostalgia."
44. Apertem os Cintos...O Piloto Sumiu! 2 (1982) f1q6p
No mundo das continuações de comédia, a tentação de só repetir a fórmula do primeiro filme — com as mesmas piadas — é forte demais pra maioria dos diretores resistir. Por isso, o trio genial David Zucker, Jim Abrahams e Jerry Zucker preferiu não fazer Apertem os Cintos... O Piloto Sumiu! 2.
Por causa disso, Leslie Nielsen nem pôde aparecer na sequência de Apertem os Cintos. O elenco original até voltou — Robert Hays, Julie Hagerty e Lloyd Bridges — mas o roteirista e diretor Ken Finkleman simplesmente não tem o mesmo talento cômico dos ZAZ (e o filme anterior dele foi Grease 2, o que já diz tudo, né?). Ele escreveu um roteiro sobre uma nave indo pra lua, mas na real é só uma cópia do primeiro filme, só que com 500 piadas a menos.
O único lado bom dessa bagunça toda é que Corra que a Polícia Vem Aí existe justamente porque os ZAZ foram espertos o bastante pra pular fora. Você não vai ver nenhuma das continuações de Corra que a Polícia Vem Aí nessa lista. Ao contrário de Apertem os Cintos 2, elas são hilárias de verdade.
43. Maquina Mortífera 4 (1998) 113827
Se a gente fosse fazer uma lista das melhores continuações da história de Hollywood, Máquina Mortífera 2 estaria lá no topo. O terceiro filme foi um pouco abaixo do esperado, mas a franquia só desandou mesmo no quarto, lançado em 1998.
Nessa altura, Joe Pesci e Rene Russo já faziam parte da "família Máquina Mortífera", junto com os protagonistas Mel Gibson e Danny Glover. No quarto filme ainda entraram Chris Rock e Jet Li — tinha tanta estrela que mal cabia no pôster. A trama gira em torno de Riggs e Murtaugh enfrentando um falsificador e traficante de pessoas asiático.
Glover já estava muito além do famoso "tô velho demais pra isso", considerando que o personagem dele já queria se aposentar uns 10 anos antes. Dá pra sentir que todo mundo só tá ali no automático, contando quanto estão ganhando por segundo.
O roteiro nem estava pronto quando as filmagens começaram — e isso fica óbvio em quase todas as cenas. Como escreveu o crítico Roger Ebert: "Parece que Máquina Mortífera 4 foi feito com as sobras dos outros filmes, cenas que não usaram antes e juntaram tudo num filme que, no fundo, nem acredita que precisava existir."
42. Homem de Ferro 2 (2010) 6x58i
O primeiro Homem de Ferro mudou Hollywood pra sempre. Foi o pontapé inicial do Universo Cinematográfico da Marvel, deu início a essa febre de super-heróis que domina a indústria até hoje e marcou um novo começo na carreira de Robert Downey Jr.
Mas quando chegou a hora de lançar o segundo filme, em 2010 — só dois anos depois do original — a Marvel ainda tava ajustando sua fórmula no cinema. Justin Theroux assumiu o roteiro e criou uma trama enrolada, em que Tony Stark precisa lidar com um problema sério de saúde, um novo vilão russo vivido por Mickey Rourke, e toda a pressão que veio depois que o mundo descobriu sua identidade secreta.
"Tudo o que era divertido e incrível em Homem de Ferro, há apenas dois anos, desapareceu na continuação," escreveu Kirk Honeycutt, do Hollywood Reporter. "No lugar disso, Homem de Ferro 2 entrega barulho, confusão, vilões demais, cenas de ação sem propósito e enredos perdidos. Uma franquia que começou com sucesso de crítica e público vai ter que se contentar só com o sucesso de bilheteria desta vez."
41. Thor: Amor e Trovão (2022) 3k2h1i
O anúncio de que Natalie Portman voltaria ao Universo Cinematográfico da Marvel em Thor: Amor e Trovão (2022) gerou um baita entusiasmo. Ela estava sumida desde Thor: O Mundo Sombrio (2013), mesmo tendo um papel importante como Jane Foster, a namorada astrofísica do Thor.
A empolgação só aumentou quando os fãs souberam que, dessa vez, ela ia empunhar o martelo e assumir o manto de Poderosa Thor. Mas aí veio a revelação de que a personagem estava lutando contra um câncer em estágio 4. O roteiro tenta equilibrar esse baita peso dramático com uma enxurrada de cenas cômicas, o que resulta num tom geral bem estranho.
Se você acha exagero, ouve o próprio Thor, Chris Hemsworth: "Me deixei levar pela improvisação e pela loucura, e virei uma paródia de mim mesmo," disse ele à Vanity Fair este ano. "Não consegui aterrissar direito."
40. Alien - A Ressurreição (1997) j4k2w
Os três primeiros filmes da franquia Alien foram dirigidos por três dos melhores cineastas de sua época: Ridley Scott, James Cameron e David Fincher. O terceiro decepcionou, já que Fincher ainda era um novato, o estúdio não confiava totalmente nele e o roteiro nunca foi finalizado de fato. Ainda assim, continua sendo um filme de David Fincher com momentos de inovação e interesse.
O mesmo não se pode dizer de Alien: A Ressurreição (1997). A história se a 200 anos após a morte de Ripley, personagem de Sigourney Weaver, no final de Alien 3. Ela é clonada a partir de uma gota de sangue — e, de alguma forma, suas memórias estão intactas. Os humanos também recriam os alienígenas Xenomorfos — o que, como já deveríamos saber pelos três filmes anteriores, é uma péssima ideia.
Como era de se esperar, os Xenomorfos crescem, se reproduzem e começam a matar. Winona Ryder entra na história, e eventualmente descobrimos que ela é um robô. Ripley mais uma vez acaba com os Xenomorfos, mas será que já não vimos tudo isso antes? "Essa é uma franquia cuja inspiração veio, foi embora e já foi esquecida", escreveu Roger Ebert. "Estou saturado de Alien."
39. O Espetacular Homem-Aranha 2 - A Ameaça de Electro (2014) 516636
Durante um tempo, era comum citar Homem-Aranha 3 como o ponto mais baixo da franquia. Mas o tempo foi generoso com o "Homem-Aranha Emo" e seu corte de cabelo à Pete Wentz, e surgiu até um pequeno culto em torno de sua esquisitice (sem falar nos incontáveis memes). E mesmo que você ache Homem-Aranha 3 um filme inchado e desorganizado, com vilões demais, ele ainda é claramente superior a O Espetacular Homem-Aranha 2, que marcou o fim prematuro da era Andrew Garfield.
