Pesquisas em diversos países mostram que bater em crianças é extremamente prejudicial 6v3w5p
Agredir os pequenos fisicamente traz diversos prejuízos na sua criação; confira detalhes do novo estudo 36151k
Durante muito tempo, punições físicas, tais quais as palmadas, foram vistas como parte da educação dos pequenos. No entanto, uma ampla análise, conduzida por pesquisadores renomados dos Estados Unidos, como Harvard, Yale e Universidade de Nova York (NYU), reforça um consenso científico: bater em crianças não oferece nenhum benefício. 4t254m
Os dados confirmam que essas punições são altamente prejudiciais ao desenvolvimento infantil. A novidade é que, agora, os mesmos efeitos negativos foram observados em contextos culturais e econômicos variados, incluindo regiões onde a prática é socialmente aceita.
O que diz o novo estudo sobre bater em crianças? 2u1vx
A pesquisa, publicada na revista Nature Human Behaviour, analisou 189 pesquisas realizadas entre 2002 e 2024, abrangendo 92 países. Há quem diga que bater em crianças pode trazer diferentes impactos, dependendo do ambiente social. No entanto, segundo o novo estudo, a hipótese não se sustenta.
Uma série de consequências negativas estão associadas ao uso de punições corporais, dentre elas: pior relacionamento entre pais e filhos, maior aceitação da violência por parte da criança, questões de saúde mental, uso de substâncias, desempenho escolar inferior, distúrbios comportamentais e qualidade do sono reduzida.
Um problema global? p6s15
A importância desta análise está, justamente, na abrangência dos dados. Até então, boa parte das evidências vinha de países desenvolvidos, levantando dúvidas sobre a realidade em contextos diferentes. A nova pesquisa considera nações com diversos níveis de renda, mostrando que essa é uma questão universal.
Apesar do consenso científico, as legislações sobre o assunto ainda caminham devagar. Em 2006, o então secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) recomendou a proibição de punições físicas contra crianças. No entanto, apenas 65 países adotaram leis, sendo que a maioria deles pertence ao grupo de nações de alta renda. Fica, agora, o alerta para que os países busquem políticas públicas de proteção à infância. Afinal, bater não educa, apenas prejudica.