Pesquisadores usaram IA para simular 500 milhões de anos de evolução e obtiveram um resultado: uma proteína fluorescente 5m6a1k
Um sistema treinado com dados biológicos está transformando o que entendemos como possível na evolução 4m6j5a
Usando um modelo generativo de linguagem baseado em IA, chamado ESM3 (Evolutionary Scale Model 3), a empresa norte-americana Evolutionary Scale conseguiu criar uma proteína fluorescente que não existe na natureza. Esse é um marco importante para a ciência, já que a molécula conseguiu simular o equivalente a 500 milhões de anos de evolução natural. 2d5b36
A criação, chamada esmGFP, pertence a uma "família" conhecida como proteínas fluorescentes verdes (Green Fluorescent Protein, ou GFP, na sigla em inglês). As GFPs podem ser encontradas em certos organismos, como algumas espécies de águas-vivas. Aliás, a descoberta dessas proteínas rendeu o Prêmio Nobel de Química em 2008.
Uma proteína singular 5j241y
Apesar de compartilhar parte de sua estrutura com as proteínas fluorescentes naturais, a esmGFP não é uma cópia delas. Trata-se de uma molécula com um design geral diferente. O mais interessante é que essa diferença não é aleatória — a proteína foi projetada pelo ESM3 como se fosse o resultado de um processo evolutivo natural que simplesmente seguiu um caminho distinto das demais.
A equipe da Evolutionary Scale afirma que as diferenças entre a esmGFP e suas "parentes" naturais equivalem a 500 milhões de anos de evolução. Segundo o modelo ESM3, as características da proteína são biologicamente plausíveis — como se a natureza tivesse escolhido esse caminho alternativo em vez do que realmente seguiu. Os resultados foram publicados em um artigo na revista Science.
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