Esse é o filme em que Jamie Foxx interpreta o vilão Electro, Paul Giamatti vive o Rhino, o Duende Verde retorna, e Gwen (Emma Stone) morre após uma queda. Era o quinto filme do Homem-Aranha em um período de 12 anos, e tudo parecia uma repetição do que já tínhamos visto, com tentativas evidentes de preparar o terreno para umas seis continuações e derivados. "Os estúdios e produtores tentam equilibrar — excelência e mediocridade, escuridão e luz, seriedade e diversão", escreveu Wesley Morris na Grantland. "Mas O Espetacular Homem-Aranha 2 foi longe demais nessa divisão. Não tem gosto de nada."
38. U.S. Marshals - Os Federais (1988) 1s4o31
O enorme sucesso de O Fugitivo (1993) tornou uma sequência praticamente inevitável, mesmo que qualquer tentativa já estivesse fadada ao fracasso desde o início. Não havia uma maneira plausível de Harrison Ford ser acusado injustamente de assassinato pela segunda vez, escapar da lei e ser perseguido de novo por Tommy Lee Jones. Seria absurdo — e Ford nunca aceitaria fazer isso.
A única saída foi seguir com o personagem de Jones, o agente federal Samuel Gerard, e colocá-lo atrás de outro homem inocente. Foi o que aconteceu em U.S. Marshals - Os Federais (1998), com Wesley Snipes assumindo o papel do fugitivo. O filme teve um desempenho modesto, mas envelheceu muito mal.
O próprio Jones hoje em dia nem tenta defendê-lo: "O que movia O Fugitivo era que não estávamos perseguindo apenas um médico qualquer", contou à Rolling Stone na retrospectiva de 2023 do filme. "Estávamos perseguindo o Harrison Ford, e ele era o motor daquele filme. Com U.S. Marshals, tínhamos outro diretor, outra abordagem... o filme simplesmente não era tão bom quanto O Fugitivo." Fica difícil discordar.
37. Jornada nas Estrelas V: A Última Fronteira (1989) l1g14
A franquia Jornada nas Estrelas começou de forma bastante instável com a sonolenta Star Trek: O Filme (1979), o que tornou ainda mais impressionante o sucesso de Star Trek II: A Ira de Khan (1982). Star Trek III: À Procura de Spock foi uma leve decepção em 1984, mas palavras não bastam para expressar nosso amor por Star Trek IV: A Volta para Casa (1986).
É aquele filme maluco com viagem no tempo e baleias, que continua divertido mesmo na 200ª vez que o assistimos. Leonard Nimoy dirigiu esse filme, e talvez por isso William Shatner exigiu a cadeira de diretor para Star Trek V: A última Fronteira (1989). O enredo gira em torno da busca por Deus no centro do universo e de um vulcano malvado chamado Sybok, mas nada disso importa. Nada no filme funciona, especialmente a cena constrangedora em que Spock, Kirk e McCoy cantam "Row, Row, Row Your Boat" ao redor de uma fogueira. O fiasco foi tão grande que Star Trek VI: A Terra Desconhecida (1991) foi concebido como um adeus digno ao elenco original.
36. Clube dos Pilantras II (1988) 35lu
Agora imagine uma versão de Clube dos Pilantras sem Bill Murray, Rodney Dangerfield, Lacey Underall, uma frase marcante ou sequer uma risada. Seja o que for que você esteja imaginando, provavelmente ainda é melhor do que Clube dos Pilantras 2. Chevy Chase é o único membro do elenco original a retornar, e se junta a Robert Stack, Randy Quaid, Dyan Cannon, Chynna Phillips e Dan Aykroyd, que tenta — sem sucesso — ocupar o lugar de Bill Murray como zelador do clube.
É um bom elenco, mas nem eles conseguem salvar essa bomba sobre um milionário que compra o clube de campo e o transforma em parque de diversões. O diretor original, Harold Ramis, é creditado como co-roteirista, mas mais tarde renegou o filme e quase pediu a remoção do seu nome dos créditos. O sinal mais claro de que algo estava errado? Dangerfield achou o filme abaixo dos seus padrões. E estamos falando de um homem (genial, sim) que aceitou papéis em Meet Wally Sparks, My 5 Wives e The 4th Tenor. Ele topava quase qualquer coisa para estar nas telonas — menos Clube dos Pilantras 2. Foi a escolha certa. Nem Rodney poderia salvar esse filme.
35. Halloween Kills: O Terror Continua (2021) 3rh6f
O Halloween original, de 1978, é um clássico do terror que abriu caminho para A Hora do Pesadelo, Sexta-Feira 13 e muitos outros filmes slasher dos anos 80. Mas, assim como as franquias que inspirou, Halloween gerou uma sequência atrás da outra que fracassou de maneiras profundas.
Um milagre aconteceu em 2018, quando Jamie Lee Curtis retornou à franquia em Halloween, que ignorava todos os filmes após o primeiro e conseguiu criar arrepios genuínos ao mostrar uma Laurie Strode grisalha e endurecida enfrentando Michael Myers mais uma vez.
Eles deveriam ter parado por aí. A sequência de 2021 isola Strode em um quarto de hospital por boa parte do filme, enquanto Myers vagueia pela cidade de Haddonfield em mais uma matança. Rostos conhecidos do filme original aparecem, incluindo Kyle Richards, de The Real Housewives of Beverly Hills, que atuou no primeiro filme quando criança. Mas tudo parece uma repetição cansada e sem sentido.
O filme também foi feito para preparar o terreno para um terceiro e último capítulo, Halloween Ends (2022), mas eles deveriam ter aprendido a lição do primeiro filme: não dá para ficar repetindo essas histórias indefinidamente. Mais importante ainda, um filme deve se sustentar por conta própria — não deveria parecer apenas uma ponte entre dois outros.
34. Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (2023) 5w1h34
Futuros historiadores do cinema vão se divertir tentando identificar o momento exato em que o Universo Cinematográfico Marvel perdeu o rumo. Alguns vão apontar Eternos (2021), Thor: Amor e Trovão (2022) ou Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, do mesmo ano. Mas é quase certo que Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (2023) será citado muitas vezes.
A Marvel estava produzindo conteúdo a um ritmo frenético quando o filme entrou em produção, e os recursos estavam extremamente dispersos entre várias séries e filmes. A pós-produção foi apressada, e a equipe de efeitos especiais estava focada em finalizar Pantera Negra: Wakanda Para Sempre.
O resultado foi um filme que literalmente parecia inacabado quando chegou aos cinemas. E com um enredo confuso e cansado sobre o Homem-Formiga e sua família entrando acidentalmente no "Reino Quântico" (pergunte ao seu sobrinho de 11 anos o que isso significa), o desastre estava formado. "Todo mundo simplesmente vaga por esse filme — por seus ambientes elaborados, coloridos, confusos, no estilo capa de álbum psicodélico", escreveu o crítico Bilge Ebiri, da New York. "De vez em quando fazem uma piada ou cruzam os braços. Nada parece se encaixar. Se você me dissesse que os atores foram filmados antes mesmo dos cineastas decidirem o que eles estariam olhando ou com o que estariam interagindo, eu acreditaria."
33. Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 (2014) 586f3s
A franquia Harry Potter criou um precedente muito ruim quando o último livro da série foi dividido em dois filmes. Isso até era justificável no caso de Potter, já que o livro tem 607 páginas e seria difícil condensá-lo em um único filme satisfatório. Mas não fazia nenhum sentido narrativo dividir A Esperança, o último livro de Jogos Vorazes (com 390 páginas), em dois longas.
O primeiro tem agonizantes 123 minutos em que quase nada de importante acontece. Katniss e seus aliados entram em um distrito subterrâneo e se preparam para uma grande revolução — mas tudo é apenas uma preparação para a segunda parte. (Há também o problema de que este é um filme de Jogos Vorazes que não entrega os Jogos Vorazes propriamente ditos.)
O filme foi um sucesso e a atuação de Jennifer Lawrence continuou impressionando os críticos, mas até o diretor Francis Lawrence ite que foi um erro dividir o livro em dois. "O que percebi depois — e depois de ouvir todas as reações e sentir a fúria de fãs, críticos e do público com a divisão — é que foi frustrante", ele disse à People em 2023. "E eu entendo isso completamente... Eu me arrependo totalmente [de ter dividido o filme]. Totalmente. Não sei se todo mundo se arrepende, mas eu com certeza sim."
32. O Poderoso Chefão 3 (1990) l5k6b
Seria profundamente injusto colocar o terceiro filme de O Poderoso Chefão em uma lista dos 50 piores filmes de todos os tempos. É um filme muito melhor do que sua reputação sugere, e colocá-lo ao lado de coisas como Alien vs. Predador ou Um Morto Muito Louco 2 seria cruel.
Ele também contém talvez a frase mais citada de toda a trilogia ("Just when I thought I was out … they pull me back in"). Mas esta é uma lista de sequências decepcionantes, e as expectativas para este filme estavam nas alturas. O Poderoso Chefão é possivelmente o maior filme da história. O Poderoso Chefão II é, indiscutivelmente, a maior sequência da história.
Era impossível que um terceiro filme, lançado 16 anos depois, não fosse uma decepção. O fato de Robert Duvall ter saído por causa de uma disputa salarial, e Winona Ryder ter desistido pouco antes das filmagens — levando o diretor Francis Ford Coppola a escalar sua filha adolescente Sofia para um papel importante — não ajudou em nada. O filme ainda reuniu Al Pacino, Diane Keaton e Talia Shire com Coppola e arrecadou 137 milhões de dólares, mas dizer que não foi uma decepção seria incorreto.
31. Tubarão 2 (1978) 1r64r
Tubarão 2 tem uma das melhores frases de marketing de todos os tempos: "Just when you thought it was safe to go back in the water..." ("Justo quando você pensou que era seguro voltar para a água..."). Mas essa é praticamente a única coisa memorável sobre o filme, que mostra outro tubarão assassino chegando à Ilha Amity e forçando Roy Scheider a enfrentá-lo novamente.
Desta vez, o tubarão quase mata seu filho, até que ele o eletrocuta e salva a cidade mais uma vez. (Esse tipo de trabalho realmente faz parte das funções de um chefe de polícia?) Steven Spielberg estava ocupado com Contatos Imediatos do Terceiro Grau e não quis voltar à água depois das dificuldades com o primeiro filme. Ele também sabia que seria impossível superá-lo.
Para deixar claro: os terceiros e quartos filmes de Tubarão são muito piores. Tubarão 2falha de maneira comum. Tubarão 3-D e Tubarão: A Vingança falham de forma espetacularmente incompetente (e muitas vezes hilária). Mas ninguém entrou nesses filmes esperando uma obra-prima. Já em Tubarão 2, as expectativas eram altas — e o público saiu profundamente decepcionado.
30. Bruxa de Blair 2: O Livro das Sombras (2000) 4s3i4c
O calendário de lançamentos de 1999 estava tão recheado de filmes notáveis que muitos críticos hoje o consideram um dos melhores anos da história de Hollywood. E mesmo no meio de toda essa excelência, A Bruxa de Blair se destacou.
O filme de terror no estilo "metragens encontradas" foi rodado com um micro-orçamento de apenas 60 mil dólares, mas mesmo assim conseguiu assustar profundamente todos que o assistiram. Uma sequência era inevitável. Infelizmente, ela ignorou completamente o estilo caseiro do original, além de tudo o que parecia minimamente original — isso apesar de ter sido dirigida por Joe Berlinger, criador de Paradise Lost.
No lugar, recebemos um filme de terror tradicional sobre um grupo de fãs de A Bruxa de Blair que vai até o local do primeiro filme, em Burkittsville, Maryland, e acaba enfrentando uma força maligna. "Bruxa de Blair 2: O Livro das Sombras não é uma obra muito lúcida (e nem sequer tem um 'Livro das Sombras')", escreveu Roger Ebert. "Imagino que o filme faça sentido para Berlinger, que coescreveu e ajudou a editar, mas uma única sessão não é suficiente para entender o material — e, infelizmente, o conteúdo não é interessante o bastante para merecer uma segunda exibição."
29. Duro de Matar 4.0 (2007) 4422n
Duro de Matar: A Vingança é um dos melhores terceiros filmes da história do cinema de ação, em grande parte porque o diretor do original, John McTiernan, retornou após ficar de fora do segundo filme, que foi decepcionante.
Um quarto filme só viria 12 anos depois, agora dirigido por Len Wiseman, de Anjos da Noite. O roteiro era absurdo: John McClane enfrenta um ciberterrorista em Washington, D.C. Bruce Willis praticamente tem superpoderes no filme. Em um momento, ele destrói um helicóptero em pleno voo jogando um carro contra ele.
É tão ridículo que nem mesmo Michael Scott, de The Office, conseguiu gostar. "O lance com Duro de Matar 4 é o seguinte", ele diz em um episódio. "No primeiro, John McClane é só um cara normal, sabe? Um policial de Nova York que leva porrada, corta o pé. Mas é um cara comum. Em Duro de Matar 4, ele pula com uma moto e acerta um helicóptero no ar. Ele é invencível. Não é mais Duro de Matar. É tipo Exterminador do Futuro." Pela primeira vez, Michael Scott está completamente certo.
28. Um Time Muito Louco (1994) 4h5y4x
Fazer uma sequência de Guerra de Campeões não era uma ideia maluca. Afinal, no primeiro filme nem chegamos a ver o grupo de desajustados do Cleveland Indians disputar a World Series — o que deixou espaço para continuar a história. E Um Time Muito Louco 2 conseguiu reunir o elenco original, com exceção de Wesley Snipes, que foi substituído por Omar Epps.
A ideia realmente maluca foi rebaixar a classificação indicativa do original (para maiores de 17 anos) para PG (livre para menores com acompanhamento). Isso neutralizou completamente os personagens. Quem quer ver Ricky "Wild Thing" Vaughn sem poder xingar? Em um vestiário, espera-se ouvir "conversa de vestiário".
