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Aqui não, keridinho! Nikolas não fala por todas, por todos e nem por todes e733

Atitude de deputado federal é manobra perversa - e consciente - para desestabilizar e tumultuar nossas lutas e conquistas 5q2zz

9 mar 2023 - 13h44
(atualizado às 13h48)
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O feminismo é plural e cheio de imes, ramificações e contradições. Isso se dá porque mulher não é uma categoria social universal. Ou seja, somos diversas não apenas na superfície, mas também no mais profundo de nossas vivências, experiências, comportamentos, estudos, interesses, etc. 723052

O que nos une é a confluência dos caminhos traçados pelas violências que nos constituem como seres de uma determinada categoria social, mulhereS. Isso significa que ser mulher é um ponto em comum, mas que outros lugares sociais atravessam essa marcação social e são dados pela raça, pela classe, pela vivência sexual, pela condição intelectual, pelo lugar que moramos, pelo nosso peso corporal, pela nossa idade, pela nacionalidade e regionalidade, pelo território, pelo status psíquico e tantos outros fatores. Cada uma dessas especificidades forma grupos distintos dentro de um mesmo grupo e as características deste, por sua vez, formam um padrão de violência distinto mas, atuante, alternada ou simultaneamente, com os outros. Mas todos eles se encontram indiscutivelmente na encruzilhada do gênero mulher. 

Sendo assim, é impossível que haja uma homogeneidade nos discursos e percursos, mas é perfeitamente possível e desejável que haja homogeneidade no desejo por emancipação social plena e pelos “sapatos” que cada uma calça para se mover nesses espinhosos e tortuosos caminhos.

E isso não se faz com tranquilidade e sem bons e enriquecedores embates e confrontos. Por isso sou uma defensora aguerrida da SORORIDADE, que não é blá-blá-blá de amor incondicional e tolerância integral, NÃO. Mas é, SIM, o respeito e reconhecimento das mais variadas formas em que a violência se faz presente, cerceando e fragilizando a todas em diversos níveis da estrutura que nos forma como seres sociais e humanos, acima de qualquer questão.

Tudo isso é muito natural. 

O que não é natural é que nossa principal arma de luta, o discurso, seja atravessado pela irresponsabilidade e narcisismo patriarcal de certas masculinidades que se sentem ameaçadas por nossos avanços e permanências nos espaços negados historicamente. 

Como é o caso do deputado federal Nikolas Ferreira que, em pleno 8 de março, Dia Internacional da Mulher, tenta de maneira patética e assustadoramente suja roubar o protagonismo feminino dentro de uma casa legislativa. 

Para além do discurso transfóbico com sinais óbvios de uma manobra psíquica de autodefesa de um ego que visivelmente não se reconhece como se afirma (homem) e tenta fugir desse traço de sua personalidade e sexualidade, existe outra questão: a invasão deliberada de um lugar que não lhe pertence.

Que lugar">Aqui não, keridinho!

Nikolas Ferreira em pleno 8 de março, Dia Internacional da Mulher, tenta de maneira patética e assustadoramente suja roubar o protagonismo feminino dentro de uma casa legislativa
Nikolas Ferreira em pleno 8 de março, Dia Internacional da Mulher, tenta de maneira patética e assustadoramente suja roubar o protagonismo feminino dentro de uma casa legislativa
Foto: Reprodução
Fonte: Redação Nós
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