Cantora relembra dificuldades e explica sumiço: 'Tive que me curar' 31323o
Em entrevista à Contigo!, a dona de hits de novelas, Jesuton relembra dificuldades e sumiço da mídia após emplacar hits em grandes obras 68722v
Quem assistiu obras da Globo, especialmente de 2010 para frente, escutou uma voz poderosa nas trilhas sonoras: trata-se de Jesuton. Um dos seus maiores sucessos veio em Salve Jorge com o tema de Théo (Rodrigo Lombardi) e Morena (Nanda Costa) -I 'll Never Love This Way Again. Em entrevista à Contigo!, a cantora abriu o jogo sobre seu sumiço dos holofotes e de processos que ou para retornar ainda mais poderosa. 482y4m
Inglesa, com raízes jamaicanas e nigerianas, ela é naturalizada brasileira e cresceu assistindo novelas e não nega a honra de fazer parte delas de alguma forma: "Foram através delas que meu som chegou a lugares e pessoas que talvez eu nunca alcançasse sozinha. Quando escuto que minha música acompanhou cenas marcantes, histórias de amor, dor e superação, sinto que participei da vida íntima de milhões de pessoas. É uma honra profunda. Foi como se o Brasil dissesse: "Você pertence." Isso me marcou para sempre."
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Jesuton nunca deixou de lançar novas faixas, mas precisou de tempo para colocar um novo trabalho no mundo. Isto porque viveu processos para se redescobrir. Repaginada, ela traz suas raízes com a poesia do soul e a união do Kuduro e do funk brasileiro:
"Foi menos uma mudança de estilo e mais uma reconexão com quem eu sempre fui. Sou filha de muitas diásporas. Mergulhei em mim e tive que crescer, me curar, me reconectar. Tudo isso se junta aos ritmos e se junta pra contar a história de uma mulher preta que decidiu se ver com clareza e se apresentar ao mundo com verdade."
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A cantora se uniu à Pongo - embaixadora do Kuduro - para lançar em junho a faixa Me Dá Razão. Sem poupar elogios, ela revela: "Foi um encontro de potências e de propósitos. Ela carrega uma força ancestral, uma energia que transcende o palco. A conexão foi instantânea. É um grito de liberdade e autenticidade, com o kuduro e o funk brasileiro dançando juntos — e nossas vozes se entrelaçando como se já se conhecessem há vidas."
Em julho, ela lança um novo álbum fruto de todo esse processo. Jesuton pontua: "Estive muito ativa, mas, também muito silenciosa. Eu precisava desse tempo. Nos últimos anos, produzi, escrevi, estudei, transformei minha dor em beleza e construí um novo lar artístico e espiritual. Lancei projetos autorais independentes, vivi entre Portugal e o Brasil, e principalmente: criei o álbum mais verdadeiro da minha vida. HOJE é o nome dele, e vai ser lançado agora em julho. Foram seis anos de gestação. Não porque o disco demorou, mas porque eu precisei me tornar a mulher capaz de segurá-lo no mundo. Agora eu estou pronta — inteira, presente e com muito pra dizer."
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