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Agatha Moreira: livre e bem resolvida 4z3g6b

Atriz falou sobre sua relação com o espelho hoje em dia e como a profissão de modelo na infância a ajudou a se tornar uma mulher independente e empoderada 6j2u1q

8 jul 2024 - 10h18
(atualizado às 10h45)
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Make: Walter Lobato
Make: Walter Lobato
Foto: Fotos: Brunno Rangel/BOA FORMA / Boa Forma

A atriz Agatha Moreira conheceu os desafios da carreira de modelo ainda na infância, quando, com apenas 13 anos, já se via exposta a julgamentos e cobranças por seu corpo ser considerado fora do padrão das arelas. 3b2t36

Apesar de não ter cedido às exigências muitas vezes inalcançáveis daquela época, ela assume que, hoje, ainda convive com certas marcas deixadas pela profissão naquele período de sua vida.

" Eu era uma criança, falava: 'Claro, vou emagrecer sim', e saia dali e ia no primeiro McDonald's que tinha na minha frente. [...] Para mim, se eu estava trabalhando e me sustentando, estava tudo bem. Mas isso com certeza me afetou e me afeta até hoje, porque não vou ser hipócrita de dizer que fico satisfeita se estiver hoje com 10 quilos a mais", contou em entrevista à Boa Forma.

" Hoje, minha busca é muito mais pela saúde do que pela magreza necessária naquela época, mas eu procuro também ter o corpo que me agrada, essa é a verdade", completou.

Segundo ela, seu posicionamento de rebeldia e até mesmo falta de disciplina diante das críticas a seu corpo foi o que talvez a tenha ajudado a lidar com as pressões de uma forma mais madura e empoderada. Ela só não sabia, no entanto, que isso já era um posicionamento feminista.

" Quando alguém me falava: 'Você está gorda, seu quadril está enorme', de certa forma não afetava minha autoestima como poderia afetar se eu já não fosse uma mulher feminista. Para mim era: 'Estou trabalhando. Estou bem do jeito que eu estou, para mim está tudo certo'. Se eu já não tivesse esse ímpeto, essa mulher feminista dentro de mim, talvez me afetaria mais."

Em nosso bate-papo, a atriz, que está se preparando para dar vida à sua primeira protagonista de horário nobre em "Mania de Você", da Globo, falou sobre a relação que tem hoje em dia com o espelho, com os cuidados de dentro para fora e com sua independência e individualidade.

Agatha na nossa capa digital de Julho 2024
Agatha na nossa capa digital de Julho 2024
Foto: Fotos: Brunno Rangel/BOA FORMA / Boa Forma

Autocuidado por saúde 56s

O que significa bem-estar para você?

É quando você consegue se conectar de fato com sua essência, tendo em mente as coisas que te fazem bem. Acho que, na verdade, ele é o principal trampolim para sua autoestima. Sabe quando você não está se sentindo bem? Isso afeta diretamente a autoestima. O bem-estar engloba tudo o que você quer para você, qual versão sua você quer viver no seu dia a dia, na sua rotina, quem é você, como você cuida da pessoa que você tanto ama, que é você mesmo.

Você já declarou que o trabalho como modelo te causou certos "traumas" quanto aos cuidados com sua imagem. Você poderia me contar um pouquinho como foi esse período?

Tinha toda a cobrança, todo o sentimento de não se encaixar, porque eu não me encaixava, eu não era como as modelos deveriam ser, por ser uma mulher com quadril, com bunda… Precisava ser muito magra, principalmente na época que eu vivi, que não havia tanta diversidade nas arelas, não era algo que a sociedade cobrava, então era algo muito normalizado. Tinha essa cobrança de ser muito magra, de o quadril ter que medir até "tanto", a cintura ter que ter até "tanto"... Essa coisa das medidas.

Mas eu era uma criança, falava: "Claro, vou emagrecer sim", e saia dali e ia no primeiro McDonald's que tinha na minha frente. Eu estava trabalhando, mas ser uma super modelo nunca foi o meu foco e acho que isso também ajudou. Para mim, se eu estava trabalhando e me sustentando, estava tudo bem.

Mas isso com certeza me afetou e me afeta até hoje, porque não vou ser hipócrita de dizer que fico satisfeita se estiver hoje com 10 quilos a mais. Esse é o corpo que eu tenho, foi o corpo que me acostumei. Acho que, de certa forma, busco manter isso até hoje.

Hoje, minha busca é muito mais pela saúde do que pela magreza necessária naquela época, mas eu procuro também ter o corpo que me agrada, essa é a verdade. Hoje, com certeza, é de maneira equilibrada. Naquela época, a gente conseguia manter comendo qualquer coisa, mas hoje em dia, depois dos 30 [anos], as coisas mudam um pouquinho de figura [risos], então tento manter esse equilíbrio na minha vida.

Hoje sua relação com o espelho e com as formas do seu corpo é boa?

É. Como isso era algo rejeitado naquela época, eu não achava bonito, mas hoje eu acho lindo. Acho lindo meu corpo do jeito que ele é. Essa é a minha estrutura.

