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Lançamento de seis livros em favela do RJ é “o maior ebó de todos os tempos” 5p681e

Projeto editorial completa dez anos financiando a produção e edição de livros no Complexo de Manguinhos 4s82p

7 mai 2025 - 15h05
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Resumo
Em uma década, Bando Editorial Favelofágico colocou 34 livros na praça, a maioria de mulheres. O projeto resolve o principal problema de autoras e autores periféricos, que não é escrever, mas continuar escrevendo.
Autores e, principalmente, autoras marcam os dez anos do Bando Editorial Favelofágico no Complexo de Manguinhos (RJ)
Autores e, principalmente, autoras marcam os dez anos do Bando Editorial Favelofágico no Complexo de Manguinhos (RJ)
Foto: Divulgação

Com seis autores periféricos na atual residência literária, a quinta desde 2015, quando o projeto começou, o Bando Editorial Favelofágico celebra dez anos lançando seis livros de autoras e autores de favelas do Rio de Janeiro. 4y572t

Durante seis meses, a residência literária realizou acompanhamento editorial e remuneração mensal de R$ 4 mil para transformar lampejos criativos em textos de ficção. Em uma década, foram 34 autores, mulheres em sua maioria.

Elas e eles viram suas tramas ganharem as ruas através do selo nascido nas vielas do Complexo de Manguinhos. Recentemente, duas crias do projeto foram para a Companhia das Letras, uma das maiores editoras do país: Janaina Abilio e Rafael Simeão, que publicou Quando Chega Nossa Vez Acaba.

Haverá quatro lançamentos das seis obras (ver serviço no final da reportagem), o primeiro em 8 de maio. Conheça a nova safra literária.

Adriana Kairos 3a3p5

Em Maré, de Adriana Kairos, espelhos, árvores e o tempo são pontes entre mundos paralelos na busca por identidade.
Em Maré, de Adriana Kairos, espelhos, árvores e o tempo são pontes entre mundos paralelos na busca por identidade.
Foto: Divulgação

Adriana Kairos é escritora, educadora, pesquisadora e agitadora cultural. Coordena o Projeto ALEPA, que incentiva o fazer poético e ficcional nas periferias. Sua obra transita entre realismo mágico, oralidade e memória coletiva.

Ela lança Maré, seu primeiro romance, em que reafirma a força das narrativas populares. O livro explora as vidas entrelaçadas de Isabel e Rodrigo, moradores da Maré, que vivem paixões e lutas marcadas pelo desejo e pela resistência, com elementos de realismo mágico.

Diogo Lyra 6n4r

Artefatos do Museu Nacional caem misteriosamente em uma vila operária em São Cristóvão em A Febre de Momo, de Diogo Lyra.
Artefatos do Museu Nacional caem misteriosamente em uma vila operária em São Cristóvão em A Febre de Momo, de Diogo Lyra.
Foto: Divulgação

Diogo Lyra nasceu e cresceu em Irajá, subúrbio do Rio de Janeiro, onde aprendeu a arte do rancor de classe. Quem conhece diz que era uma criança promissora, mas nunca foi muito além de habilidades elementares como ler e escrever.

Ele lança A febre de Momo. O livro de realismo fantástico conta a história de gente ordinária e seus feitos extraordinários em um Rio de Janeiro atemporal. Uma saga surrealista de pretos, nordestinos e pardinhos de todo tipo atravessada pela violência da luta de classes e pelo desbunde carnavalesco.

Isabel Marz 2ly4p

No romance de Isabel Marz, Mímesis, a narradora se depara com um universo de possibilidades, sobretudo quando surge um trabalho inédito.
No romance de Isabel Marz, Mímesis, a narradora se depara com um universo de possibilidades, sobretudo quando surge um trabalho inédito.
Foto: Divulgação

Isabel Marz é professora e escritora, nascida em Belford Roxo. Ostenta o título de esquisita na vida e na arte, costurando horror e estranheza nas suas criações literárias. Possui contos publicados em antologias e revistas. Mímesis é o seu primeiro romance.

Nele, o mundo está dividido em dois extremos ligados pela linha ferroviária que carrega trabalhadores buscando sobreviver a uma implacável dicotomia social. Um relógio que marca o tempo restante para o fim da humanidade assombra duas amigas com personalidades tão opostas quanto o cenário ao redor.

Mauro Siqueira 1z1t4d

Mauro Siqueira lança Pequenas Colisões, capturando momentos íntimos e significativos da vida de Marcos e Estela, o casal protagonista.
Mauro Siqueira lança Pequenas Colisões, capturando momentos íntimos e significativos da vida de Marcos e Estela, o casal protagonista.
Foto: Divulgação

Mauro Siqueira é um escritor carioca, suburbano, flamenguista e pai de duas meninas. Cursou Letras e especializou-se em editoração. Atua no mercado editorial desde 2002, com agens por editoras como Ediouro, Nova Fronteira e Editora Fiocruz.

O autor lança Pequenas Colisões, romance episódico, fragmentado, tal qual seu casal de protagonistas em suas escolhas e tropeços. Testemunhamos os embates do dia a dia, que exploram temas como relacionamentos, memórias e experiências cotidianas e existenciais.

Steffany Dias 5j5d6q

Em Mormaço, de Steffany Dias, Isabela vacila sobre a certeza da fé e os irmãos Lucas e Mateus confrontam ado e presente.
Em Mormaço, de Steffany Dias, Isabela vacila sobre a certeza da fé e os irmãos Lucas e Mateus confrontam ado e presente.
Foto: Divulgação

Steffany Dias é escritora, tradutora e professora nascida no Rio de Janeiro. É formada em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestra em Literatura, Cultura e Contemporaneidade da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

Ela lança Mormaço, em que três adolescentes confrontam os dilemas da maturidade. Narrado em três diferentes vozes, a obra investiga complexidades da negritude brasileira, enquanto segue os processos de construção da identidade pessoal e social.

Daniel de Abreu Brazil 3h646b

Daniel de Abreu Brazil lança Porque as Lágrimas não Vertem abordando crises emocionais silenciosas e frequentes, compulsões e isolamentos.
Daniel de Abreu Brazil lança Porque as Lágrimas não Vertem abordando crises emocionais silenciosas e frequentes, compulsões e isolamentos.
Foto: Divulgação

Daniel de Abreu Brazil é cria do Morro do Encontro, no Rio de Janeiro, escritor, editor e co-fundador da Oriki Editora. É autor do romance Tudo o que Prometi Ser, pelo Bando Editorial Favelofágico, em 2022, e do livro de poesia Roleta do Genocídio, de 2019.

Agora ele lança Porque as Lágrimas não Vertem. A obra aborda consequências do adoecimento mental causado por um processo lento e prolongado de estresse do protagonista. Uma narrativa sobre como o sistema educacional pode afetar a saúde mental e a vida pessoal de um professor.

Serviço 57235p

Lançamentos dos seis livros da quinta residência literária do Bando Editorial Favelofágico

8 de maio, às 18h: Livraria Folha Seca. Rua do Ouvidor, 37, centro do Rio de Janeiro, com Samba de Benfica.

17 de maio, às 15h: Bar do Papa. Rua Cândida Bastos, 164, Cascadura, dentro do Rolé Literário.

22 de maio, às 18h: CEASM Maré. Rua dos Caetés, 7, em Bonsucesso.

27 de maio, às 18h: Casa Viva Manguinhos. Rua Capitão Bragança, 142, em Manguinhos.

Fonte: Visão do Corre
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