Copa do Mundo Feminina: o que esperar da seleção brasileira? 6s5150
Pia falou que “ninguém vai tirar o nosso sonho”. Então vamos todos seguir sonhando com a primeira estrela 2m36t
Na segunda-feira, 24, o Brasil começa, mais uma vez, a trajetória em busca do primeiro título de Copa do Mundo Feminina, mas precisamos ser realistas: nossa seleção não chega como favorita. 1v3b3p
Participante de todas as edições realizadas até hoje, o melhor resultado foi o vice-campeonato em 2007, que não foi suficiente para impulsionar a modalidade e garantir mais investimentos para manter o legado.
Hoje, a situação já está um pouco diferente. Depois de 2019, quando houve o maior boom do futebol feminino com a Copa (Brasil foi eliminado nas oitavas, pela França), e com a chegada de Pia Sundhage para o comando, muitas expectativas foram criadas, mas os muitos anos perdidos no desenvolvimento ainda impedem que as mulheres do “país do futebol” cheguem ao Mundial com status de campeãs.
Se formos analisar o a o, ou jogo a jogo, estamos bem na primeira fase. Pelo sorteio, o Brasil caiu no grupo F, ao lado de Panamá (adversário do jogo de estreia, nesta segunda), França (algoz de 2019, que segue como favorita para esse ano, no segundo jogo), e Jamaica (na última Copa, vencemos por 3-0). Sem zebras, a maior probabilidade é classificar na segunda posição, atrás da França.
E a partir daí, a sorte não está do nosso lado. Novamente, se nada de extraordinário acontecer (e sabemos que no futebol tudo é possível), devemos encontrar mais uma gigante europeia logo nas oitavas de final: a Alemanha. É bem verdade que vencemos as bi-campeãs em um amistoso recente, por 2-1, mas o confronto promete muita dificuldade.
Em um cenário realista - e talvez pessimista -, nos despedimos da Copa aqui, repetindo o feito de 2019. Mas como a Pia falou, em entrevista recente, “qualquer seleção entre as dez melhores pode ganhar a Copa” - a seleção brasileira é a oitava do ranking mundial. Temos um grupo comprometido, bem equilibrado com atletas experientes e jovens, e com o fator motivacional da despedida de Marta, que quer repetir Messi e levantar o título em sua última participação.
Parafraseando o famoso discurso de Ronaldinho Gaúcho, de 2011, “estão deixando a gente sonhar”. Pia garantiu: “Ninguém vai tirar o nosso sonho, vamos seguir sonhando”. Estamos todos aqui, torcendo para o sonho se concretizar e se materializar na primeira estrela da camisa.