Mercado reduz projeção para inflação em 2025 no Focus 3k623u
Analistas consultados pelo Banco Central reduziram a projeção para a inflação brasileira neste ano, mantendo a previsão para a alta dos preços em 2026, enquanto subiram a expectativa em relação ao crescimento da economia no próximo ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira. o2r2x
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para a inflação, medida pelo IPCA, é agora de 5,46% ao fim deste ano, acima da previsão de 5,50% na pesquisa anterior. Para 2026, a projeção da alta dos preços foi mantida em 4,50%.
O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A mudança vem na esteira da divulgação de dados para o IPCA-15 de maio na semana ada, que desacelerou e ficou abaixo do esperado em maio, levando o resultado em 12 meses a mostrar algum alívio. O índice teve alta de 0,36% em maio, após subir 0,43% no mês anterior, e de 5,40% em 12 meses, ante ganho de 5,49% em abril.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda a previsão de que o Produto Interno Brasileiro (PIB) suba 1,80% no próximo ano, acima da projeção de crescimento de 1,70% na semana anterior. Para 2025, a expectativa para a expansão econômica caiu ligeiramente a 2,13%, de ganho de 2,14% anteriormente.
Sobre a política monetária do Banco Central, houve manutenção na expectativa para a taxa básica de juros neste ano e no próximo. A mediana das projeções para a Selic ao final de 2025 é de 14,75%, enquanto para o término de 2026 a previsão é de que a taxa atinja 12,50%, no que foi a 18ª semana consecutiva de manutenção desse patamar. No momento, a Selic está em 14,75% ao ano.
No Focus desta segunda, houve ainda manutenção nas expectativas para os preços do dólar no final de 2025, a R$5,80, e 2026, a R$5,90.
A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 6,8% neste ano, em movimento puxado por um processo de correção de preço, após sua disparada no fim do ano ado, e maior incerteza em relação aos planos tarifários dos Estados Unidos.
