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Otimismo de empresas recua no Brasil e no mundo 5f91q

Dados revelam freio nas decisões empresariais diante de incertezas econômicas e mudanças regulatórias. No Brasil, otimismo das médias empresas caiu 13 pontos percentuais no início de 2025 3c4o5m

26 mai 2025 - 10h41
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A confiança empresarial iniciou 2025 em queda no Brasil e em diversas partes do mundo. Segundo o International Business Report (IBR), levantamento global da Grant Thornton com lideranças de médias empresas, o otimismo no Brasil recuou de 74% no final de 2024 para 61% no primeiro trimestre deste ano. A redução de 13 pontos percentuais reflete um movimento de realinhamento estratégico em meio a um ambiente econômico marcado por juros altos, inflação persistente, instabilidade regulatória, tarifas comerciais, tensões geopolíticas, entre outros. 3o3i3t

Foto: iStock/fizkes / DINO

"Não estamos apenas diante de uma mudança de humor, mas sim de uma reorientação estratégica do setor produtivo, que volta a priorizar a proteção das margens e a manutenção da estrutura mínima de operação. A curva da confiança diz muito sobre o ambiente de negócios", afirma Daniel Maranhão, CEO da Grant Thornton Brasil.

Clima global também esfria

A tendência não é isolada: o otimismo global caiu pela primeira vez em dois anos, ando de 76% para 73%. A principal preocupação apontada por 55% dos entrevistados em todo o mundo é a incerteza econômica — reflexo de questões como políticas fiscais instáveis, barreiras comerciais e custos elevados.

Entre as principais variações regionais do otimismo empresarial estão:

  • América do Sul registrou queda de 10 pontos percentuais (para 63%);
  • Europa e Ásia-Pacífico se mantiveram estáveis (58% e 74%, respectivamente);
  • África foi exceção, com aumento de 3 pontos percentuais no otimismo (para 71%).
  • A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) também apontou incertezas econômicas em relatório publicado no dia 16 de abril, projetando crescimento econômico mundial de apenas 2,3% em 2025. O limiar técnico de uma recessão global é de 2,5%.

    Recuo nos investimentos, contratações e qualificação

    No Brasil, os dados do IBR mostram retração generalizada nos planos de investimento e gestão de pessoas:

    • Planos de contratação caíram de 77% para 74%;
  • Intenção de reajuste salarial recuou de 90% para 84%, com aumentos reais acima da inflação caindo de 21% para 17%;
  • Investimentos em capacitação profissional reduziram de 83% para 74%.
  • A tendência acompanha a desaceleração global, que também aponta redução nas expectativas de emprego (56%, -2 pontos percentuais) e expansão internacional (48%, -3 pontos percentuais). "As empresas estão optando por estruturas mais enxutas e adotando decisões mais conservadoras, inclusive no que diz respeito à valorização e ao desenvolvimento de talentos", destaca Maranhão.

    De acordo com o executivo, esse movimento pode trazer efeitos colaterais sérios no médio prazo.  "Capacitação não é custo — é ativo estratégico. Deixar de investir no desenvolvimento e na excelência das equipes pode significar a perda de competitividade justamente quando ela mais é necessária".

    Tecnologia e ESG pressionados pelo curto prazo

    Áreas estratégicas como tecnologia e sustentabilidade também estão sofrendo cortes. No Brasil, o investimento em tecnologia caiu de 90% para 85% e o foco em ESG recuou de 80% para 70%. A tendência acompanha o cenário global, que mostra:

    • Sustentabilidade em queda (55%, -5 pontos percentuais);
  • Pesquisa e desenvolvimento em desaceleração (58%, -3 pontos percentuais);
  • Tecnologia ainda em alta prioridade, mas com leve recuo (68%, -1 ponto percentual), com exceção da inteligência artificial, que alcançou 69% nas intenções de investimento.
  • "Essas áreas não podem ser tratadas como supérfluas. Elas são a base da sustentabilidade e da relevância futura das empresas", alerta Maranhão. "Quando cortamos investimentos em tecnologia e ESG, corremos o risco de ficar para trás em um mercado que exige cada vez mais responsabilidade e inovação", ressalta.

    Setores mais impactados e os que mantêm fôlego

    Segmentos de alta demanda por capital, como construção civil e indústria de base, estão entre os mais afetados pela cautela. Já áreas como saúde, tecnologia e serviços digitais, que operam com mais flexibilidade e menor exposição a cadeias de suprimento internacionais, mantêm desempenho mais estável.

    Além disso, preocupações com o a financiamento (46%, +3 pontos percentuais), aumento da regulação (51%, +2 pontos percentuais) e pressões competitivas (53%) reforçam a necessidade de gestão ágil e estrutura decisória clara. "Empresas que conseguem ser dinâmicas e inovar mesmo sob restrições demonstram resiliência e estão mais preparadas para retomar o crescimento. A inovação não é um luxo: é uma ferramenta de sobrevivência estratégica", afirma.

    As médias empresas e o papel da liderança

    Responsáveis por cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e pela maior parte dos empregos formais, as médias empresas continuam sendo termômetro e motor da economia. "Quando essas empresas reduzem seu ritmo, o sinal é claro: o ambiente deixou de ser seguro para o crescimento. Mas também são motores potentes. Dada a sinalização adequada, elas retomam a inovação e o investimento com agilidade surpreendente", pontua Maranhão. "Elas têm a velocidade das pequenas e a estrutura das grandes — uma combinação que, em contextos favoráveis, gera dinamismo", observa o executivo.

    O estudo também destaca o papel da liderança neste cenário. "O papel da liderança é ser farol na tempestade. É quem deve manter a equipe coesa, engajada e conectada a um propósito maior, mesmo quando as metas precisam ser revistas ou os caminhos redesenhados", completa.

    Perspectivas: como virar a maré?

    Para a Grant Thornton, a travessia de 2025 exige um esforço conjunto de empresas, sociedade e governos. As recomendações am por:

    • Compromisso com o equilíbrio fiscal e previsibilidade regulatória;
  • Redução sustentável dos juros;
  • Políticas de fomento à inovação, transformação digital e qualificação profissional;
  • Apoio à internacionalização e à cultura exportadora.
  • "A travessia será exigente, mas não é impossível. Com responsabilidade compartilhada, podemos transformar essa fase de cautela em um ciclo renovado de crescimento", finaliza Maranhão.

    Website: https://www.grantthornton.com.br/

    DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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