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Ex-Palmeiras conquista japoneses, sonha com naturalização e relembra perrengue: ‘Três horas pra comprar bicicleta’ 5v1cj

Rafael Elias soma 18 gols e quatro assistências em 25 jogos no Japão 2s675f

13 abr 2025 - 04h59
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Resumo
Rafael Elias, ex-Palmeiras, virou herói do Kyoto Sanga ao salvar o time do rebaixamento na J-League com 18 gols em 25 jogos. Ele vive o auge profissional e planeja se naturalizar para defender a seleção japonesa.

Rafael Elias chegou ao Japão há menos de um ano, em julho de 2024. O pouco tempo foi o suficiente para o atacante --que um dia já foi apelidado de Papagaio-- com agens por Palmeiras e Cruzeiro tirar o Kyoto Sanga da zona de rebaixamento, se tornar ‘salvador’ e até mesmo sonhar com uma naturalização para defender a seleção japonesa. 1n6j3b

Assim que chegou à Terra do Sol Nascente, o jogador de 26 anos encontrou o clube na penúltima colocação da J-League. Em uma situação que parecia irreversível, ele balançou as redes 11 vezes e deu uma assistência em 15 jogos para salvar a equipe. Ao todo, desde que chegou ao país, já são 18 gols e quatro assistências em 26 partidas.

De início, Rafael ficou receoso com a mudança e queria mesmo era continuar no Cruzeiro, seu time na época. Mas um dos motivos que o levou a aceitar a proposta foi justamente o desafio de tirar o Kyoto da parte de baixo da classificação do Campeonato Japonês, segundo conta o atacante ao Terra.

“Eu tinha conversado na época com meus empresários, que eu queria ter ficado no Cruzeiro. Mas acabou acontecendo algumas coisas dentro do clube, tem coisas que a gente não controla, e acabou aparecendo essa oportunidade do Japão. Eu vi como uma oportunidade para mim também. O clube estava na zona de rebaixamento, eu sabia que era uma missão muito difícil, mas eu vim porque Deus tinha me dado uma direção. Deus falou pra eu vir pra cá, pra esse lugar, que ele tinha algo pra mim e pra minha família e que ele ia fazer grandes coisas e graças a Deus ele cumpriu a palavra. E foi incrível, eu nunca imaginei que eu fosse viver o que eu vivi no ano ado”, diz o camisa 9 do Kyoto Sanga.

Com as atuações que livraram o time do rebaixamento na última temporada, o atacante virou praticamente um herói para a cidade de cerca de 1,5 milhão de habitantes. O carinho, é claro, mexe com o lado sentimental do atleta revelado pelo Palmeiras.

“Quando acabou a temporada no ano ado, aqui na cidade estavam me chamando de ‘O Salvador de Kyoto’. Fiquei até muito emocionado, fiquei feliz de ter esse reconhecimento. Não só do torcedor, mas também do clube em si, de todos os jogadores, comissão técnica. É um clube que é muito uma família, eles respeitam muito você, te dão muito apoio, te dão uma boa condição de trabalho também. Para mim, esse reconhecimento deles foi uma das coisas também que pesou para continuar aqui no Kyoto nessa temporada”, continua.

Rafael Elias comemora gol pelo Kyoto Sanga
Rafael Elias comemora gol pelo Kyoto Sanga
Foto: Instagram/Kyoto Sanga

Os números aliados ao reconhecimento levam Rafael Elias a viver o melhor momento de sua carreira, tanto dentro quanto fora de campo. Para o jogador, muito disso se deve ao acolhimento recebido no Japão.

“Sem sombra de dúvida [é o melhor momento da carreira]. Acho que em todos os aspectos. A gente olha só para os números, mas eu também gosto de frisar o extracampo. É o melhor momento da minha carreira mentalmente, o melhor momento da minha carreira fisicamente, o melhor momento da minha carreira que minha família está bem, que a gente está se sentindo seguro, que a gente está se sentindo abraçado”, destaca o atacante.

Em meio ao grande momento, se engana quem pensa que o camisa 9 tem vida fácil dentro de campo no Japão. Na visão do centroavante, a dinâmica das partidas é tão intensa quanto no Brasil.

“O jogo aqui é muito intenso, é muita transição, é muito sprint, é muita velocidade. Então, eu acho que o jogo aqui é mais físico nessa parte de transição e corrida do que no Brasil. No Brasil, você cadencia mais, você tem um pouco mais de espaço. Aqui você recebe a bola e já vem dois, três marcar você, pressionar. Aqui o jogo é muito mais rápido do que no Brasil”, afirma.

Agora, apesar de reconhecer que em pouco tempo as coisas podem mudar no futebol, Rafael pretende continuar por um bom tempo no Japão. Ele, inclusive, pensa na possibilidade de se naturalizar para defender a seleção local. Reconhecimento esse que seria um sonho para o atleta: “Se um dia lá na frente tiver essa oportunidade, vou super aceitar. Vou querer, com certeza.”

Pelo processo normal para obter a cidadania, a pessoa precisa completar cinco anos ininterruptos morando no Japão e falar o idioma local. Como chegou ao país em 2024, o atleta conseguiria a naturalização em 2029.

Rafael Elias nas categorias de base do Palmeiras
Rafael Elias nas categorias de base do Palmeiras
Foto: Divulgação/Palmeiras

Vida e adaptação ao Japão 5o2p6

Mesmo com os gols e o carinho dos japoneses, Rafael Elias enfrentou algumas dificuldades na chegada ao Japão. Quanto à alimentação, restaurantes e a facilidade de encontrar comidas brasileiras em mercados o ajudaram, mas o problema ficou mesmo por causa do idioma.

No dia a dia do clube, o atacante e os companheiros brasileiros recebem a ajuda de tradutores. Agora, em algumas atividades do cotidiano, a salvação é recorrer aos aplicativos de tradução, que deixam simples tarefas um pouco mais complicadas.

“Esse tempo atrás fui comprar bicicleta para minhas filhas. Meu Deus do céu, mulher veio com tanta pergunta pra mim, que eu ficava só com o telefone pra ela. Ela falava, aí eu respondia, aí ela falava e eu respondia. Mas demorou acho que umas três horas pra comprar duas bicicletas. Mas assim, é divertido, você se diverte também. É um modo de aprender também, tem que ter calma”, brinca ao relembrar o ‘perrengue’. 

Para facilitar a comunicação com os japoneses, Rafael Elias já fez algumas aulas do idioma local, embora, no momento, tenha dado um tempo no estudo. Quem terá mais facilidade para aprender são as duas filhas do jogador, que já frequentam a escola por lá.

“Já consigo ler algumas coisas na rua, consigo falar algumas coisas. Isso também facilita o dia a dia, na convivência no clube, mas eu comecei a fazer aula e tive que parar um tempo para adaptar minha família aqui em casa”, completa.

Rafael Elias pelo Cruzeiro
Rafael Elias pelo Cruzeiro
Foto: Getty Images/Miguel Schincariol
Fonte: Redação Terra
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