UE fortalece apoio à Ucrânia e libera € 1 bilhão para reforçar defesa do país 5b1958
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, anunciou nesta sexta-feira (9) em Lviv, no oeste da Ucrânia, a liberação de € 1 bilhão para a indústria da defesa do país. O valor será financiado por juros gerados por ativos russos congelados na UE. 261o
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, anunciou nesta sexta-feira (9) em Lviv, no oeste da Ucrânia, a liberação de € 1 bilhão para a indústria da defesa do país. O valor será financiado por juros gerados por ativos russos congelados na UE. 524cm
"Acabamos de liberar € 1 bilhão para a indústria de defesa ucraniana e para que o país possa se defender melhor" contra a invasão russa, declarou Kallas, que viajou à Ucrânia com um grupo de ministros europeus.
Desde o início da guerra em 2022, o Ocidente congelou cerca de € 235 bilhões em ativos russos, a maioria localizados na Europa. Em março, o bloco decidiu usar os juros obtidos com esses ativos para financiar a ajuda à Ucrânia, o que Moscou chamou de "roubo".
A Europa tem tentado fortalecer seu apoio ao governo ucraniano, especialmente após o retorno de Donald Trump à Casa Branca, em janeiro. O presidente americano criticou várias vezes o apoio financeiro dos EUA fornecido aos ucranianos pelo ex-presidente Joe Biden.
Presente à reunião de ministros europeus em Lviv, o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noël Barrot, anunciou que Paris pretende usar parte da receita dos ativos russos congelados para garantir a manutenção dos canhões César entregues à Ucrânia, por meio de sua empresa KNDS.
"Putin é obstáculo à paz" 5j6a3o
Em junho de 2024, o grupo de armamento franco-alemão, que fabrica armas Caesar, formalizou em Paris a criação de uma subsidiária na Ucrânia e indicou o estabelecimento de um centro de manutenção Caesar.
A França entregou cerca de sessenta desses equipamentos capazes de disparar seis projéteis em menos de um minuto, a 40 quilômetros de distância, com grande precisão. Jean-Noël Barrot também disse que era necessário "pressionar o presidente russo Vladimir Putin a aceitar" um cessar-fogo.
"Queremos paz e hoje o único obstáculo à paz está em Moscou. Ele está desfilando por aí, seu nome é Vladimir Putin", acrescentou Barrot. "Ontem, o presidente Emmanuel Macron conversou várias vezes com o presidente Trump, a quem expressou essa forte convicção",declarou.
Três anos após o início da ofensiva russa na Ucrânia, a guerra não dá sinais de enfraquecimento, apesar da promessa de Donald Trump de colocar rapidamente um fim ao conflito.
O chanceler francês diz ter conversado com o senador republicano Lindsey Graham, que está promovendo um pacote de sanções massivas contra a Rússia com o apoio de 70 senadores democratas e republicanos.
"Eu me assegurei que, ao lado dos europeus, também adotaremos nos próximos dias um novo pacote de sanções para aumentar a pressão sobre a Rússia", afirmou Barrot. Os Estados Unidos vêm mantendo negociações separadas com os ucranianos e os russos há semanas, até agora sem sucesso. Os europeus entraram recentemente nas negociações.
Com informações da AFP