Script = https://s1.trrsf.com/update-1748548509/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Polícia 686h29

O que dizem as letras de MC Poze do Rodo: artista é preso por apologia ao crime e associação ao tráfico 2g4v3o

Secretaria de Polícia Civil afirma que letras de músicas promovem narcocultura e incitam violência armada; artista nega envolvimento 226q50

29 mai 2025 - 16h16
(atualizado às 16h59)
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
MC Poze do Rodo foi preso sob acusações de apologia ao crime e associação ao tráfico, com a polícia alegando que suas músicas promovem a narcocultura e exaltam o Comando Vermelho; o artista nega envolvimento.
O MC Poze do Rodo foi preso nesta quinta-feira, 29
O MC Poze do Rodo foi preso nesta quinta-feira, 29
Foto: Instagram/@pozevidalouca / Estadão

O cantor de funk MC Poze do Rodo foi preso nesta quinta-feira, 29, no bairro do Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro, acusado de associação ao tráfico de drogas e apologia ao crime. A ação foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), com apoio da Polícia Civil do Estado. 2s5y2f

Segundo as investigações, o funkeiro tem usado sua produção musical como plataforma para enaltecer a atuação do Comando Vermelho (CV), facção criminosa com forte presença nas comunidades do Rio. "Esse suposto MC que foi preso transformou a música num instrumento de dominação, de divulgação e de disseminação da ideologia e da narcocultura do Comando Vermelho", afirmou o secretário estadual de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, em coletiva.

A apologia ao crime é considerada crime pelo artigo 287 do Código Penal Brasileiro, que define como infração penal a defesa, o elogio ou o incentivo público a práticas criminosas ou a criminosos. A pena prevista vai de três a seis meses de prisão, ou multa.

O que dizem as letras de Poze do Rodo 70205c

  • Fala Que a Tropa É Comando Vermelho

Oi, na VK os menor te acerta

Só soldado bom de guerra

Que te mira e não te erra

Só AKzão na favela

Com vários pentão reserva

Aonde entrar, cês leva

...

Respeita o CV

Que só tem bandido brabo, só menor de guerra

Que bota pra f****

Nós é terror dos Terceiro, ADA e dos meleca

Fala que a tropa é Comando Vermelho

Se piar aqui na VK, vocês vai ver

Só soldado preparado, os menor descontrolado

Se os cana brotar, a bala vai comer

Além de citar o Comando Vermelho diretamente, o MC fala sobre a Vila Kennedy (VK), comunidade de Bangu dominada pela facção. "AKzão" faz referência ao modelo de arma, enquanto Poze também cita rivalidade com outras facções e grupos, como o Terceiro Comando, Amigos dos Amigos (ADA) e milicianos (meleca).

MC Poze do Rodo é preso por apologia ao crime e relação com facção; polícia fala em ‘narcocultura’:
  • Tropa do General

Os Tu** tá peidando pro bloco dos cria

Nós odeia ADA e T

Desde menor sou Comando, nós é relíquia

Trem bala dos manos

Com os fuzil tudo na pista, ah, ah, ah

Tropa do General com vários ParaFAL

Tá 2, tá 2

Tropa do General com vários ParaFAL

Tá 2, tá 2

O termo "Tu**" é um apelido pejorativo para se referir à facção T. A música também cita a rivalidade com a facção ADA , afirma que o eu lírico integra o Comando e fala sobre ParaFAL, modelo de fuzil. "Tá 2", por sua vez," é gíria para se referir ao CV, sigla composta por duas letras.

  • Na CDD só tem bandido faixa preta

Nós tem Glock, tem AK, 62 com mira laser

Terror dos alemão, é os moleque da 13

Nós vamo voltar pra casa e botar a bala pra comer

Retomar o que é nosso e gritar: É o C.V!

Na CDD só tem bandido faixa preta

Tentaram vir pegar o homem e a bala voou

Nós é Comando Vermelhão de natureza

A meta é voltar pro Rodo e voltar pro Batô

(Aí, Guarde, a volta vai ser triste!)

Glock, AK, e 62 são referências às armas de fogo. "Vamo voltar pra casa" diz respeito a voltar a comandar os territórios perdidos para facções inimigas, como o Rodo (onde o MC foi criado) e o Batô (Bateau Mouche em Jacarepaguá). "A volta vai ser triste" aponta que o confronto seria violento.

Polícia acusa Poze de apologia e envolvimento com o CV 6a4k2m

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o conteúdo das músicas de Poze ultraa o limite da liberdade de expressão artística, ao promover ações criminosas e exaltar uma organização responsável por tráfico de drogas, disputas armadas e uso de armas de guerra. "As músicas desse falso artista têm um alcance incalculável e muitas das vezes são muito mais lesivas do que um tiro de fuzil disparado por um traficante", disse Curi.

A polícia afirma que Poze realiza shows apenas em áreas dominadas pela facção, sempre com a presença ostensiva de traficantes fortemente armados, o que garantiria a segurança dos eventos e do próprio artista. A DRE aponta ainda que esses eventos funcionam como fontes de financiamento para as atividades da facção, revertendo lucros obtidos na venda de drogas em armas e equipamentos para a prática de crimes.

"Perseguição", diz funkeiro k3a58

Em declaração a um repórter, Poze negou qualquer envolvimento com o tráfico: "Você sabe que não [tenho envolvimento] e fica fazendo essas perguntas bobas. Quem [eles] têm que pegar tá lá no morro, não sou eu". O cantor também criticou a atuação das autoridades. "Essa implicância comigo já é de muito tempo. [...] Isso é perseguição, é cara de pau. Não tem prova de nada".

A equipe do artista divulgou um comunicado nas redes sociais, classificando a prisão como injusta. "MC não é bandido. Hoje, o Poze foi surpreendido com um mandado de prisão temporária e uma busca e apreensão na sua casa. A acusação de associação ao tráfico e apologia ao crime não fazem o menor sentido. Poze é um artista que venceu na vida através de sua música. Muitos músicos, atores e diretores têm peças artísticas que fazem relatos de situações que seriam crimes, mas nunca são processados, porque se tratam justamente de obras de ficção".

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade