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EUA esclarece que tarifas contra China somam 145%, enquanto retaliação de Pequim entra em vigor; veja reações dos mercados jp4y

Guerra comercial entre China e EUA continua a escalar, com entrada em vigor de retaliação de Pequim, enquanto tarifas anunciada por Trump para outros países são pausadas por 90 dias. 6u1b3d

10 abr 2025 - 05h28
(atualizado às 15h54)
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Guerra comercial entre China e EUA continua, apesar de pausa das tarifas anunciada por Trump para outros países
Guerra comercial entre China e EUA continua, apesar de pausa das tarifas anunciada por Trump para outros países
Foto: BBC News Brasil

As tarifas impostas aos produtos chineses que entram nos EUA são de 145% e não de 125% como havia sido informado anteriormente, esclareceu a Casa Branca nesta quinta-feira (10/4). 36656u

Na quarta-feira (9/4), Trump anunciou que aumentaria a taxa para 125%.

No entanto, o governo americano confirmou que esse valor não incluía uma tarifa pré-existente de 20%, que era imposta anteriormente a países que, segundo os EUA, produzem o medicamento fentanil, que está no centro de emergência de saúde pública no país.

Essa tarifa está sendo adicionada ao que é aplicado agora à China, o que eleva o total de tarifas americanas aplicadas a Pequim para 145%.

Ao mesmo tempo, entraram em vigor nesta quinta tarifas retaliatórias da China de 84% sobre todas as importações dos EUA. Esse percentual foi anunciado antes do esclarecimento prestado pela Casa Branca.

Diante das incertezas, os mercados de ações tiveram reações opostas nos EUA e na Europa e Ásia.

Após registrar um dos seus melhores dias de negociação da história na quarta-feira (9/4), o mercado de ações dos EUA registra queda nesta quinta-feira (10/4), sinalizando que a empolgação diminuiu com o recuo do presidente Donald Trump em sua política de tarifas.

A reação positiva inicial parece dar lugar à incerteza à medida que as empresas descobrem o que a pausa de 90 dias para países afetados por tarifas mais altas significa para elas.

O índice S&P 500, que reúne as maiores empresas listadas em bolsa nos EUA, abriu em queda de 2,1% e já ultraa 4%. Na quarta-feira, o índice subiu 9,5%, maior alta desde 2008.

O índice Dow Jones também caiu 5% nesta quinta, e o Nasdaq registrou queda de quase 6%.

No Brasil, o Ibovespa, principal indicador das ações negociadas nas bolsas, encerrou a quarta-feira com forte alta de 3,12%, mas abriu recuando na quinta. O dólar, por sua vez, deu uma leve recuada na quarta-feira, depois de ar de R$ 6,00, e fechou em R$ 5,84.

Russ Mould, diretor de investimentos da AJ Bell, afirma que a queda do preço das ações dos EUA pode ser um processo longo e demorado. "A decepção se instala gradualmente", diz Mould.

Em contraste, os mercados europeu e asiático registraram ganhos nesta quinta-feira.

As bolsas de valores asiáticas fecharam hoje com algum alívio para os investidores locais. O CSI300 da China fechou em alta de 1,35%. Em Hong Kong, o Índice Hang Seng subiu 2,1%. E o Índice Composto de Xangai subiu 1,2%

As bolsas do Japão e de Taiwan fecharam em alta de 9% e 9,25% respectivamente.

Na Alemanha, Reino Unido e França, todas as bolsas registraram altas de mais de 6% pela manhã.

Já o petróleo Brent, considerado uma das principais referências para os preços do petróleo, também caiu novamente nesta quinta nos mercados internacionais após ter se recuperado na quarta-feira.

Seu preço teve uma queda acentuada após o chamado discurso do "Dia da Libertação" de Trump, em 2 de abril, quando foram anunciadas tarifas recíprocas para dezenas de países.

Naquele dia, o preço do petróleo Brent atingiu um pico de pouco menos de US$ 75 por barril, maior do que em qualquer outro momento desde que Trump assumiu o cargo em janeiro.

Nesta mesma época do ano ado, estava pouco acima de 90 dólares. E ontem havia caído para menos de 59 dólares.

Analistas me dizem que há alguns fatores importantes em jogo. Um deles é que a OPEP+, o grupo de produtores de petróleo que inclui a Rússia, mas exclui os EUA, aumentou sua meta de produção na semana ada em mais de 400 mil barris por dia.

O segundo fator é como as preocupações com uma recessão global afetarão a demanda por energia — e por petróleo em particular.

Mas a volatilidade também se explica pelo fato que as decisões da Casa Branca têm feito o nível de confiança econômica viver uma montanha-russa, e isso gera grandes oscilações no preço do petróleo.

Tarifas podem ser retomadas se os acordos não forem fechados 3s5b1l

Durante uma reunião de gabinete realizada por Trump na tarde desta quinta-feira, o presidente americano afirmou que o dia anterior, quando o mercado americano se recuperou, após pesadas perdas, havia sido um "grande dia".

"Sempre haverá dificuldades de transição, mas foi o maior dia da história dos mercados", afirmou ele.

Ele disse também que os investidores estão satisfeitos com a forma como o país está se saindo, enquanto "tentam fazer com que o mundo nos trate de forma justa".

