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Conheça o adolescente que já foi campeão no boxe e no xadrez 1gc4h

Após vencer a obesidade, Antônio Araújo Júnior se torna a grande revelação do município de Ferraz de Vasconcelos e1i2p

13 dez 2022 - 05h00
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Foto: Arquivo pessoal

Há quem pense que nas periferias brasileiras existam apenas praticantes e amantes de futebol. A verdade é que as quebradas são verdadeiros espaços onde campeões e campeãs são forjados para brilhar no mundo e representar o Brasil em diversos esportes. Este é o caso do enxadrista e boxeador Antônio de Araújo Júnior, 17, morador de Ferraz de Vasconcelos, município localizado na região metropolitana de São Paulo.   p685i

Jogar xadrez requer concentração, habilidade para prever jogadas em ponto futuro e muita paciência. Já o boxe exige do lutar consciência corporal, força física e poder de tomar decisões em frações de segundos. Características que Antônio foi lapidando ao longo da vida já que, por ser considerado um adolescente acima do peso, sofria com os apelidos e brincadeiras no ambiente escolar – o famoso bullying – e precisava se defender. 

“Cara, eu era gordinho e cheguei a pesar 85 quilos aos 15 anos. O pessoal na escola me arrumava apelido e um deles era Tim Maia, mas é claro que na época eu não gostava da zueira e ficava meio sentido, mano. Analisando hoje, é uma honra receber esse apelido, porque o Tim Maia é uma referência para mim, tá ligado">Amor pelo xadrez 

Foto: Arquivo pessoal

O contato com o xadrez veio durante os intervalos e aulas vagas na escola. Antônio explica que, enquanto alguns alunos jogavam futebol no pátio, ele aprendia xadrez com amigos. O jovem precisou driblar a ideia de que o xadrez era um jogo difícil e feito apenas para a elite praticar.  O interesse pelo esporte cresceu à medida que a pandemia avançou e isolou as pessoas dentro de casa. Neste período, o afastamento social fez com que Antônio assiste aulas de xadrez pela plataforma Youtube.  

“A ideia que se tem de quem joga xadrez é de um cara branco, de óculos e com a cara cheia de espinhas, ou seja, um estereótipo europeu. Mas, na real eu sou um cara preto da periferia que aprendeu a jogar xadrez com os amigos e pelo Youtube e estuda diariamente o jogo de forma bizarra”, reforçou.  

Antônio aprofundou tanto os estudos que, em janeiro de 2021, depois de conseguir um emprego como operador de telemarketing, decidiu investir em aulas particulares com um professor de xadrez. “Eu nunca fui de gastar dinheiro com coisas supérfluas como tênis e roupas. Se for para gastar, prefiro investir em conhecimento, tá ligado">Para quem a uma tarde toda ao lado de Antônio, percebe que sua presença é elemento essencial para a perpetuação do xadrez nas quebradas de Ferraz de Vasconcelos. O enxadrista segue disputando torneios regionais e se enxerga como ponto focal para outros jovens. “Espero que o xadrez ganhe mais visibilidade e vou fazer minha parte me tornando mestre de xadrez para conseguir realizar meu sonho de ajudar outros jovens da periferia”, finalizou.

Fonte: Visão do Corre
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