Além disso, o filme parece uma repetição pálida do primeiro. "Raramente houve uma queda tão brusca e estranha entre um filme e sua sequência quanto a que ocorreu entre o original rápido e divertido e o tedioso e sem graça Major League II", escreveu Caryn James no The New York Times. "Enquanto o primeiro filme brincava com os clichês do beisebol, este aqui os leva quase a sério."
27. Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar (2017) 3b1z
Em 2003, a Disney de alguma forma transformou a atração do parque temático Piratas do Caribe — que remonta à era Mad Men — em um filme estrelado por Johnny Depp que arrecadou mais de 650 milhões de dólares. As duas primeiras sequências somaram mais de 1 bilhão cada, e receberam críticas surpreendentemente respeitáveis, considerando o material de origem.
Mas o diretor Gore Verbinski saiu da franquia no quarto filme, cedendo lugar a Rob Marshall. Embora seja um pouco injusto culpá-lo por inteiro, o fato é que Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar é um desastre inchado e dolorosamente sem graça.
A franquia simplesmente perdeu o fôlego, e nem os efeitos especiais mais elaborados conseguiram disfarçar isso. "Seus prazeres são tão escassos, sua alegria com suas próprias invenções tão forçada e falsa, que ele se torna praticamente o exato oposto do entretenimento", escreveu A.O. Scott no The New York Times. "Insistir no contrário é cair na falácia do custo irrecuperável. Já que você pagou por diversão, presume-se que tenha recebido diversão — e você se agarra a essa ideia, mesmo diante de provas em contrário. Mas confie em mim: este filme seria um roubo mesmo que alguém te pagasse para assisti-lo."
26. American Graffiti - E a Festa Acabou (1979) 3q1f1f
O American Graffiti original, de 1973, foi um fenômeno tão grande na cultura pop que, de certa forma, deu origem a Happy Days, Star Wars e até à ideia de "rock retrô". (Estamos só exagerando um pouquinho.) O filme de George Lucas se ava ao longo de uma única e longa noite em 1962, mas a continuação de 1979, escrita e dirigida por Bill Norton, se espalha por quatro vésperas de Ano Novo entre 1964 e 1967.
Quase todo o elenco original voltou — com exceção de Richard Dreyfuss (e até tem uma participação do Harrison Ford) —, mas a história salta de forma confusa no tempo, às vezes usando tela dividida, o que torna tudo difícil de acompanhar. Além disso, o filme simplesmente não tem a leveza e o charme do primeiro. Sem surpresa, foi um fracasso de bilheteria — e ainda marcou o fim da carreira de ator de Ron Howard.
25. Um Príncipe em Nova York 2 (2021) 2c672v
Eddie Murphy ou décadas resistindo aos pedidos para fazer uma continuação de Um Príncipe em Nova York (1988), até finalmente ceder em 2021. Foi um erro.
O filme tenta tanto forçar a nostalgia — trazendo de volta personagens, cenários e piadas visuais do original — que esquece de contar uma história realmente envolvente. Até existe uma trama bem fraca sobre Murphy voltando ao Queens, em Nova York, em busca de um filho perdido, mas isso serve mais como desculpa pra ele se encher de látex e maquiagem e interpretar de novo os velhinhos da barbearia (que, por algum motivo, ainda estão vivos).
As cenas na nação africana fictícia de Zamunda funcionam ainda menos. É divertido, por um momento, rever Murphy, Arsenio Hall e a galera antiga reunida… mas vamos ser sinceros: quantos de vocês assistiram esse filme mais de uma vez? Seja honesto.
24. Mulher Maravilha: 1984 (2020) 596yg
O problema com Mulher-Maravilha 1984 não é o elenco, nem a direção. Patty Jenkins, Gal Gadot, Chris Pine, Kristen Wiig, Pedro Pascal e Robin Wright são todos talentosos. E o primeiro filme da Mulher-Maravilha, lançado em 2017, é um dos melhores filmes de super-heróis da última década.
Também não é problema o fato de a ação ter sido transferida da Primeira Guerra Mundial para os anos Reagan. Isso foi, inclusive, uma ideia criativa, que abriu diversas possibilidades narrativas. O problema está no roteiro, que mostra Diana trabalhando no Smithsonian, onde encontra um artefato antigo que concede desejos. Isso faz com que sua colega se transforme em uma guepardo maligna e um empresário ganancioso adquira poderes ilimitados.
Tudo isso é ainda mais brega do que parece. O filme foi lançado no auge da pandemia da Covid, e a maioria das pessoas assistiu em casa, pela plataforma Max. A recepção foi nada generosa. "Três anos atrás, Mulher-Maravilha surgiu em meio a uma onda de discussões sobre abuso e poder masculino; o timing foi coincidência, mas deu um significado especial à personagem", escreveu Manohla Dargis no The New York Times. "Em 2017, quando Mulher-Maravilha terminou de salvar o mundo, seu futuro parecia ilimitado. Eu só não esperava que sua próxima grande batalha fosse no shopping center."
23. Zoolander 2 (2016) 6632w
A tentação de Ben Stiller em filmar uma sequência de Zoolander deve ter sido intensa. A paródia da indústria da moda de 2001 não foi um grande sucesso comercial ou de crítica, mas isso se deveu em grande parte ao azar de estrear nos cinemas poucas semanas após o 11 de setembro. Não estávamos exatamente no clima de rir na época.
Um culto gigante de fãs de Zoolander surgiu nos anos seguintes, mas o que eles realmente queriam era assistir ao filme repetidamente, inserir citações em conversas cotidianas e comparecer a uma sessão ocasional à meia-noite. Eles não queriam um segundo filme repleto de participações especiais de celebridades em vez de piadas de verdade e infinitas referências ao original. "Há algumas partes inteligentes, e a sátira às vezes é mordaz", escreveu o crítico de cinema James Berardinelli, "mas, no geral, os momentos de hilaridade são como oásis em um deserto de tédio".
22. Jornada nas Estrelas: Insurreição (1998) 5p2f
Após anos de filmes ímpares e de baixa qualidade de Star Trek, os fãs esperavam por um novo padrão quando a equipe de Nova Geração assumiu o comando em meados dos anos 1990. Suas esperanças aumentaram com o lançamento de Star Trek: Primeiro Contato, de 1996, um dos maiores filmes de ficção científica dos anos 1990. Mas então veio a decepção arrasadora de Star Trek: Insurreição, de 1998.
O Capitão Picard e a turma estavam juntos novamente, e Jonathan Frakes estava novamente dirigindo, mas o filme foi um enorme retrocesso. A história gira em torno da tentativa da Federação de deslocar a população de um planeta pacífico que havia descoberto uma maneira de viver para sempre. Este teria sido um episódio interessante de duas partes de Star Trek: A Nova Geração, mas simplesmente não parecia um filme. "Insurreição é uma bagunça confusa e desajeitada, repleta dos piores clichês de Star Trek e explosões de humor inoportunas", escreveu Marc Salvov no The Austin Chronicle.
