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Organizações cobram cassação de vereador de SP após vazamento de fala racista 1v6651

No mês ado, a justiça estadual inocentou Camilo Cristófaro por considerar que sua fala foi tirada de um "contexto de brincadeira" k2073

23 ago 2023 - 15h51
(atualizado às 16h40)
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Imagem mostra o vereador Camilo Cristófaro em sessão na Câmara.
Imagem mostra o vereador Camilo Cristófaro em sessão na Câmara.
Foto: André Bueno / Alma Preta

Diversas organizações da sociedade civil, em resposta à declaração racista proferida pelo vereador Camilo Cristófaro (Avante) no contexto de uma I em março de 2022, lançaram uma campanha em prol da cassação de seu mandato. 1y634s

Na época, foi vazado um áudio em que era possível ouvir o político dizer, durante sessão na Câmara Municipal de São Paulo, "não lavar a calçada… é coisa de preto, né?". A frase gerou indignação e a Corregedoria da Câmara abriu uma investigação para apurar o caso.

Agora, a cassação do mandato de Cristófaro será votada na Corregedoria da Câmara nesta quinta-feira (24). Na última segunda-feira (21), o relator apresentou a proposta de perda de mandato como possível penalidade. Como resposta a essa situação, as organizações envolvidas convocaram um ato público, reforçando a importância de se manter a integridade e a responsabilidade no exercício de cargos públicos.

"Esse ano já tivemos casos como do Vini Jr e das blogueiras que deram banana para uma criança negra, vimos a população se conscientizar ainda mais sobre a gravidade do racismo, mesmo que em sua face recreativa. Cassar o mandato de Cristófaro é o mínimo diante do que foi dito pelo vereador. Nossa campanha é para mostrar que a sociedade civil não assistirá esse episódio calada", afirmou Guilherme Montenegro, mobilizador da Minha Sampa, organização que lidera a campanha.

De acordo com as organizações, o ato, marcado para às 13h do dia 24 na Câmara Municipal de São Paulo, visa pressionar a casa pela abertura de um processo de cassação, destacando a necessidade de responsabilização e a representatividade adequada para a população paulistana.

As organizações envolvidas também mobilizam seus membros e apoiadores para enviar emails aos sete membros da Corregedoria da Câmara de Vereadores, instando-os a considerar seriamente o prosseguimento do processo de cassação como um o fundamental em direção à preservação dos princípios éticos e morais no cenário político local. Mais de 2 mil pessoas já participaram da campanha se manifestando virtualmente pelo site racismonaoebrincadeira.org.

Para justiça de SP, declaração racista não ou de brincadeira

À época do vazamento do áudio com a fala racista, o vereador Camilo Cristófaro foi denunciado ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), mas em julho de 2023 o político foi inocentado pois o juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares avaliou que a declaração foi "extraída de um contexto de brincadeira".

"As pessoas que ouviram a frase sendo dita pelo acusado não sabiam o contexto em que era dita ou a quem era dirigida, pondo-se a censurar o acusado tão somente porque dissera este algo de cunho discriminatório/racista sem investigar contudo o contexto em que fora a fala proferida", avaliou Soares, na decisão.

Para o juiz, não ficou comprovado nos autos "a consciência e a vontade de discriminar, pois não fosse assim e bastaria que se recortassem falas de seus contextos para que possível fosse a condenação de quem quer que fosse".

Alma Preta
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