Compensação do IR pode ir por outros caminhos, para não onerar crédito, diz o presidente da Febraban 505b1t
Segundo Isaac Sidney, aumentar impostos dos bancos pode elevar os custos do crédito; o presidente da Câmara sugeriu ao setor que leve alternativas à comissão que discute o projeto 6t3w41
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, disse que os bancos defenderam ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que a compensação à isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais não se dê por meio da elevação de tributos recolhidos pelo setor. De acordo com ele, isso iria na contramão da agenda de redução do custo do crédito que o poder público tem buscado. 292n68
O presidente da entidade fez menção a propostas de emenda ao projeto enviado pelo governo que defendem elevar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) paga pelo setor financeiro, como uma possível compensação às receitas das quais o governo abrirá mão com a isenção do IR.
"Nós achamos que temos outros caminhos que podemos encontrar para que essa compensação ocorra sem onerar o crédito. Aqui não estou falando de nada que possa mitigar a incidência de tributos na rentabilidade e nos lucros dos bancos, mas apenas evitar que o custo do crédito possa ficar mais onerado", disse Isaac a jornalistas após o fim de uma reunião do conselho diretor da Febraban, de que Motta participou como convidado.
Motta disse que sugeriu ao setor que envie propostas alternativas à comissão da Câmara que discute o projeto. Esse grupo é liderado pelo o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), ex-presidente da Casa.
Ainda de acordo com Isaac, o encontro foi "proveitoso" e teve a presença de representantes de todos os bancos que compõem o conselho da Febraban. O órgão é formado por presidentes dos bancos associados à entidade e presidido pelo presidente do conselho de istração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco.
"Debatemos, por exemplo, a dinâmica recente do mercado de crédito, os custos da intermediação financeira, custos de capital, os custos do spread bancário, das taxas de juros e medidas que possam baratear os empréstimos, tanto para as famílias quanto para as empresas", disse ele.