"Todos querem vir e fechar um acordo" para reduzir as tarifas, acrescentou.

Apesar do otimismo do republicano, o mercado de ações dos EUA caiu acentuadamente novamente nesta quinta e, apesar dos ganhos de ontem, ainda está abaixo de onde estava antes das tarifas.

Sobre a relação com a China, o presidente dos EUA disse "veremos o que acontece" e que os EUA gostariam de fechar um acordo com o país asiático — mas, acrescenta, a China já se aproveitou dos EUA no ado.

Referindo-se ao líder chinês, o presidente Xi Jinping, Trump diz ter certeza de que eles "conseguirão se entender".

Trump também afirmou que seu governo estava "muito perto" de o primeiro país fechar um acordo, acrescentando que queria "fechar acordos que sejam adequados para os Estados Unidos".

Até o final da pausa de 90 dias, se os acordos desejados pelos EUA não forem fechados, as tarifas mais altas serão recolocadas em vigor, disse o presidente americano a repórteres.

Trump acrescentou que não está considerando a possibilidade de nenhum país ou empresa obter isenção.

Questionado sobre o dinheiro arrecadado com as tarifas, Trump disse que o usará para pagar a dívida nacional, reduzir impostos, criar orçamentos governamentais e "ajudar" a fronteira EUA-México.

"O aço dos EUA vai se sair muito bem agora por causa das tarifas", disse Trump, argumentando que agora as pessoas veem siderúrgicas vazias, mas que isso mudará em breve por causa de sua ação.

"Em breve, estará prosperando", disse, e as fábricas serão preenchidas, assim como novas serão construídas.

"Seremos melhores e mais fortes do que nunca."

Escalada e recuo no tarifaço de Trump 52o6m

As novas tarifas de Trump sobre as importações de cerca de 60 países haviam entrado em vigor na quarta-feira (9/4), até o anúncio da pausa.

A China continua sendo a mais afetada, com um aumento na taxa de 34% inicialmente anunciada, que agora saltou para 145%.

Esta semana, houve uma escalada de tarifas sendo anunciadas entre os EUA e China contra os produtos um do outro.

Antes do mais recente anúncio de Trump, a China havia declarado tarifas retaliatórias de 84% sobre todas as importações dos EUA entram em vigor.

O governo chinês prometeu "lutar até o fim" contra a ofensiva tarifária de Trump e declarou que "nunca aceitará a natureza de chantagem dos EUA".

Trump abordou a guerra comercial contra a China ao falar com a imprensa na quarta-feira.

Trump elogiou o presidente chinês, Xi Jinping, ao falar com repórteres no Salão Oval.

"Xi é um cara inteligente e vamos acabar fechando um ótimo acordo", disse Trump sobre o presidente chinês, acrescentando que seu homólogo é "uma das pessoas mais inteligentes do mundo".

Em seguida, ele fez uma breve menção ao poder de fogo dos EUA, dizendo: "Temos armas que ninguém conhece", antes de voltar a elogiar Xi Jinping.

"Xi é um homem que sabe exatamente o que precisa ser feito, ele ama seu país", disse ele. "Receberemos um telefonema em algum momento e então começaremos a negociar."

Outro país que havia respondido ao tarifaço de Trump foi o Canadá, impondo 25% sobre certos carros vindos dos EUA e bilhões de dólares em produtos americanos.

Na terça-feira, o presidente americano disse que está em negociação com outros países sobre tarifas. "As nações que realmente tiraram vantagem de nós agora estão dizendo 'por favor, negociem'", disse.

A pausa anunciada na quarta-feira por Trump é apenas para países que receberam tarifas acima de 10%. A tarifa básica de 10% sobre importação de todos os países — inclusive do Brasil — segue em vigor.

Outras tarifas que haviam sido anunciadas também seguem existindo. As importações de carros, aço e alumínio para os EUA continuam sujeitas a um imposto de 25% — inclusive sobre produtos do Brasil. Essa tarifa será estendida a peças automotivas no próximo mês.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), falou sobre a situação durante seu discurso na cúpula de líderes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que ocorre em Honduras.

Lula afirmou que "tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional e elevam os preços". "Guerras comerciais não têm vencedores", acrescentou.

Alguns países que haviam sofrido grandes aumentos de tarifa de importação nos EUA, reagiram ao anúncio de Trump de pausa na guerra comercial.

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, fez um apelo a todas as partes a "aproveitarem ao máximo" a pausa de 90 dias, enfatizando que manter relações fortes com os EUA "é uma responsabilidade comum de europeus e americanos".

O vice-primeiro-ministro vietnamita, Ho Duc Phoc, disse que os EUA e o Vietnã esperam iniciar "negociações sobre um acordo comercial bilateral", que "incluiria acordos tarifários".

O futuro chanceler alemão, Friedrich Merz, disse que a pausa prova que uma abordagem europeia unida em relação ao comércio tem um efeito positivo: "Os europeus estão determinados a nos defender e este exemplo mostra que a união ajuda acima de tudo".

E a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a decisão de Trump foi "um o importante para a estabilização da economia global". A UE, afirma ela, continua comprometida em negociar com os EUA em direção ao seu objetivo de um "acordo tarifário zero por zero".

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