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Corpo de papa já explodiu em funeral após técnica de conservação falhar 6q581c

Médico que realizou procedimento foi expulso do Vaticano 6r6z3x

25 abr 2025 - 12h42
(atualizado às 14h27)
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Resumo
O corpo do papa Pio XII explodiu durante seu funeral em 1958 devido a uma técnica de embalsamamento falha, levando à expulsão do médico responsável pelo Vaticano e marcando a história como um episódio embaraçoso.
Enlutados prestam homenagem ao Papa Francisco na Basílica de São Pedro, em 25 de abril de 2025, na Cidade do Vaticano. O Papa Francisco, que faleceu em 21 de abril aos 88 anos, permanece em seu velório por um último dia antes do funeral de amanhã na Praça de São Pedro.
Enlutados prestam homenagem ao Papa Francisco na Basílica de São Pedro, em 25 de abril de 2025, na Cidade do Vaticano. O Papa Francisco, que faleceu em 21 de abril aos 88 anos, permanece em seu velório por um último dia antes do funeral de amanhã na Praça de São Pedro.
Foto: Franco Origlia/Getty Images

A morte do papa Francisco, na última segunda-feira, 21, comoveu fiéis ao redor do mundo. Com ela, episódios de mortes de pontífices voltam à discussão, como o caso do papa Pio XII, cujo corpo chegou a explodir durante o cortejo fúnebre, em 1958, após uma técnica de embalsamamento fracassada.  3i2p1a

O episódio trágico, causado pelo acúmulo de gases corporais sob o calor do Mediterrâneo e a ineficiência do método escolhido, ainda hoje é considerado um dos momentos mais embaraçosos da história recente do Vaticano.

Diferentemente dos rituais atuais, o caso de Pio XII foi marcado por uma falha histórica. Eugenio Pacelli, nome de batismo do pontífice, havia falecido aos 82 anos após liderar a Igreja em períodos delicados como a Segunda Guerra Mundial. A responsabilidade por embalsamar o corpo foi entregue a Riccardo Galeazzi-Lisi, médico pessoal do papa, de acordo com um artigo da época publicado pelo The New York Times

Galeazzi-Lisi decidiu utilizar um método próprio, inspirado no embalsamamento da Antiguidade, que dispensava incisões e usava óleos aromáticos, resinas e uma película de celofane ao redor do cadáver.

Vaticano irá disponibilizar documentos inéditos sobre o papa Pio XII, acusado de ter ficando em silêncio durante o holocausto
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Foto: REPRODUCAO PIO S3 ARQUIVO 10/03/58 - PRODUCAO DE FOTO PB / Estadão

A técnica, porém, falhou completamente. Ainda durante o traslado do corpo em procissão à Arquibasílica de São João de Latrão, em Roma, o cadáver explodiu dentro do caixão, conforme a reportagem do Times, que afirma que os presentes puderam ver a cena.

Galeazzi-Lisi tentou embalsamar novamente o corpo na mesma noite, mas a decomposição havia começado. No dia seguinte, quando foi exposto na Basílica de São Pedro, o corpo estava em avançado estado de putrefação e foi descrito pela reportagem como de cor "verde-esmeralda". Guardas que faziam a vigília chegaram a desmaiar devido ao odor.

Galeazzi-Lisi foi expulso do Vaticano por ordem de João XXIII, sucessor de Pio, sendo até hoje o único indivíduo oficialmente banido da Cidade do Vaticano. Ele também acabou expulso do Conselho Médico Italiano, ainda que tenha sido posteriormente reintegrado. O médico morreu em 1968, aos 77 anos.

Papa Pio XII, em foto de arquivo
Papa Pio XII, em foto de arquivo
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Atualmente, os procedimentos de preparação e conservação de cadáveres são mais técnicos e seguros. A tanatopraxia, segundo definição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), é o nome dado ao conjunto de técnicas de higienização, preparação e conservação de corpos com o objetivo de retardar a decomposição natural. Ao contrário das práticas experimentais adotadas por Galeazzi-Lisi, a tanatopraxia moderna é aplicada com base científica e protocolos rigorosos, o que evita episódios como o do papa Pio XII.

Nesta sexta-feira, 25, fiéis voltam a se reunir na Basílica de São Pedro, no Vaticano, para se despedir de Francisco. O rito de fechamento do caixão acontecerá às 20h (horário local), antecedendo a chamada “terceira estação” — a do sepultamento — e marcará oficialmente a despedida do pontífice, que será sepultado no sábado, 26, pela manhã. Os fiéis têm até às 15h (horário de Brasília) desta sexta-feira para prestarem uma última homenagem ao pontífice diante do caixão aberto.

Fonte: Redação Terra
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