Mathews Silva mergulha no suspense com novo longa nacional: 'Território pouco explorado' 5f54g
Em entrevista à CARAS Brasil, o diretor Mathews Silva fala sobre Jasmine, longa baseado em fatos reais que estreia nacionalmente na próxima sexta-feira, 16 6f2h3o
Mathews Silva (29) acumula uma vasta experiência com produção audiovisual, mas em Jasmine se desafia em um novo nível. O filme é o longa-metragem de estreia do diretor e promete inovar ao explorar o suspense em uma obra nacional baseada em fatos reais. Em entrevista à CARAS Brasil, o artista conta que mergulha no suspense com sua nova história: "Território pouco explorado", declara. 6q381u
O poder do suspense 6w3f51
O cinema nacional recebe nesta sexta-feira, 16 de maio, uma nova aposta no gênero suspense: Jasmine, primeiro longa-metragem dirigido por Mathews Silva. Conhecido por curtas-metragens como os (2022), o cineasta agora se aventura em uma narrativa mais extensa e densa, apostando em uma linguagem provocativa para conta a história do assassinato de uma famosa artista em um show.
A estreia de Mathews no formato longa trouxe a ele uma série de novos desafios, principalmente ligados ao tempo de desenvolvimento da obra. "A principal diferença que senti ao trabalhar no longa-metragem Jasmine, em comparação aos curtas que dirigi e produzi, foi o tempo de desenvolvimento. Com o longa, tive a oportunidade de mergulhar mais profundamente em cada etapa do processo, desde a pré-produção até a pós", explica. Essa imersão também permitiu um cuidado ainda maior com o roteiro, baseado em fatos reais, e com o impacto que a história provocaria no público.
Mais do que entregar um enredo cheio de reviravoltas, Mathews queria provocar. "Gosto de histórias que deixam aquela pergunta no ar, que continuam ressoando mesmo depois dos créditos finais", comenta. Para ele, o suspense tem essa capacidade única de dialogar com o emocional e o racional de quem assiste: "Mesmo que o final não seja necessariamente feliz, a intenção é sempre entregar algo que faça sentido, que toque de alguma forma".
Produção desafiadora e elenco afiado 1y4y5i
A logística do projeto, segundo o diretor, foi uma das maiores dificuldades, especialmente em relação às agendas do elenco. "Foi um quebra-cabeça que exigiu bastante jogo de cintura", relata Mathews. Mesmo assim, ele destaca que o processo foi "divertido e muito rico".
A escolha dos atores também teve um papel crucial para o sucesso da obra. "Jasmine é meu segundo trabalho com o Kayky Brito, o primeiro foi o curta os. No processo de seleção do elenco, já tinha em mente alguns nomes com os quais já havia trabalhado em outros filmes", explica o diretor, que também convocou nomes como Angela Dippe (63), Marjorie Gerardi (36) e Gabi Lopes (30).
A combinação de talentos experientes com novos rostos foi proposital. "Cada personagem pede algo diferente. Foi uma mistura bacana entre atores que já conheciam minha linguagem de trabalho e novos talentos que chegaram somando com frescor e novas perspectivas."
Provocação como fio condutor 6ne19
No centro da trama de Jasmine está a pergunta que norteia toda a experiência do público: Quem matou Jasmine?
"Sem entregar muito da trama, a grande provocação do filme é essa. A ideia é que quem assista se sinta parte da investigação, tentando entender o que realmente aconteceu com a personagem principal, o que fizeram com ela, e por quê", adianta Mathews. A expectativa é de que o público abrace esse convite à reflexão e embarque em uma jornada de emoções, dúvidas e descobertas.
O diretor aposta na força do enredo para conquistar quem gosta de histórias densas e questionadoras. "Jasmine é um filme pensado para um público que gosta de se envolver com a história, que busca mais do que respostas prontas; que quer sentir, questionar, desconfiar... e, no final, sair com uma reflexão."
Bastidores do cinema nacional 66p33
Além das questões criativas, Mathews também comenta sobre os obstáculos estruturais para quem faz cinema no Brasil. "Na minha experiência, o primeiro grande desafio começa com as pessoas, com a formação da equipe que vai dar vida ao projeto", afirma. Para ele, investir na capacitação técnica e artística de profissionais do setor é um dos caminhos fundamentais para fortalecer a indústria audiovisual nacional.
Outro ponto que o artista levanta é a necessidade de incentivo ao desenvolvimento de roteiros. "Tudo começa com uma boa história. Ter mais oportunidades para desenvolver roteiristas e suas obras é, sem dúvida, um ótimo caminho", defende, enfatizando que, além da produção, é importante dar atenção aos gêneros ainda sub-representados.
"O terror, o cinema fantástico e o suspense ainda têm um universo enorme de possibilidades criativas que pode ser impulsionado com o apoio certo."
Expectativas para o futuro 1u2wj
O sucesso internacional de obras como Ainda Estou Aqui, ganhador do Oscar de Melhor Filme Internacional, também serve de inspiração para Mathews. "Essa conquista no Oscar é uma prova da potência que temos por aqui. É um reconhecimento que, mais do que celebrar uma vitória, abre portas", acredita.
Ele vê esse momento como uma oportunidade para impulsionar mais produções brasileiras no circuito mundial: "Que essa conquista inspire e impulsione ainda mais artistas e produções brasileiras a ocuparem o espaço que merecem, dentro e fora do país".
Enquanto Jasmine estreia nos cinemas, o diretor já se prepara para novos os. "Depois de Jasmine, tenho alguns projetos que estão para estrear. Um deles é o filme Replicante, que conta com a atriz Bruna Mascarenhas no elenco. É um filme que, além da narrativa envolvente, carrega uma mensagem muito potente", revela. Também está no forno o longa Vácuo, que mistura suspense psicológico com pitadas de ficção científica e universo alienígena. "Está em fase final e deve começar a circular pelos festivais em breve."
Com um olhar afiado para temas provocativos e uma dedicação visível em cada projeto, Mathews Silva estreia no longa-metragem reafirmando a força do cinema nacional. "É esse lugar de reflexão, de inquietação, que eu gosto de ocupar com as minhas obras", conclui.