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MP denuncia Pablo Marçal por expor pessoas ao perigo durante incursão em montanha 221n14

Segundo a denúncia, Marçal desprezou contraindicação dos guias e promoveu a subida ao Pico dos Marins mesmo com as advertências para recuar 236j1r

28 mar 2025 - 18h04
(atualizado em 1/4/2025 às 11h47)
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Parte de pessoas que estavam com Pablo Marçal no Pico dos Marins, em Piquete (SP)
Parte de pessoas que estavam com Pablo Marçal no Pico dos Marins, em Piquete (SP)
Foto: Reprodução/TV Globo

O ex-candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por expor pessoas a risco de vida. A ação judicial, divulgada nesta sexta-feira, 28, refere-se à incursão liderada pelo ex-coach em 4 e 5 de janeiro de 2022, quando comandou um grupo de 60 pessoas em uma tentativa de chegar ao topo do Pico dos Marins, na Serra da Mantiqueira (SP), em período contraindicado para a atividade e sob condições climáticas adversas.  3x5cg

A denúncia foi feita no dia 7 de março, por infração ao artigo 132 do Código Penal. A pena de detenção é de três meses a um ano para quem expõe "a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente". 

No mesmo dia, a promotora Renata Zaros, que fez a denúncia, sugeriu um acordo para resolver o caso sem julgamento. Pela proposta, Pablo Marçal teria que pagar R$ 273 mil (equivalente a 180 salários mínimos) para entidade pública ou privada com destinação social.

Esse tipo de acordo, chamado de transação penal, é previsto pela Lei nº 9.099/95 e pode ser oferecido quando o crime for considerado de menor potencial ofensivo, com pena máxima inferior a dois anos, entre outros requisitos.

Segundo a denúncia, Marçal desprezou a contraindicação dos guias e promoveu a subida ao Pico dos Marins mesmo com as advertências para recuar. De acordo com o MP, o objetivo do coach era mostrar a importância de se correr riscos para vencer e prosperar na vida.

"Entretanto, na medida em que subiam a trilha rumo ao cume, a chuva aumentou, exsurgindo significativa neblina e vento forte, com pouca visibilidade, o que tornava o trajeto inóspito, permeado de lama e pedras escorregadias, afora o risco de hipotermia (algumas pessoas estavam com as vestimentas encharcadas sem peças de troca)", disse a Promotoria. 

Ainda conforme apurado pelo Ministério Público, um dos condutores contratados para auxiliar na escalada alertou Marçal que era inviável prosseguir, alertando o empresário dos perigos do trajeto.

"Contudo, o denunciado desdenhou dos avisos e chamou o guia de 'covarde', conclamando aos presentes que o seguissem", afirmou a promotora Renata. Nesse momento, o grupo se dividiu e 32 pessoas acompanharam Marçal. Sob protestos do acusado, o resgate foi acionado já durante a madrugada, momento em que chuva e ventos fortes atingiam a área. Alguns integrantes da expedição estavam desorientados e apresentando aparente hipotermia, segundo o MP.

Em nota, Marçal afirmou que "a proposta de acordo é um absurdo, pois não há qualquer fundamento nessa denúncia. Todas as testemunhas ouvidas afirmaram que participaram da caminhada de forma voluntária, sem pagar nenhuma quantia, além dos guias contratados, e sem a liderança de ninguém, muito menos a minha. O próprio delegado Francisco Sannini Neto, quando estava à frente da investigação, em seu relatório de conclusão do inquérito, afirmou que não houve qualquer ilícito penal. A promotora, ao invés de acatar essa conclusão, solicitou a retirada da manifestação dos autos, o que só reforça a perseguição política contra mim. Confio na justiça e sei que a verdade prevalecerá". 

Fonte: Redação Terra
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