Papa estadunidense progressista me preocupa tanto quanto um negro reacionário 673k6z
A nacionalidade de uma papa nunca foi tão importante dado a configuração geopolítica atual 1d5i3s
Como a maioria já sabe, o estadunidense Robert Francis Prevost foi escolhido Papa na última quinta-feira (08). Para muitos foi uma surpresa, na Bet do conclave, de um site dos Estados Unidos, que obviamente não irei citar aqui, Robert tinha apenas 1% das apostas. Muitos ficaram felizes, pois ele adota uma postura aparentemente progressista. Trabalhou 20 anos no Peru em causas sociais, era aliado do Papa Francisco e é um crítico ferrenho do governo Trump. Contudo, a sua nacionalidade ainda me faz pensar quais caminhos esse papado pode tomar. 6a2qp
Para algumas pessoas um Papa negro, ainda que reaça, era uma boa escolha, afinal, a igreja católica na grande maioria das vezes se porta de maneira conservadora, já que é para ter um conservador, que seja um negro nesse espaço de poder tão cobiçado. Eu acredito que essa mesma lógica pode ser aplicada quando pensamos na nacionalidade do Papa. Para Trump, e o governo dos EUA como um todo, ter um papa estadunidense é importante independente se ela prega um progressismo ou outro, afinal, como já dito, a igreja católica enquanto instituição é conservadora.
Se a gente parar para pensar, quando o assunto é EUA, sobretudo política e religião, o progressismo é minúsculo. Vocês sabem que Biden representa o progressismo nos EUA, né? Ele que mandava a Kamala, sua vice, para falar sobre aborto porque ele se apresentava como católico e não queria se queimar com essa parcela da população. O que estou tentando dizer é que, por mais que o Trump não exerça nenhuma influência sobre o Papa Leão XIV, o que eu acho improvável, as eleições dos EUA acontecem a cada 4 anos, ou seja, Robert pode pegar mais um dois presidentes, que se alinhe com ele, e a gente sabe que quando a história é geopolítica democratas e republicanos andam de mãos dadas.
Os Estados Unidos vem perdendo força no cenário mundial e ter um representante controlador de massas no ocidente é um grande trunfo. Isso pode não acontecer agora com Trump, mas pode com algum outro que ele se identifique mais. O próprio Barack Hussein Obama é prova viva que fora da fronteira todo presidente dos Estados Unidos é um provável carrasco. Espionagem em outros países, incluindo Brasil (será que tem algo a ver com golpe na Dilma?), ataques de drones em supostos terroristas no Iraque e no Afeganistão, outros ataques na Somália e Paquistão que fizeram várias vítimas inocentes nesses quatro países, fora outras questões com a Síria e o estado islâmico.
Um Papa pode formar opinião, montar narrativa, fazer com que você não olhe o ponto A e não o ponto B. Um Papa que se apresenta como progressista pode dar mais validade a alguns absurdos, justamente por ter a imagem de justo e acolhedor. Ele pode ser a favor da imigração nos Estados Unidos, ao mesmo tempo que nega um possível campo de concentração promovido por Israel contra a população de Gaza. Assim como ele pode vim falar contra o assassinato de um jovem negro estadunidense enquanto se cala a exploração infantil no Congo.
Do mesmo jeito que a direita usa políticos negros e negras para validar ideias absurdas e negar o seu racismo, é possível fazer a mesma manobra com um Papa progressista. Não estou falando que isso irá acontecer e estou pedindo a Deus que não aconteça. Que esse Papa exponha todos os ataques dos EUA, que cobre os países europeus sobre os países africanos colonizados e que priorize o ser humano em detrimento a politicagem. Todavia, é de se estranhar que um nome que não estava entre os mais prováveis tenha sido eleito ao acaso. Que eu esteja enganado e que Leão XIV seja um instrumento de Deus e não do colonialismo dos Estados Unidos.