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Martina, a menina de 14 anos morta na Itália após negar abraço 3e1g39

Meloni ficou chocada e trabalha com oposição contra feminicídio 34503e

30 mai 2025 - 15h03
(atualizado às 15h13)
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A adolescente Martina Carbonaro, de 14 anos, vítima de um novo feminicídio que provocou consternação na Itália, foi assassinada pelo ex-namorado após ter negado um abraço. 68s7

Alessio Tucci confessou assassinato de ex-namorada
Alessio Tucci confessou assassinato de ex-namorada
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"Tentei abraçá-la, ela recusou, estava de costas e eu bati nela", confessou Alessio Tucci, que matou a italiana, durante audiência para validar sua prisão nesta sexta-feira (30).

O jovem de 18 anos foi detido após a polícia encontrar o cadáver da menina escondido em um edifício em ruínas em Afragola, na província de Nápoles, no sul da Itália. Em confissão às autoridades, revelou que foi motivado pelo fato de Martina ter terminado a relação de quase dois anos com ele.

Durante a audiência, Tucci respondeu às perguntas da juíza Stefania Amodeo, enquanto seu advogado Mario Mangazzo pediu a transferência dele para outra prisão, diferente de Poggioreale, para evitar ataques de outros detentos.

Segundo Mangazzo, o jovem italiano contou que teria batido na garota três vezes. "Quando ela foi trancada em um armário no quarto em ruínas onde seu corpo foi encontrado mais tarde, ela não estava mais respirando", relatou.

No interrogatório, Tucci fez declarações amplamente confessionais e especificou algumas circunstâncias, especialmente em relação à forma da agressão sofrida pela pobre Martina.

"Ele tentou abraçá-la, ela recusou o abraço e, seguindo esse comportamento, infelizmente, quando ela estava de costas, ele a espancou. Uma vez e, posteriormente, desferiu mais alguns golpes com a pedra", revelou o advogado.

Mangazzo contou ainda que seu cliente "especificou que, em determinado momento, Martina não estava mais viva" e então "virou o corpo e a cobriu com os móveis que estavam naquela casa abandonada, tomado por um súbito o de raiva e porque não conseguia aceitar o fim do relacionamento".

O crime ocorreu depois que a menina teria aceitado se encontrar com Tucci para conversar. O jovem, no entanto, matou Martina a pedradas - o corpo apresentava pelo menos quatro ferimentos na cabeça - e escondeu o corpo em um velho armário no edifício abandonado.

O jovem responderá por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Seu pai, Domenico, pediu desculpas pelo crime cometido pelo filho e disse que Tucci estava apaixonado por Martina e ficou "emocionado" ao vê-la conversando com outro rapaz.

"Peço desculpas a todos, nunca esperávamos isso, estamos destruídos. Meu filho é um bom menino, Martina era como uma filha para mim e minha esposa. Peço desculpas ao mundo inteiro em nome do meu filho e da nossa família", lamentou.

Domenico explicou que "Alessio queria descobrir quem era o novo namorado da Martina", mas "não era obcecado" e só "estava apaixonado". "Eles estavam crescendo juntos. Ver que ela estava conversando com outra pessoa o chocou", lembrou.

Após o caso ter chocado o país, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse hoje que está feliz em trabalhar com partidos de oposição em ações para evitar feminicídios e violência de gênero em meio a uma onda de casos alarmantes, incluindo o assassinato de Martina.

"Estou escrevendo à Comissão Bicameral para a Infância para pedir que todas as partes trabalhem juntas", destacou Meloni a repórteres em Astana, no Cazaquistão, após ser questionada sobre uma proposta de Elly Schlein, líder do Partido Democrático (PD) de centro-esquerda da oposição, para um esforço bipartidário para resolver o problema.

De acordo com a premiê italiana, "essa questão é muito maior do que nós e acho que devemos enfrentá-la juntos". "Não há necessidade de apelações. Estou aqui. Precisamos de uma grande reflexão".

Por fim, destacou que a história da menina assassinada de Afragola, Martina Carbonaro, a "deixou sem fôlego", acrescentando que não tem "as respostas, mas se não fizermos perguntas, não conseguiremos encontrá-las".

"Existe o perigo de não entendermos o que está acontecendo com as novas gerações e, portanto, de não conseguirmos prever os perigos", concluiu Meloni, enfatizando que "há um aumento nos casos de violência e suicídios inexplicáveis".

Ansa - Brasil
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