Além disso, o filme poderia muito bem ter sido editado pelo Sr. Scott no meio de uma bebedeira de cerveja romulana: pontos da trama surgem do nada, e uma volumosa história de fundo parece ter sido abandonada em favor de explosões maiores e melhores e duplos sentidos de dar um tapa na testa. É Star Trek ou Friends in Space?
21.Em Busca do Ouro Perdido (1994) 3v1j3g
Babaloo Mandel e Lowell Ganz são uma dupla brilhante de roteiristas que deu ao mundo Uma Equipe Muito Especial, Parenthood, Splash, Spies Like Us e Mr. Saturday Night. "Fizemos uma sequência em toda a nossa carreira", disse Ganz à Rolling Stone em 2022. "É City Slickers. E a razão pela qual não fazemos mais é que colocamos nossos personagens onde queremos que eles estejam." Mandel enquadrou a questão de uma forma mais concisa: "A história acabou. Acabou."
A história de City Slickers definitivamente acabou após os eventos do primeiro filme, mas foi um sucesso tão grande que eles foram persuadidos a escrever uma sequência. Ela encontra Billy Crystal e Daniel Stern de volta a cavalo no Oeste em uma missão para encontrar ouro perdido. (Bruno Kirby teve o bom senso de evitar esta. Ele foi essencialmente substituído por Jon Lovitz.)
E mesmo que o personagem Curly de Jack Palance morra no City Slickers original, ele retorna neste como o irmão de Curly, Duke. "O que me fez falta foi o humor rico e a comédia humana do filme original — onde as pessoas, e não o enredo, eram o que importava", escreveu Roger Eberot. "Ao final do filme, com Slickers II também se inspirando nos filmes de Indiana Jones, fui tomado por um déjà vu e indiferença."
20.Os Irmãos Cara de Pau 2000 (1998) 65614b
Há muitos problemas com Os Irmãos Cara de Pau 2000, a começar pelo fato de John Belushi ter morrido 16 anos antes do lançamento. Essa é uma questão intransponível que deveria ter encerrado qualquer conversa sobre uma sequência.
Mas Dan Aykroyd nunca se deparou com uma franquia que não estivesse disposto a destruir. E se ele estava disposto a participar de Minha Garota 2, cinco filmes dos Caça-Fantasmas (e contando), e até mesmo (arrepio) de Clube dos Cafajestes 2, ele certamente estava disposto a tentar reviver Os Irmãos Cara de Pau em 1998 com a ajuda de John Goodman, Joe Morton e o ator mirim J. Evan Bonifant.
A eles se juntou um elenco verdadeiramente impressionante de ícones musicais, incluindo Aretha Franklin, James Brown, Wilson Pickett, Bo Diddley, Isaac Hayes, Eric Clapton, Dr. John e muitos, muitos outros. Poderia ser a maior reunião de talentos musicais já vista em um filme. Mas isso não é suficiente para tornar Os Irmãos Cara de Pau 2000 um filme assistível. É sobre Elwood Blues saindo da prisão e reunindo a banda, mas parece triste e sem sentido sem Jake ao seu lado.
19. Independence Day: O Ressurgimento (2016) 1j4f26
Independence Day foi o filme de maior bilheteria de 1996, arrecadando mais de 800 milhões de dólares. Também era um filme pipoca incrivelmente divertido — desde que você não pense muito sobre o fato de que a humanidade derrotou uma invasão alienígena subindo um vírus no sistema deles usando um laptop jurássico da era do Windows 95. (Os alienígenas dominaram a viagem interestelar, mas não tinham nem antivírus básico? Como os sistemas sequer eram compatíveis?)
Boatos sobre uma sequência circularam por anos, mas Will Smith queria um cachê tão alto que o estúdio acabou seguindo sem ele em Independence Day: o Ressurgimento, de 2016. Conseguiram trazer de volta Jeff Goldblum, Bill Pullman, Judd Hirsch, Brent Spiner e Vivica A. Fox, mas o que faltou foi uma ideia original. Os alienígenas voltam. O mundo se une contra eles. Pullman faz outro discurso inspirador com um megafone. Bocejo.
Se o filme tivesse saído por volta de 1999, provavelmente teria sido um sucesso. Mas tivemos que esperar 15 anos. Quando ele finalmente saiu, o Universo Cinematográfico da Marvel já estava bombando — e esse retorno fraco de Independence Day pareceu ultraado e totalmente desnecessário
18. Carros 2 (2011) 4n375n
Carros, o original, é basicamente Doutor Hollywood em um mundo pós-humano bizarro onde os carros são seres autônomos e falantes. A Pixar podia ter copiado outro filme clássico na sequência, mas mandou Relâmpago McQueen e sua equipe para a Europa competir no Grand Prix Mundial. No caminho, eles se envolvem com espiões britânicos.
Tudo tem cheiro de caça-níquel feito pra vender brinquedos. É um dos poucos filmes da Pixar com nota "podre" no Rotten Tomatoes. "As crianças vão se divertir?", perguntou Logan Hill, da Vulture. "Claro, embora a subtrama sobre energia limpa seja complexa demais. Para os adultos, politicamente, parece uma saída fácil feita por grupo de foco. Esquerdistas vão gostar das ideias ambientais dos carros; conservadores vão vibrar quando fica claro que energia verde não funciona.
Fiquem tranquilos, acionistas da Disney: nenhuma oportunidade de merchandising automotivo foi desperdiçada." (O filme nunca explica o que aconteceu com os humanos no universo de Carros. Claramente os carros deram uma de Exterminador do Futuro e acabaram com todo mundo quando ganharam consciência, né?)
17. O Exterminador do Futuro - A Salvação (2009) 5q367
Tem algo em O Exterminador do Futuro que continua levando as pessoas pro cinema, mesmo com o fato óbvio de que a franquia simplesmente não funciona sem James Cameron. E por mais que O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas tenha desapontado os fãs, pelo menos tinha Arnold Schwarzenegger e um final forte, que dava rumo pra saga. O apocalipse nuclear chegou, e agora John Connor teria que liderar a resistência — ótimo ponto de partida.
Mas O Exterminador do Futuro: A Salvação, de 2009, não tem nada de ótimo, mesmo com Christian Bale como o novo Connor. Arnold estava ocupado como governador da Califórnia, e não há um ator sequer dos filmes anteriores. O longa mostra o início da resistência de Connor contra a Skynet. Tem explosões, perseguições... e muita tela verde sem graça.
Um áudio vazado do set mostrou Bale tendo um colapso nervoso e detonando o diretor McG e a equipe após uma interrupção na gravação. "Eu vou sair arrancando suas malditas luzes no meio da cena?", ele grita. "Então por que diabos você tá andando por aí no fundo? Qual o seu problema? Me dá uma resposta!" Esse áudio foi 100 vezes mais divertido que qualquer cena do filme.
16. Superman IV - Em Busca da Paz (1987) 251q6q
É tentador colocar Superman 3 nessa lista, já que ele é bem esquisito dentro da franquia. Mas tem um charme bobo — ver Richard Pryor como um gênio da computação em Metrópolis ainda arranca umas risadas. Já Superman IV: Em Busca da Paz (1987) não tem nada de engraçado.
É um filme incrivelmente ruim sobre o Superman tentando eliminar armas nucleares do planeta e enfrentando o vilão Nuclear Man. Foi feito com orçamento baixíssimo — e isso fica óbvio em cada quadro. É difícil acreditar que o primeiro filme saiu menos de 10 anos antes. "O roteiro de Lawrence Konner e Mark Rosenthal não tem brilho nem mordacidade, e o filme não tem impulso", escreveu Michael Wilmington, do Los Angeles Times. "No fim, a edição ganha um tom de machado, com personagens sumindo do nada e pontas soltas sendo resolvidas de forma grosseira nos últimos segundos.
O efeito final é de uma história desmanchando diante dos nossos olhos, virando polpa esmagada, cinzas de Krypton de alto orçamento." O desastre foi tão grande que só em 2006 outro filme do Superman chegou aos cinemas — uma continuação direta dos dois primeiros, ignorando que Superman IV existiu. Pena que ele existe, sim.
15. Sex and the City 2 (2010) 6s23c
Uma tentação comum em continuações é mover a história para algum lugar exótico. Isso abre novas possibilidades de roteiro. Temos Se Beber, Não Case! 2 (Bangcoc), Doze Homens e Outro Segredo (Amsterdã, Paris, Roma), Carros 2 (França, Itália, Inglaterra), Karatê Kid 2 (Okinawa) e Férias Frustradas na Europa (Europa, dã). Em Sex and the City 2, Carrie Bradshaw e suas amigas embarcam numa longa viagem a Abu Dhabi — embora o filme tenha sido rodado no Marrocos.
São duas horas e meia de filme absurdamente inchado, em que as quatro enfrentam dilemas profissionais e pessoais, redescobrem a força da amizade pela milésima vez e desfilam roupas de grife que devem ter custado uns 18 milhões de dólares no total. Tudo é tão ruim e entediante que nem os fãs mais fiéis costumam defender. O filme quase matou a franquia — até ela voltar em 2022 na Max, praticamente sem Kim Cattrall, com a série And Just Like That...
14. Space Jam: Um Novo Legado (2021) 442q7
Michael Jordan é o maior da história da NBA ou é LeBron James? Esse é um debate no mundo do basquete que provavelmente vai durar para sempre. Ambos têm argumentos fortes, seja pelo total de pontos marcados ou pela quantidade de anéis de campeão. Mas quando o assunto são os filmes Space Jam, aí não tem comparação. Jordan estrelou um filme live-action/animado muito divertido da Warner Bros. em 1996.
Já LeBron entregou uma bomba em 2021, numa sequência onde ele e seu filho fictício, Dominic, ficam presos no Serververse da Warner Bros. Eles cruzam com várias propriedades da Warner, como Rick and Morty, O Mágico de Oz, Harry Potter, O Senhor dos Anéis e King Kong, mas tudo parece mais uma apresentação corporativa para acionistas da Warner do que um filme de verdade. Na hora do grande jogo de basquete, é difícil até se importar. "É um filme que não tem motivo para existir," escreveu Alex Shepherd na The New Republic, "a não ser como um veículo para lembrar as pessoas que vários conteúdos, todos vendáveis, estão disponíveis para streaming agora."
13. Rocky V (1990) 3n5t4o
Os quatro primeiros filmes de Rocky seguiram uma fórmula familiar: um oponente poderoso desafia Rocky Balboa, sua esposa Adrian expressa dúvidas ("Você não pode vencer, Rocky!"), ele treina furiosamente e o filme termina com a luta. Mas Rocky V, de 1990, quebrou totalmente essa fórmula.
Começa com a família Balboa perdendo todo o dinheiro após Rocky ser diagnosticado com uma lesão cerebral que o impede de lutar. Eles voltam para a Filadélfia e Rocky a a treinar um jovem boxeador chamado Tommy Gunn. O filme termina com uma briga de rua entre Rocky e Gunn, o que desagradou muito o público.
O filme não tem o coração do original nem a alegria exagerada das continuações. "Os movimentos dramáticos são tão óbvios e desgastados," escreveu Jonathan Rosenbaum do Chicago Reader, "que nem mesmo as expressões de cão abatido do astro conseguem redimi-los." Demoraria 16 anos para Stallone conseguir luz verde para outro filme de Rocky — esse sim, com ele de volta ao ringue aos 60 anos e com resultado muito superior a Rocky V.
12. Os Nerds Saem de Férias (1987) 1644u
O sucesso insano de Clube dos Cafajestes gerou cerca de cem cópias sobre faculdades malucas. A melhor delas, de longe, é A Vingança dos Nerds (1984). Esse filme inverte a fórmula, colocando os nerds como heróis e os populares da fraternidade como vilões. É hilário e muito reassistível. (Sim, há uma cena horrível perto do fim, em que um nerd se disfarça como um atleta e engana a namorada dele para fazer sexo — algo que envelheceu muito mal.)
A sequência não conseguiu trazer Anthony Edwards de volta, exceto por uma ponta (ele estava ocupado com um tal de Top Gun no ano anterior), mas o resto do elenco retornou para um filme em que os nerds vão para a Flórida para uma convenção de fraternidades, onde enfrentam novamente os valentões.
Mas o filme é classificado como PG-13, enquanto o original era R (para maiores). Isso suavizou o humor e cortou as risadas. A única coisa positiva que dá pra dizer é que os filmes feitos para a TV que vieram depois ainda conseguiram ser piores.
11. Batman e Robin (1997) 5w4cu
A franquia Batman já estava em queda livre quando Batman & Robin estreou em 1997. Michael Keaton havia ado o manto para Val Kilmer em Batman Eternamente (1995), e Tim Burton havia deixado a direção para Joel Schumacher.
O resultado foi um filme fraco — especialmente comparado à genialidade sombria de Batman: O Retorno — mas a energia caótica de Jim Carrey como o Charada (e músicas de U2 e Seal) salvaram o desastre. Mas nada nos preparou para o horror que foi Batman & Robin. George Clooney veste o traje do Batman, enfrentando Arnold Schwarzenegger como Sr. Frio e Uma Thurman como Hera Venenosa. Juntam-se a ele Chris O'Donnell como Robin e Alicia Silverstone como Batgirl. É um caos de personagens, trama incoerente e diálogos repletos de trocadilhos vergonhosos tipo "É um prazer congelar você" ou "Vamos dar um gelo neles."
