Francisco deu histórica declaração sobre gays a Ilze Scamparini: "Quem sou eu para julgar?" kc14
Papa viajava do Brasil a Roma quando conversou com a correspondente da Globo e se popularizou na comunidade LGBT+ 4d5a3f
Em julho de 2013, a bordo do avião que o levava de volta à Itália, após participar da Jornada Mundial da Juventude no Rio, o papa Francisco conversou por 1 hora e meia com jornalistas. 2s1p6r
Uma delas era Ilze Scamparini, correspondente da Globo em Roma desde 1999. Ela fez o questionamento sobre o Monsenhor Battista Ricca, envolvido em escândalo midiático por supostamente ter um caso amoroso com um capitão da Guarda Suíça que faz a segurança do Pontífice.
“Como o senhor pretende enfrentar esta questão? E como vai enfrentar o lobby gay">Para surpresa de todos, ele rejeitou a exclusão de pessoas da comunidade LGBT+ pela Igreja Católica. “O catecismo diz que não se deve marginalizar essas pessoas, devem ser integradas à sociedade. Devemos ser irmãos. O problema é fazer lobby, de pessoas gananciosas, lobby de políticos, de maçons, tantos lobbies. Esse é o pior problema. E agradeço muito por você ter feito esta pergunta.”
A indagação de Ilze e a resposta do papa repercutiram imediatamente nos quatro cantos do planeta. Foi determinante para a consolidação da imagem de tolerante de Francisco e a reaproximação de muitos gays, lésbicas e semelhantes da Igreja Católica.
Em entrevista ao ‘Encontro’, na época apresentado por Fátima Bernardes, a correspondente comentou o momento histórico com o papa. “Ele disse que os problemas não são os gays, mas o lobby. Qualquer lobby é ruim. Se os gays se aproximam de Deus, quem é ele para julgar? Falou que os gays não devem ser marginalizados.”
O papa Francisco morreu aos 88 anos nesta segunda-feira (21). Foi o Pontífice que mais conversou com a imprensa dentro e fora do Vaticano, especialmente os jornalistas de TV.
