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Jornalista russa perseguida por criticar guerra na Ucrânia foge para a França com ajuda de ONG 2z4s1h

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, Moscou iniciou uma repressão sem precedentes à liberdade de imprensa, tornando ilegal qualquer crítica ao exército e à guerra. A jornalista e crítica de cinema Ekaterina Barabash foi presa em fevereiro, acusada de disseminar "informações falsas" sobre as Forças Armadas russas em diversas postagens feitas nas redes sociais. 1zj5y

7 mai 2025 - 13h05
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Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, Moscou iniciou uma repressão sem precedentes à liberdade de imprensa, tornando ilegal qualquer crítica ao exército e à guerra. A jornalista e crítica de cinema Ekaterina Barabash foi presa em fevereiro, acusada de disseminar "informações falsas" sobre as Forças Armadas russas em diversas postagens feitas nas redes sociais. 4p3y1x

Ekaterina Barabash na sede da ONG Repórteres Sem Fronteiras, em 5 de maio de 2025, em Paris.
Ekaterina Barabash na sede da ONG Repórteres Sem Fronteiras, em 5 de maio de 2025, em Paris.
Foto: AP - Michel Euler / RFI

Ekaterina Barabash foi detida logo após participar do Festival de Cinema de Berlim e fugiu da prisão domiciliar em abril.

Em entrevista à AFP, na sede da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) em Paris, na segunda-feira (5), Barabash, de 64 anos, disse que chegou a considerar o suicídio para evitar ser enviada à prisão.

"Comecei a procurar algum veneno", contou a jornalista, que pode ser condenada a até 10 anos de prisão por criticar a ação militar de Moscou na Ucrânia. "Ir para uma prisão russa não é vida. É pior do que a morte."

Durante uma coletiva de imprensa, Barabash relatou que a fuga para a França foi "difícil" e levou cerca de duas semanas e meia.

A RSF ajudou a garantir sua segurança. A jornalista, cujo único filho vive na Ucrânia, já escreveu para vários veículos, entre eles o serviço em russo da Rádio França International (RFI).

Sua mãe, de 96 anos, permaneceu em Moscou.

"Cruzei todas as fronteiras sozinha" 212n3z

Barabash disse que "muitas" pessoas participaram de sua fuga, incluindo Leonid Nevzlin, aliado do opositor exilado Mikhail Khodorkovsky, que financiou sua evacuação.

"Cruzei todas as fronteiras sozinha", afirmou Barabash, que nasceu na cidade ucraniana de Kharkiv, então parte da União Soviética.

A RSF já havia ajudado anteriormente na fuga da ex-jornalista da TV estatal russa Marina Ovsyannikova, que protestou contra a guerra ao vivo em 2022.

Barabash contou que retirou a tornozeleira eletrônica antes de fugir da prisão domiciliar. "Ela está em algum lugar de uma floresta russa", brincou.

Ela disse que se escondeu "por duas semanas" durante a fuga e cruzou a fronteira no dia do próprio aniversário, em 26 de abril.

O diretor da RSF, Thibaut Bruttin, elogiou sua resiliência. "Por várias vezes achamos que ela havia sido presa ou que estava prestes a ser. Em certos momentos, pensamos até que estivesse morta. O plano mudou muitas vezes."

Bruttin afirmou que tem sido cada vez mais difícil ajudar jornalistas a deixar a Rússia desde que a ONG ajudou na fuga de Ovsyannikova.

Ainda assim, destacou que a história de Barabash é uma "mensagem de esperança" para os jornalistas russos. "Existem forças dispostas a ajudar quem está em uma situação difícil. Não há motivo para desespero, não há fatalismo. A RSF está ao lado de todos os que representam o jornalismo independente."

Protocolo para garantir segurança da jornalista 3c201r

Nem a RSF nem Barabash divulgaram todos os detalhes da fuga. A ONG afirmou que a estadia da jornalista na França está sendo "monitorada" pelas autoridades locais, por meio de "um protocolo que permite garantir sua segurança", explicou Bruttin.

"Vou pedir asilo político", afirmou Barabash, acrescentando que espera continuar trabalhando para a RFI.

Crítica ferrenha da ofensiva militar de Moscou contra a Ucrânia, Barabash escreveu em 2022, no Facebook, que a Rússia havia "bombardeado o país" e "arrasado cidades inteiras".

Dias antes de ser presa, ela desabafou na mesma rede social: "Ódio, ódio, ódio por aqueles que começaram tudo isso. Tantas vidas destruídas, tantas famílias separadas."

Apesar de tudo, Barabash disse na segunda-feira que está otimista, mesmo tendo que recomeçar a vida do zero em um país estrangeiro.

"Não conheço ninguém que tenha morrido de fome no exílio", declarou.

(Com AFP)

RFI A RFI é uma rádio sa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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