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DOOM: The Dark Ages é brutal, sombrio e eleva o Slayer a um novo patamar na franquia 4d51b

Novo game aposta em narrativa cinematográfica, combate brutal e estética medieval para entregar a experiência mais completa da série 2b542y

22 mai 2025 - 10h55
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DOOM: The Dark Ages é brutal, sombrio e eleva o Slayer a um novo patamar na franquia
DOOM: The Dark Ages é brutal, sombrio e eleva o Slayer a um novo patamar na franquia
Foto: Reprodução / Bethesda Softworks

A série DOOM sempre foi sinônimo de qualidade em meio ao caos controlado. Mas em The Dark Ages, a Bethesda e a id Software decidiram desacelerar, sem abdicar da brutalidade. A nova entrada mergulha em um ado sombrio, com uma abordagem mais cinematográfica e ambientação medieval, entregando algo que soa diferente, mas ainda preserva a essência da saga. 3k6e4

Com mudanças importantes no ritmo e na estética, o jogo reimagina o Slayer como uma arma forjada para servir, enquanto expande o universo com novos personagens, estruturas narrativas e inimigos que refletem um período mais primitivo.

O único que eles mais temem  625pz

DOOM: The Dark Ages é o capítulo mais sombrio e com a história mais cinematográfica da série até hoje. A trama se a muitos anos antes de DOOM (2016) e após os eventos de DOOM 64, quando o Slayer, ainda conhecido como DOOM Guy, decide permanecer no inferno. Depois de um tempo, ele é encontrado pelos Sentinelas Noturnos e levado para Argent D’Nur. Como revelado em um breve flashback de Eternal, o protagonista ou um período em um coliseu. Após provar seu valor, os Maykr o transformaram em uma arma suprema, utilizada apenas em tempos de crise.

A narrativa de Dark Ages se desenrola durante um ponto crucial da guerra entre Argent D’Nur e os demônios. O vilão do jogo, o príncipe Ahzrak, é possivelmente o antagonista mais interessante da franquia até agora. Ele busca o poder absoluto e seu exército, vindo diretamente do inferno, está empurrando os defensores de Argent para o limite. Há apenas uma pessoa capaz de detê-lo, e é nesse momento que o Slayer entra em ação.

A história leva um tempo para ganhar ritmo. Os primeiros capítulos funcionam como introdução das novas mecânicas e mostram o Slayer sendo mantido sob controle pelos Maykr. Mas, quando a campanha engrena de vez, entrega uma das melhores experiências já vistas dentro desse universo.

Slayer é enviado pelos Maykr para auxiliar a humanidade
Slayer é enviado pelos Maykr para auxiliar a humanidade
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Ao longo da campanha, há capítulos focados no Atlan, uma máquina de combate gigante semelhante aos robôs do filme Círculo de Fogo, e em Serrat, o dragão treinado exclusivamente para servir ao Slayer. Essas missões com o Atlan e o dragão se destacam facilmente e deixam a sensação de que poderiam aparecer com mais frequência.

O título está totalmente localizado em português, tanto nas legendas quanto no áudio. A localização para o nosso país está muito bem feita e conta com dubladores de peso. Mauro Ramos, conhecido por ser a voz do Pumba e do Shrek, interpreta o Rei Novik. Já Fernanda Bullara, que dubla personagens como Jinx, Lara Croft e Kitana, assume o papel da instalação sentinela.

Primeira aparição de Serrat na campanha
Primeira aparição de Serrat na campanha
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Fique e lute  6z286z

Desde a primeira revelação da jogabilidade, estava no mesmo barco daqueles que diziam que o título parecia mais lento. Mesmo com os desenvolvedores explicando que seria possível ajustar a velocidade do combate, quis respeitar a escolha deles e nem sequer mexi nisso enquanto jogava. Mas, finalmente jogando, pude ver que não era o caso. O jogo manteve a dose de frenesi e uma quantidade absurda de inimigos na tela.

O combate em si dispensa comentários, e arrisco dizer que é facilmente o melhor da franquia. A todo momento estamos em algum conflito, e quase tudo ao nosso redor reage enquanto estamos em ação. Estátuas são destruídas, caixas explodem e os inimigos se deterioram a cada tiro recebido. As armas estão mais criativas, e por se ar em um período medieval, elas possuem visuais únicos. Um exemplo é o Pulverizador, que dispara ossos moídos de um crânio ao pressionarmos o gatilho. Há também a Disparadora, com uma bala de canhão presa por correntes. 

Algumas armas clássicas não ficaram de fora, como o lança-foguetes, o Ciclador, que lembra a arma de plasma vista em outros capítulos da franquia, e, é claro, a Superescopeta, que retorna ainda mais imponente.

Pulverizador é uma das novas armas introduzidas
Pulverizador é uma das novas armas introduzidas
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Nosso escudo funciona quase como um personagem à parte ao lado do Slayer. Com ele, podemos bloquear tiros, arremessá-lo para cortar e segurar inimigos, avançar com tudo sobre grandes hordas e utilizá-lo constantemente para aplicar aparadas em sub-chefes e inimigos comuns. O sistema de aparar, apesar de parecer que deixaria o jogo fácil, foi bem implementado. Em certos momentos, a mecânica até lembra jogos de ritmo, exigindo precisão para reagir aos ataques de um Ciberdemônio, por exemplo. No entanto, o uso constante do escudo acaba tornando a experiência um pouco repetitiva com o tempo.

