Para Kremlin, reunião entre Putin, Zelensky e Trump é improvável 1lq4o
Delegação ucraniana retoma negociações em Washington 1s5f18
A Rússia voltou a refutar nesta terça-feira (3) um encontro "em um futuro próximo" entre Vladimir Putin, Volodymyr Zelensky e Donald Trump. O anúncio, feito pelo Kremlin, é uma resposta à Casa Branca, que afirmou que o mandatário americano está pronto para uma cúpula com os líderes russo e ucraniano. Ao mesmo tempo, Washington recebe hoje a delegação ucraniana para prosseguir com o debate sobre as negociações entre as partes ocorridas ontem na Turquia. q5m3v
Hoje, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reforçou o que Moscou tem repetido nos últimos dias: Putin só se reunirá com Zelensky e Trump após a concretização de acordos entre as partes.
"O presidente Putin repetiu diversas vezes sobre sua disponibilidade em realizar contatos no alto escalão, destacando que estes contatos deverão ser resultado de acordos já desenvolvidos a nível técnico, de especialistas. Portanto, Putin apoia a cúpula, mas sustenta que deve ser bem preparada", explicou Peskov, acrescentando que uma reunião entre os mandatários "em um futuro próximo é improvável".
O representante do Kremlin citou ainda a última cúpula realizada em Istambul, na segunda-feira (2), entre as delegações russa e ucraniana, que chegou a "alguns acordos", referindo-se a uma nova troca de prisioneiros.
"Esperamos uma resposta ao memorandum que entregamos [aos ucranianos]", disse Peskov a respeito da proposta da Rússia para um cessar-fogo. Segundo ele, o documento visa "eliminar as causas profundas do conflito e levar a uma solução sustentável".
Após a segunda reunião em Istambul ontem, a delegação de Kiev, que conta com a presença do chefe de gabinete da presidência da Ucrânia, Andriy Yermak, embarcou para Washington para dar prosseguimento nas negociações com o time de Trump sobre a trégua na guerra com Moscou e sobre as novas sanções contra o governo Putin.
De acordo com uma publicação de Yermak nas redes sociais, o encontro deverá discutir também a proposta de lei do senador americano Lindsey Graham, que propõe tarifas de 500% sobre bens importados de países que comprarem petróleo, gás, urânio e outros produtos da Rússia.
"Haverá muitas reuniões com representantes de ambos os lados [republicanos e democratas] que apoiam a Ucrânia e com a equipe do presidente dos EUA. Falaremos sobre os resultados das reuniões de Istambul, bem como sobre como a Federação Russa está evitando o cessar-fogo, assim como sobre as negociações em nome da guerra", esclareceu Yermak.