Insegurança alimentar de motoboys é maior que a média nacional 5qa1f
Pesquisa realizada pela Ação da Cidadania mostra também que nove em cada dez entregadores não têm seguro de vida e saúde pm3i
A Ação da Cidadania, fundada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, pesquisou as condições de vida e o perfil de entregadores de comida por aplicativos do Rio de Janeiro e em São Paulo, ocupação que hoje é uma das principais fontes de renda de quem vive nas grandes cidades.
Pesquisa realizada pela Ação da Cidadania em São Paulo e no Rio de Janeiro constatou que três em cada dez trabalhadores que entregam, sobretudo, comida, vivem em insegurança alimentar. E que 13,5% têm restrições alimentares de moderadas a graves, percentual maior que a média nacional, de 9,4%. 1v5s42
Não bastassem as graves consequências geradas pela fome, esses trabalhadores enfrentam outras dificuldades relacionadas às despesas obrigatórias nas entregas por aplicativos. Quase todos os entrevistados pagam do próprio bolso a internet usada para trabalhar.
Os índices também são altos em relação à falta de seguro de vida (90%) e saúde (90%). A manutenção de motos e bicicletas depende, exclusivamente, dos entregadores, que ainda têm despesas fixas com moradia e alimentação.
A pesquisa Entregas da Fome mostra que pouco mais da metade trabalha mais de nove horas todos os dias. O ocupação principal de quase todos é o serviço de entregas por aplicativos e 72% não contribuem com a previdência.
Veja outros dados da pesquisa:
Quantos entregadores são chefes de família? e4q47
66,6%.
Quantos sofreram acidentes? 291s5d
Mais de 41% e 16% precisaram se afastar por esse motivo.
Quantos são homens? 2g1e44
93,9%.
Quantos são negros? 2f6b1l
67%.
Quantos estão na universidade? 533m6h
Menos de 8%.
Quantos têm ensino fundamental e médio? 5f6n4a
76,4%.
Qual a idade? 1e2kn
60,2% são jovens entre 18 a 29 anos.
A pesquisa foi elaborada através de entrevistas presenciais realizadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro em 2024, com 1.700 entregadoras e entregadores.