Quase todos os envolvidos condenaram o filme depois, especialmente Clooney. "O roteiro é horrível," ele disse a Howard Stern em 2020. "Eu estou horrível nele. Joel Schumacher, que já faleceu, dirigiu e dizia: 'É, não funcionou.' Todo mundo errou feio ali."
10. O Exorcista II - O Herege (1977) 105f6w
Foi só nos anos 70 que os grandes filmes começaram a ganhar continuações com frequência. É por isso que temos O Poderoso Chefão II, Tubarão II, Rocky II, O Império Contra-Ataca, De Volta ao Planeta dos Macacos, entre outros. O sucesso absurdo de O Exorcista (1973) garantiu uma sequência.
Mas o autor William Peter Blatty e o diretor William Friedkin não quiseram participar de O Exorcista II: O Herege (1978), pois estavam processando o estúdio por lucros do primeiro filme.
O estúdio conseguiu trazer Linda Blair e Max von Sydow de volta, mas isso não foi suficiente para salvar essa tragédia de baixo orçamento, onde Regan, agora adolescente, lida com as consequências da possessão demoníaca. "Precisava haver uma sequência," escreveu Vincent Canby no The New York Times, "mas precisava ser essa mistura desesperada, cuja principal mensagem é que o exorcismo original não era tudo aquilo?"
9. O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (2019) u575e
Após a impressionante falta de habilidade de O Exterminador do Futuro: A Salvação (2009), a franquia voltou ao status de "minimamente assistível" com O Exterminador do Futuro: Gênesis (2015). Os críticos discordam dessa opinião, e não é como se Gênesis fosse uma obra-prima, mas pelo menos teve um pouco de diversão. (Ainda assim, não chega nem perto da série da Fox de 2008-2009, Terminator: The Sarah Connor Chronicles, que é criminalmente subestimada.)
Quando foi anunciado que Linda Hamilton finalmente voltaria a interpretar Sarah Connor em O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (2019), era difícil não se animar. James Cameron assinou como produtor. A esperança estava no ar. Então veio o filme. Nos primeiros minutos, uma Hamilton rejuvenescida assiste a um jovem John Connor ser morto por um Exterminador logo após os eventos de T2, basicamente anulando todo o filme anterior.
Avançamos vários anos no tempo, e a Skynet está de volta às suas velhas artimanhas. Outro robô é enviado ao ado. Uma Connor envelhecida precisa proteger pessoas que serão fundamentais no futuro. Eles se juntam a um Arnold Schwarzenegger idoso, que mais uma vez os ajuda a sobreviver. Já vimos isso muitas vezes.
Quando a o impacto inicial de ver Hamilton de volta em sua versão durona, o filme se revela apenas mais um longa de ação genérico. Há rumores de outro reboot de O Exterminador do Futuro, mas esperamos que ele nunca aconteça. Já não sofremos o suficiente?
8. Se Beber, Não Case! Parte III (2013) 621w5m
Se Beber, Não Case! Parte IIIabandona a premissa dos dois primeiros filmes, em que quatro amigos têm uma noite de excessos, acordam sem memória e tentam refazer os os para encontrar alguém perdido no caminho
. Já era insano isso acontecer uma segunda vez, mas transferir a ação de Las Vegas para Bangkok foi uma escolha inteligente e, às vezes, engraçada. No terceiro filme, eles voltam para Las Vegas em uma aventura com muito enredo e ação, mas pouquíssimas risadas. Também dá muito mais destaque a Ken Jeong do que nos anteriores, mas um pouco do seu personagem psicótico, Leslie Chow, já é mais do que suficiente.
E voltar a Vegas só nos faz lembrar da superioridade do primeiro filme. "O segundo não precisava ser engraçado — e não foi —, mas pelo menos existia nas proximidades daquele país sem fronteiras conhecido como Comédia," escreveu Rick Groen no The Globe and Mail. "A Parte Três não está nem remotamente perto disso, o que a torna não apenas ruim, mas estranhamente e fascinantemente ruim. O que exatamente é isso? Certamente uma máquina de dinheiro, definitivamente um exercício de cinismo, talvez até um grito de socorro dos envolvidos. Seja o que for, comédia não é."
7.Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer (2013) 5wu3k
Duro de Matar 4.0 já não é um bom filme por nenhum critério. Mas parece até Os Caçadores da Arca Perdida se comparado ao desastre total que é Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer . Não há nem o pretexto de que John McClane é um ser humano comum neste filme.
Ele é um super-herói que não pode ser morto nem por armas convencionais, nem por armas absurdas. A trama mal importa, mas gira em torno de uma viagem desastrosa à Rússia, onde ele se junta ao filho — interpretado por Jai Courtney — e enfrenta diversos vilões. Eles visitam Chernobyl, disparam umas 10 mil balas e um helicóptero colide com um prédio. Bruce Willis solta o clássico "Yippee-ki-yay, motherfucker!" e todo mundo ri porque lembra dos filmes melhores da franquia.
Durante anos se falou de um sexto Duro de Matar, mas isso se tornou impossível agora que Willis se aposentou da atuação. Tragicamente, a franquia terminou com A Good Day to Die Hard. O melhor que podemos fazer agora é fingir que os dois últimos filmes foram apenas pesadelos que McClane teve nos últimos anos de vida.
6. Velocidade Máxima 2 (1997) 35t2n
Keanu Reeves não tem problema em aceitar continuações. Ele já fez quatro filmes de Matrix, quatro de John Wick e três de Bill & Ted. Mas quando os produtores de Velocidade Máxima 2: Fora de Controle o procuraram, ele teve suas dúvidas. "Foi uma daquelas situações na vida em que recebi o roteiro, li e pensei: 'Ai…'", relembrou Reeves em 2015 no Jimmy Kimmel Live. "Era sobre um navio de cruzeiro, e eu fiquei pensando: 'Um ônibus, um navio… Velocidade, ônibus — beleza.
Mas um navio é ainda mais lento que um ônibus, e aí pensei: 'Amo vocês, mas simplesmente não dá.'" Eles seguiram com Jason Patric assumindo basicamente o papel de Reeves, mas foi um erro. Reeves estava 100% certo ao perceber que um navio de cruzeiro em alta velocidade não é nada assustador. O filme foi um fracasso de crítica que matou a franquia para sempre e ainda foi indicado a oito prêmios Framboesa de Ouro. Foi uma boa lição: se Keanu Reeves acha que seu filme é idiota, não faça. Ele sabe o que está dizendo.
5. Jornada nas Estrelas: Nêmesis (2002) 2fp4w
As expectativas iniciais para Star Trek: Nêmesiseram bem altas. Os fãs estavam ansiosos para rever o elenco de A Nova Geração após um hiato de quatro anos, e eles voltariam num filme de número par — e até então, a regra era que os filmes de Star Trek com número par eram sempre bons.
