Maria Flor abre o coração sobre maternidade: 'Muitas transformações' 434020
Em entrevista à CARAS Brasil, a atriz Maria Flor, uma das estrelas do podcast Confidências Maternas, compartilha reflexões sobre a maternidade 4j2x3z
Maria Flor (41) concilia a carreira como atriz com a trajetória de mãe de primeira viagem do jovem Vicente (3). No ar na Globo como Anita em Garota do Momento, a artista faz questão de se manter presente na vida do filho. Em entrevista à CARAS Brasil, a intérprete abre o coração sobre maternidade: "Muitas transformações", revela. 303z4v
Vida após a maternidade 62q6q
Entre gravações, ensaios e compromissos, Maria Flor carrega uma certeza constante: a maternidade transforma. Aos 41 anos, a mamãe de Vicente vive uma fase em que a vida pessoal e a profissional se entrelaçam de forma profunda.
Atualmente no ar como Anita em Garota do Momento, novela das seis da Globo, ela faz sua estreia no papel de uma mãe na ficção — um espelho das mudanças que têm moldado sua própria existência. A artista participou do podcast Confidências Maternas, criado pela jornalista Roberta Ferpin, e fez algumas reflexões sobre o momento em que vive.
"A maternidade gera muitas transformações na gente", afirma. "Uma das transformações é que a gente sai da centralidade, da nossa vontade, dos nossos desejos. A gente a a não ser mais a prioridade da nossa vida."
Mãe na televisão 56653d
Ao aceitar o papel de Anita, Maria Flor se viu diante de uma experiência inédita na carreira: interpretar uma mulher que também é mãe. "Isso me atraiu muito. É a primeira vez que faço a mãe. Eu olhava meus filhos na novela e imaginava o meu filho, Vicente, naquele tamanhão... e isso foi muito louco pra mim, porque a imagem, quando eu falava 'filho', era de um bebê". A conexão entre vida e cena tornou o trabalho ainda mais potente.
Mas se na ficção há poesia, na vida real há peso — e Maria não suaviza os desafios. "Pra mim, tudo é difícil na maternidade. É uma função de muita responsabilidade e de um trabalho físico muito grande. Tem uma exaustão de uma dedicação. É um trabalho físico, psíquico e emocional que vai te deixando exausta."
Entre os desafios maternos, ela ainda encara um extra: criar um menino em uma sociedade que favorece os homens desde o berço: "É muito difícil criar um filho homem numa sociedade machista. Os homens têm tudo pra eles. Eles já nascem num privilégio".
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As reflexões de Maria Flor fazem parte do podcast Confidências Maternas, da jornalista Roberta Ferpin, que decidiu transformar a série documental homônima, lançada em 2024, em um formato mais ível, íntimo e portátil.
"Quero que as histórias dessas mães, artistas, atinjam o maior número de pessoas. Que todas as mulheres que vivem a maternidade tenham o e se vejam ali em cada uma delas. A ideia é aproximar mães anônimas e famosas, e mostrar que os desafios existem para todas, que ninguém está sozinha", conta a criadora do projeto.
No podcast, Roberta conversou com figuras como Cissa Guimarães (68), Isabella Taviani (56), Malu Mader (58) e Luciana Coutinho (57), além de Maria Flor. Para ela, levar essas vozes para o áudio foi também uma forma de resistência e reinvenção: "Mesmo estando disposta a abrir mão de alguns momentos da maternidade para voltar ao mercado, as portas não se abriram quando decidi retornar. Foi muito doído pra mim. Ouvi perguntas do tipo: 'Mas você vai conseguir dar conta?'. Eu dizia que sim. Mas jamais fui chamada".
A rejeição do mercado impulsionou Roberta a criar o próprio caminho. "Vi que precisava me reinventar. Confidências Maternas surgiu disso. E até a minha história de criação do projeto se tornou uma espécie de incentivo para outras mulheres. O 'não' muitas vezes te impulsiona a enxergar outras formas de mostrar seu trabalho."
Maternidade sem filtro 1r4j61
O podcast de Roberta não poupa a sinceridade das entrevistadas. Cissa Guimarães, por exemplo, emocionou a jornalista ao falar sobre a dor imensurável de perder um filho. "É muito difícil e dolorido. E, ao mesmo tempo, ali como jornalista, precisei conduzir e saber o momento de abordar um assunto tão delicado, sem ser invasiva, sendo gentil. Me emocionei, mas precisei ser forte para voltar pra uma conversa mais leve. E naturalmente, foi fluindo."
Em contraste, a cantora Isabella Taviani trouxe leveza sem abrir mão da profundidade: "Muito bem-humorada, divertida, mas também com momentos emocionantes e reflexivos". Para Roberta, cada história é um espelho de alguma vivência comum a todas as mães — e esse é justamente o valor do podcast.
"Quero que o público leve dessas conversas a sinceridade de cada entrevistada. Que percebam que a maternidade é entrega, dúvida, saber dar liberdade, mas também impor limites. É errar querendo acertar. E o mais difícil: não se cobrar tanto", conclui a jornalista.