Quem são os nomes cotados para o Senado por SP? Veja 10716b
Escolhas dos partidos ainda dependem de definições sobre nomes que disputarão outros cargos, como governador e presidente; Senado terá duas cadeiras para São Paulo no pleito de 2026 93z49
A mais de um ano do pleito, a disputa pelas duas cadeiras no Senado por São Paulo nas eleições de 2026 já começa a ser desenhada pelos partidos. Nomes já estão em discussão, embora as definições dependam das articulações para outros cargos, como governador e presidente. 6j555
Além das negociações internas, nomes de possíveis candidatos estão sendo testados em pesquisas de intenção de voto, colocando diversos cenários sobre a mesa. A Casa vai renovar dois terços das 81 cadeiras no ano que vem.
Figuras como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), aparecem na lista de cotados da base governista. Já os principais nomes da oposição são Eduardo Bolsonaro (PL), o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), e o ex-ministro do Meio Ambiente e deputado federal Ricardo Salles (Novo).
A atenção à disputa ao Senado no próximo ano é redobrada porque são os senadores quem têm o poder constitucional de votar um eventual processo de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaristas planejam eleger uma "superbancada" na Casa, para confrontar a Suprema Corte, principalmente o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal que julga Jair Bolsonaro (PL) e outros 30 réus por golpe de Estado. A nova composição da Casa Alta, portanto, pode agravar ainda mais as disputas entre Poderes.
O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu neste domingo, 1.º, durante o congresso nacional do PSB, atenção às eleições dos senadores, destacando ser preciso "preservar as instituições que garantam a democracia deste País".
Tarcísio vê Alckmin como candidato forte do governo Lula 5an1l
Como mostrou o Estadão, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) confidenciou a aliados que vê o vice-presidente como um nome forte do governo Lula ao Senado no próximo ano. Já Alckmin não tem se manifestado sobre o assunto. Para o governador, segundo interlocutores, o atual vice-presidente será um adversário difícil de enfrentar, já que muitos eleitores do Estado gostam dele e têm uma lembrança positiva de suas gestões à frente do governo paulista.
O nome do integrante do PSB já é testado nas pesquisas eleitorais. Em um cenário em que ele concorre e Haddad não, Alckmin tem 34,6% das intenções de voto, e fica atrás do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro. O levantamento foi feito pela Paraná Pesquisas, entre os dias 1.º e 4 de maio.
Lula quer Haddad na disputa pelo Senado 136n25
Segundo interlocutores, o ministro da Fazenda tem demonstrado pouca vontade de concorrer em 2026, mas o presidente Lula vê Haddad como candidato ao Senado para evitar que o bolsonarismo leve duas vagas por São Paulo. Na pesquisa citada anteriormente, em cenário em que Haddad entra no lugar de Alckmin, o petista aparece com 32,3% das intenções de voto - também em segundo lugar, atrás de Eduardo.
Há ainda uma ala do PT que defende que, mesmo sem chances de vencer o governo paulista, Haddad lance candidatura para garantir o palanque de Lula no Estado no próximo ano. Indagado, o ministro não comenta nenhum dos cenários.
Como mostrou a Coluna do Estadão, o ministro tem visto sua impopularidade aumentar após sofrer uma série de desgastes devido a anúncios de medidas econômicas contestadas pelo mercado.
Eduardo e Derrite como apostas do bolsonarismo; Salles é candidato independente 6h1m6x
Mais citado pelos entrevistados do levantamento da Paraná Pesquisas, o filho "03? de Bolsonaro permanece nos Estados Unidos desde março, buscando sanções contra o ministro Moraes e outras autoridades brasileiras para evitar a prisão do pai. Pela atuação, virou alvo de inquérito no STF e sua permanência do país americano embaralha os planos do PL para o Senado no ano que vem.
Mesmo que Jair Bolsonaro, inelegível até 2030 e réu por golpe de Estado, mantenha seu nome como possibilidade real nas eleições presidenciais, e que seus apoiadores sigam repetindo o cenário como o plano A, os principais cotados para concorrerem contra Lula são Eduardo e governador de São Paulo, Tarcísio.
Contando com a candidatura de Eduardo para o Senado, o secretário de Segurança Pública de Tarcísio, Guilherme Derrite, trocou o PL pelo Progressistas na última semana de maio, e é a aposta do partido para a vaga, que quer transformá-lo em uma liderança nacional no debate sobre a segurança pública.
O secretário tem afirmado publicamente que não disputará o governo paulista, mesmo se Tarcísio decidir concorrer à Presidência. A tendência, entretanto, é que Derrite aproveite o embalo para se colocar como opção ao governo de São Paulo caso (e quando) o governador ita a disputa ao Planalto, disse um do governador aliado ao Estadão.
Tão logo Eduardo comunicou que ficaria nos Estados Unidos, em março, o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) se "colocou à disposição" de Bolsonaro e do PL como pré-candidato ao Senado.
Também de olho na vaga no Senado, o ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro e deputado federal Ricardo Salles deixou o PL e se filiou ao Partido Novo em agosto do ano ado. A saída ocorreu após o deputado não receber o aval do partido do ex-chefe do Executivo federal para concorrer à Prefeitura de São Paulo.
Por enquanto, o deputado segue como nome independente na disputa, e tem cerca de 14% das intenções de votos nos cenários apresentados pela Paraná Pesquisas.
Mara Gabrilli tenta reeleição z1d47
A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) anunciou em janeiro que vai disputar a reeleição em 2026. Com o fim do mandato, é dela uma das vagas que serão abertas na próxima disputa. A outra é do senador Alexandre Giordano (MDB-SP), que apesar de já ter pertencido ao PSL quando a sigla tinha Jair Bolsonaro em seu quadro, apoiou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) na corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo ano ado.