Tragicamente, essa sequência foi quebrada de forma espetacular com Nêmesis. O vilão da vez é Shinzon, um clone jovem do capitão Picard (interpretado por Tom Hardy) que assume o Império Romulano. (Ignore o fato de que Hardy não se parece em absolutamente nada com Patrick Stewart em nenhuma fase da vida.) No clímax do filme, Data se sacrifica para salvar Picard.
Provavelmente, esse é o único momento de que qualquer um que viu o filme no cinema consegue se lembrar. O resto é um borrão entediante de efeitos especiais cafonas e diálogos que parecem escritos por uma IA. O que deu errado? "O diretor era um idiota", disse a atriz Marina Sirtis, que interpretava a conselheira Troi. "Acho que é uma avaliação justa para alguém que não quis aproveitar a ajuda que foi oferecida."
O filme foi um fracasso tão grande que o elenco de A Nova Geração nunca mais apareceu nos cinemas. Felizmente, eles retornaram na série Star Trek: Picard, da Paramount+, em 2020. E numa issão clara de que Nêmesis foi uma porcaria total, deram ao Data outra cena de morte.
4. Debi e Lóide 2 (2014) 42v55
Sequências de comédia são notoriamente difíceis de fazer. Para cada tentativa bem-sucedida como Bill & Ted - Dois Loucos no Tempo ou A Família Addams 2, existem 50 desastres como Loucademia de Polícia 2 ou Entrando Numa Fria Maior Ainda.
Não vamos listar esses dois aqui porque ninguém em sã consciência esperava que fossem bons. Mas esse não é o caso de Debi & Lóide 2, que reuniu Jim Carrey e Jeff Daniels com os diretores Peter e Bobby Farrelly, 20 anos após o original.
A dupla de idiotas Lloyd Christmas e Harry Dunne atravessa o país novamente, desta vez procurando a filha perdida de Dunne. Depois que a empolgação de ver Carrey e Daniels de volta aos personagens a, fica claro que uma sequência de Debi & Lóide funciona muito melhor como ideia do que como filme de verdade. Também é tão surpreendentemente sem graça que quase faz você questionar o valor do primeiro. Mas não faça isso. O original é um dos filmes mais engraçados dos anos 1990 — Jim Carrey no auge. Debi & Lóide 2 é apenas uma repetição triste e sem alma.
3. Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008) 2g1f6v
Pode ser um pouco difícil lembrar agora, mas havia uma empolgação enorme em torno de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal em 2008. Na época, já tínhamos ado por longos 19 anos sem Indy, e finalmente tínhamos Harrison Ford de volta com seu chapéu e Steven Spielberg na cadeira de diretor.
Eles até trouxeram Karen Allen de volta no papel de Marion Ravenwood, de Os Caçadores da Arca Perdida. Também incluíram Shia LaBeouf como Mutt, o filho motoqueiro de Indy, Cate Blanchett como uma vilã soviética, uma trama confusa sobre agentes da KGB e vida extraterrestre, e sequências em que Mutt balança em cipós como o Tarzan e Indy sobrevive a uma explosão nuclear dentro de uma geladeira.
Simplesmente não se encaixa como um filme divertido que chegue remotamente perto dos três primeiros. "O que falta em Caveira de Cristal é ousadia imprudente," escreveu David Denby na The New Yorker. "O filme deixa uma leve aura de depressão, porque você não quer pensar que a ousadia é propriedade exclusiva da juventude. Deve haver uma maneira de homens de meia-idade assumirem riscos e pularem abismos — mas se repetir com menos convicção não é essa maneira."
2. Highlander II - A Ressurreição (1991) 68101o
Se você foi um adolescente minimamente nerd nos anos 1980 ou 1990, provavelmente tem boas lembranças do primeiro filme de Highlander. Estrelado por Christopher Lambert, ele interpreta um imortal das Terras Altas da Escócia do século XVI que enfrenta outros imortais na Nova York dos anos 1980.
A sequência de 1991, Highlander II: A Ressurreição, trouxe Sean Connery de volta à saga — e, santo Deus, é um desastre completo. Além de violar totalmente o cânone da franquia ao transformar os imortais em alienígenas de outro planeta, o filme foi feito às pressas e com orçamento apertado na Argentina, e o diretor Russell Mulcahy foi retirado da pós-produção para que os produtores pudessem destruir sua visão original (que já era problemática).
O filme costuma aparecer entre os piores da história. "Highlander II: A Ressurreição é o filme mais hilariamente incompreensível que vi em muito tempo — quase impressionante em sua ruindade," escreveu Roger Ebert. "Onde quer que fãs de ficção científica se reúnam, nas próximas décadas e gerações, esse filme será lembrado em tons sussurrados como um dos pontos mais baixos e imortais do gênero."
1. Star Wars: Episódio IX - A Ascensão Skywalker (2019) 2w314j
Ser fã de Star Wars significa lidar com muita decepção amarga. Essa é uma franquia com 12 filmes, dos quais apenas quatro ou cinco são universalmente amados. Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma costuma ser citado como o ponto mais baixo, mas não estamos incluindo os prelúdios nesta lista. (Além disso, ele nem é tão ruim quanto dizem — tente assistir novamente com a mente aberta.) Mas a maior decepção na história de Star Wars veio em 2019 com o lançamento de A Ascensão Skywalker.
Após 42 anos e bilhões de horas de especulações febris de fãs, o mundo finalmente veria o (suposto) encerramento da saga Skywalker. Este seria o filme que resolveria todas as pontas soltas, daria aos heróis uma última aventura e encerraria a franquia com perfeição. As coisas começaram mal já na introdução, quando descobrimos que o Imperador Palpatine havia voltado — algo que nunca se preocupam em explicar, além da infame frase de Poe: "de alguma forma, Palpatine voltou".
E, depois de o filme anterior nos dizer que Rey vinha de origens humildes — ou seja, qualquer um poderia se tornar um Jedi —, descobrimos que ela é, na verdade, uma Palpatine. Essa foi uma das muitas formas como o diretor J.J. Abrams tentou anular o trabalho de Rian Johnson em Os Últimos Jedi. amos tempo com Luke Skywalker como um fantasma da Força, Han Solo como algum tipo de aparição, a Princesa Leia através de imagens de arquivo mal editadas, além de Chewbacca, R2-D2, C-3PO e até Lando Calrissian — mas nada disso é realmente satisfatório. Parece apenas um monte de imagens e personagens aleatórios de Star Wars jogados num liquidificador.
O filme ainda arrecadou mais de 1 bilhão de dólares, mas a recepção foi tão ruim que a Disney mudou completamente de rumo e ou a focar todo o universo de Star Wars nas séries de TV. Desde então, surgem rumores e mais rumores sobre novos filmes, mas nenhum realmente saiu do papel. Alguma coisa precisa acontecer em algum momento. A experiência cinematográfica de Star Wars não pode terminar para sempre em A Ascensão Skywalker. De alguma forma, Star Wars precisa voltar.
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