Além de ser crucial no combate, o escudo também é essencial na exploração. Com ele, podemos alcançar locais mais altos e destravar portões. A exploração, por sua vez, está bastante robusta, especialmente durante as missões de campo de batalha. Nelas, é possível encontrar segredos que incluem itens visuais para as armas, selos de vida que permitem reviver quando a vida chega a zero, além das tradicionais miniaturas introduzidas em DOOM (2016). 

Cada fase possui desafios próprios que recompensam o jogador com ouro e cosméticos. Ao final de cada uma, podemos visualizar a porcentagem de progresso e conferir o que faltou para atingir os 100%, sendo sempre possível revisitar esses locais para concluir o que ficou pendente.

O fato de este ser o período mais sombrio da franquia se reflete em toda a estética vista nas fases e nos personagens. Masmorras, castelos e outros elementos visuais reforçam esse clima, assim como o design dos inimigos. Muitos deles usam armaduras, e por se ar bem antes dos eventos de DOOM (2016), várias criaturas apresentam visuais diferentes. Um exemplo é o Insepulto, que antes era uma caveira com uma mochila a jato nas costas, mas agora se assemelha a um cavaleiro da morte, lançando caveiras em nossa direção.

Rei Novik é símbolo de liderança e honra em Argent D’Nur
Rei Novik é símbolo de liderança e honra em Argent D’Nur
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Com o ouro que encontramos pelo mapa, podemos utilizá-lo nos santuários de Sentinela para aprimorar nossas armas, escudo e os ataques corpo a corpo do Slayer. Outro meio de receber aprimoramentos é enfrentando os Líderes, demônios mais fortes e desafiadores em comparação às suas versões comuns. Derrotar esses inimigos garante um aumento permanente nos atributos de vida, armadura e capacidade de munição para todas as armas.

O sistema de mortes gloriosas retorna, mas está bastante simplificado. As finalizações que se tornaram icônicas em Eternal foram reduzidas a chutes, socos e ao uso do mangual. Em algumas situações, animações mais elaboradas ainda aparecem, principalmente quando executamos o comando no ar, mas é uma pena ver algo tão marcante para os fãs resumido a poucas variações.

Chega a ser estranho ter que escrever isso, mas a trilha sonora é o ponto mais fraco de todo o jogo. Em DOOM (2016), tivemos músicas compostas por Mick Gordon, que até hoje são consideradas por muitos como as melhores de toda a franquia. Já em Eternal, houve uma grande polêmica. Embora boa parte da trilha também tenha sido composta por Mick, o compositor foi afastado pela Bethesda após conflitos envolvendo falta de pagamento, e algumas de suas músicas acabaram sendo remixadas por outra pessoa. Em Dark Ages, a trilha sonora em certos momentos simplesmente não existe.

Durante cenas de ação frenética, o único som que se destaca são os os e os grunhidos do DOOM Slayer. Em momentos que claramente pediriam uma música épica, como nos dois jogos anteriores, o que se ouve são composições sem impacto, que nem sequer combinam com a cena apresentada.

DOOM: The Dark Ages roda maravilhosamente bem no PC
DOOM: The Dark Ages roda maravilhosamente bem no PC
Foto: Reprodução / Bethesda

Versão PC é exemplo a ser seguido na otimização 2a1m15

Falando agora exclusivamente dos aspectos técnicos de DOOM: The Dark Ages no PC, a id Software acertou em cheio nisso novamente, entregando uma das experiências mais otimizadas da geração para quem joga no computador.

Mesmo quando o jogo está com os gráficos na qualidade Ultra, que entregam visuais muito superiores em comparação com aqueles vistos nos consoles, o desempenho é sólido e sem qualquer tipo de engasgada. E olha que estamos falando de um título rodando com Ray Tracing.

Jogando o game do começo ao fim usando um processador Ryzen 5 7600, placa de vídeo GeForce RTX 4070, 2x16GB de RAM, SSD NVMe e Windows 11, a experiência foi fantástica tecnicamente, ficando em 4K e acima de 60 fps o tempo inteiro com DLSS em Qualidade e Frame Generation ativado. Dava até mesmo para desligar o Frame Generation e deixar o DLSS em Desempenho para obter um resultado semelhante.

Ver um jogo atual como DOOM: The Dark Ages rodando desta forma nos faz querer que mais títulos sejam feitos com o fantástico motor gráfico id Tech 8. Inclusive, a Microsoft deveria priorizar o uso dele em seus estúdios.

Considerações 1v6823

DOOM: The Dark Ages - Nota 9
DOOM: The Dark Ages - Nota 9
Foto: Divulgação / Game On

DOOM: The Dark Ages é um dos capítulos mais ousados da franquia até aqui. A narrativa mais presente e a estética medieval funcionam bem, assim como a variedade no design das fases, as criaturas reformuladas e o novo arsenal. O escudo, apesar de tornar o combate repetitivo em certos momentos, adiciona possibilidades interessantes à movimentação e ao sistema de defesa. A exploração ganhou peso e recompensa a atenção do jogador, com segredos espalhados de forma inteligente e mecânicas que estimulam o retorno às fases.

O principal problema está na trilha sonora, que, diferente dos jogos anteriores, não sustenta o mesmo nível de impacto durante o combate. Ainda assim, The Dark Ages entrega um dos melhores combates da série, se consolida como o capítulo mais sombrio até aqui e prova que ainda há espaço para reinventar a fórmula do Slayer sem abdicar da identidade.

DOOM: The Dark Ages está disponível para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.

Esta análise foi feita no Xbox Series S por meio do Game e no PC com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Bethesda.

Fonte: Game On
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