Intuição dos pais funciona e consegue detectar doenças infantis; saiba mais p5p72
Estudo aponta que "alerta" dos pais é mais preciso do que sinais vitais da criança; entenda 6w6qk
Os pesquisadores descobriram que, quando os responsáveis demonstravam preocupação com a piora no estado da criança, havia chances significativamente maiores de que o paciente realmente estivesse em um estado crítico, mesmo que os sinais clínicos não apresentassem uma piora imediata.
Estudo reforça papel ativo das famílias 1k541n
Durante 26 meses, cerca de 24 mil pais responderam a pergunta: "Você está preocupado que seu filho esteja piorando?". Em 4,7% dos casos, os responsáveis disseram que sim. Nessas situações, as crianças tiveram maior probabilidade de uso de ventilação mecânica, internação prolongada e maior gravidade do quadro clínico.
A percepção dos pais foi, inclusive, mais eficaz do que sinais isolados como alteração de batimentos cardíacos ou respiração. Para a médica Erin Mills, uma das autoras do estudo: "Os pais são especialistas em seus filhos, mas infelizmente casos em que suas vozes não são ouvidas e desfechos trágicos acontecem são comuns", disse, em entrevista ao The Guardian.
Mudança no sistema de saúde 366k29
Este assunto ganhou destaque internacional após a morte de Martha Mills, uma adolescente britânica de 13 anos, que desenvolveu sepse após uma queda de bicicleta. Seus pais alertaram sobre sua piora clínica, mas não foram ouvidos pelos médicos.
O caso, ocorrido em 2021, motivou a criação da Regra de Martha no Sistema de Saúde Britânico (NHS). Ela garante o direito dos familiares solicitarem uma segunda opinião médica urgente. Desde então, o protocolo tem ajudado a tornar os atendimentos mais seguros e a detectar doenças antes.
Por fim, o estudo conclui que ouvir os cuidadores pode fazer toda a diferença no desfecho dos casos pediátricos. Se um pai ou uma mãe estão preocupados, essa preocupação pode ter fundamento clínico. Deve-se incorporar essa escuta ativa, portanto, à tomada de decisões médicas.