Como são seus cuidados com a saúde física hoje em dia? Você se exercita e se alimenta bem?

Hoje em dia eu consegui manter uma constância. Sempre tentei fazer exercícios e aí abandonava. Fazia um pouco, depois abandonava de novo. E agora consegui transformar isso. Desde 2019, quando veio um pouco a maturidade, a disciplina, eu consegui transformar isso em uma coisa constante na minha vida. Amo? Não, não amo. Detesto malhar. Essa coisa de "a endorfina que dá no corpo"... Imagina... A endorfina nunca me encontrou, ela nem sabe onde eu moro [risos]. Eu entro irritada e saio com ódio [risos]. Mas eu me obrigo. "Não quer ir? Vai sem querer mesmo!", porque é a longo prazo, é uma coisa que é para daqui 20, 30 anos.

Qual seu objetivo com os treinos?

Desde a época de modelo, meu grande sonho era ser independente, sempre gostei de ser uma pessoa independente. Então não quero, daqui 30 anos, estar dependendo de alguém. O exercício se tornou esse maior foco e objetivo na minha vida, me trazer qualidade de vida e saúde hoje. Mas pensando a longo prazo, eu entendi que precisava colocar isso na minha rotina, sem parar.

Qual modalidade você pratica?

Encontrei no ano ado uma coisa muito legal no vôlei de praia, que me surpreendeu, eu não esperava. Sou uma pessoa que detesta acordar mais cedo do que o horário que precisa para trabalhar. Detesto, não funciono muito bem de manhã, confesso. Mas aquilo me deu uma energia tão diferente, de você acordar cedo e estar na praia, em contato com a natureza, se divertindo… Não é algo que eu vá competir, que eu leve muito a sério. É uma grande brincadeira para mim. Então trazer o exercício assim, como uma grande brincadeira, é muito gostoso, e sair dali depois, reenergizada, para entrar no estúdio... Faz uma grande diferença na energia do meu dia. Então, quando posso, estou no vôlei, quando não posso, vou ali na academia, e por aí vai.

Sua alimentação acompanha esse estilo de vida saudável?

Tento trazer aqui os alimentos orgânicos, que também fizeram muita diferença na minha vida. Sou a pessoa que gosta muito de comer, mas até meus 23, 25 anos, eu realmente me alimentava muito mal. Acho que, ao longo da minha vida, fui me encantando cada vez mais com a cozinha, com a culinária. É um prazer enorme poder estar fazendo uma personagem chef [Luma, em "Mania de Você"], fazendo cursos de culinária incríveis. Ter essa relação com a comida possibilitou me alimentar melhor cada dia mais. Ter o contato, saber o que coloco no prato, como que é feito, como que chega ali, como que alguém produziu, como que chega até minha casa... Isso, para mim, é muito incrível, muito importante. Então hoje me alimento muito bem, porque também adquiri a síndrome do intestino irritável e isso também me fez mudar totalmente minha alimentação e minha vida. Não tem mais a menor possibilidade de eu comer como comia na adolescência. Eu realmente o muito mal, me faz muito mal.

Como você descobriu a síndrome do intestino irritável?

Foi perto de quando comecei a pensar no exercício como uma forma de trazer bem-estar e saúde para mim. Por 2019, algo assim. Sabe quando você fica com a barriga muito estufada? Tudo e qualquer coisa que eu comia, eu ficava com a barriga estufada e achava que isso era normal. E foi aí que fui entendendo o que me faz mal. O problema dessa síndrome, primeiro é que ela é extremamente emocional - às vezes não tem como controlar, só através dos alimentos -, e dentro da parte dos alimentos, ela agrega tudo o que inflama o intestino, que é tudo aquilo que a gente acha gostoso, tudo aquilo que a gente quer comer: açúcar, leite, fritura, glúten... Tudo isso são alimentos inflamatórios para o intestino. Então, ao cortar tudo isso, acaba que te restam legumes, salada, proteínas e frutas. E aí que a gente pode fazer com isso? [risos] Então aprendi a criar pratos que não tenham todos esses alimentos inflamatórios, mas que se pareçam com alguma coisa muito gostosa.

Você teve dificuldade para fazer essa transição na alimentação ou "virou uma chavinha" e decidiu mudar?

Muita, muita dificuldade. E é uma luta diária até hoje. Imagina: isso não vai acabar nunca, faz parte da minha vida. Fui para a Itália agora, fiquei um mês lá, e falei: "O que? Eu vou comer o que eu quiser, estou na Itália!", e voltei com uma intoxicação. ei mal uma semana. Mas acontece, não dá para ser perfeito sempre. Não tem como. Eu vou entendendo que, às vezes, vou querer muito comer uma coisa, vou comer e vou ar mal - e está tudo bem! Minha escolha hoje vai ser ar mal? Vai. Então 'vamo embora'. Tem que manter esse equilíbrio, porque não dá para viver só de alface e legumes. A gente tem que entender se pode ou não dar essa liberada, se essa liberada hoje vai me fazer bem.

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A moda é também uma área muito ligada à beleza. Você sempre foi cuidadosa com sua beleza, pele">Make: Walter Lobato

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