Mauro Cid enviou áudios a familiares dizendo que, se PT vencesse em 2022, ele seria preso, revela coluna 6161i
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) tentava convencer familiares a votar em Bolsonaro nas eleições 5b542n
O ex-ajudante de ordens do governo de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, enviava áudios para familiares durante o período de eleição em 2022 para convencê-los de votar em Bolsonaro alegando que seria preso de Lula (PT) vencesse. 4u2y4g
"Eu tô preocupado, até com a minha segurança, que eu sei que eu vou ser preso se o Lula voltar. Eu sei que eu vou ser preso sem ter culpa nenhuma e ninguém vai segurar a minha onda, eu vou servir de bode expiatório", afirmou na gravação
A coluna de Aguirre Talento do Uol compartilhou algumas gravações e frases do militar, inclusive algumas em que ele dizia aos familiares que sofreria "perseguição política".
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Em uma das mensagens, Cid dizia a uma parente que conhecia o Estado por dentro e que "o Brasil não aguentaria mais um governo do PT".
"Se isso voltar pro Brasil, o Brasil não aguenta. O Brasil não aguenta mais um governo do PT, não aguenta mais o que o PT fez no Brasil. O Brasil é muito rico, a gente chegou numa situação, os dados da corrupção entre Petrobras, BNDES e Caixa é R$ 1,5 trilhão nos anos do governo PT", disse ele sem apresentar provas.
Além disso, Cid usava de falsas alegações para tentar ganhar a confiança de familiares e promovia o governo e o, à época presidente, Jair Bolsonaro.
Em uma dessas ocasiões, ele ite estar em posse do cartão corporativo de Bolsonaro, inclusive.
"O cartão corporativo dele, ele pode sacar R$ 18 mil por mês, ele nunca usou um centavo, esse cartão tá comigo até hoje", disse.
No mesmo áudio em que falava sobre ser preso, Cid disse também que precisaria fugir do país, ou seria preso e "o país viraria uma Venezuela".
O ex-ajudante de ordens foi preso em maio de 2023 por envolvimento em fraudes de cadernos de vacinação. Ainda preso, se tornou alvo de investigações para esclarecer desvios de joias e tentativa de golpe.
Meses depois aceitou realizar uma delação premiada, na qual confessou Bolsonaro havia discutido um plano para aplicar um golpe de Estado com funcionários de alto escalão das Forças Armadas.