O que é fato e o que é ficção no filme 'Conclave', sobre a eleição de um novo papa 476y2y
Longa-metragem alcançou o topo do ranking de títulos mais assistidos do Prime Video 1s2x6y
O filme Conclave (2024) despertou muito interesse de pessoas ao redor do mundo a respeito do processo de seleção de um novo papa, mais ainda após a morte do papa Francisco. O longa-metragem alcançou o topo do ranking de títulos mais assistidos do Prime Video no Brasil na terça-feira, 22. 5k4g1e
Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e inspirado no livro de mesmo nome de Robert Harris, o filme de ficção mistura com habilidade fatos e licenças criativas sobre a eleição papal.
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O procedimento do Conclave é retratado com esmero. Os cardeais realmente se reúnem na Capela Sistina, entregam seus votos em cédulas, e a fumaça (preta ou branca) indica o resultado. O isolamento dos cardeais também é retratado com precisão e todas as cerimônias, de fato, ocorrem em italiano ou latim.
O filme também é coerente ao mostrar divisões ideológicas entre cardeais, algo comum nas eleições papais, com disputas entre alas conservadoras e progressistas.
Apesar da precisão de Harris para abordar as particularidades do Vaticano, ele faz questão de deixar claro logo nas primeiras páginas do livro que, embora tenha usado os títulos reais (arcebispo de Milão, decano do Colégio dos Cardeais e assim por diante), não têm a intenção de se assemelhar às pessoas que ocupam os cargos na vida real. "Da mesma maneira, a despeito de algumas semelhanças superficiais, o Santo Padre falecido em Conclave de modo algum pretende ser um retrato do papa atual", escreve Harris.
Porém, há alguns elementos na trama que são exagerados para fins dramáticos, como brigas, ameaças e revelações alarmantes de certos cardeais, além do desfecho surpreendente (que não será revelado aqui para evitar spoilers). Tudo isso é, no mínimo, improvável para a vida real.
