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Maçonaria negra, recente no Brasil, já atraiu nomes como Rappin'Hood 2v5p5r

Fundada em São Paulo, instituição quer promover inclusão e representatividade através de ramo norte-americano 676w6d

13 mai 2025 - 07h20
(atualizado em 16/5/2025 às 13h21)
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Resumo
A maçonaria Prince Hall chegou ao Brasil e quer promover maior participação de negros em um espaço historicamente branco. O pais teve negros maçons como Luiz Gama, patrono da Abolição, mas nunca houve uma entidade para os afrodescendentes.
Grupo da maçonaria Prince Hall em São Paulo. Homens negros promovendo mais uma abolição necessária.
Grupo da maçonaria Prince Hall em São Paulo. Homens negros promovendo mais uma abolição necessária.
Foto: Divulgação

Surgida no século 18 nos Estados Unidos, a maçonaria Prince Hall funciona discretamente há quase três anos na capital e litoral paulista, além de Minas Gerais. O objetivo – mais uma Abolição a ser feita no Brasil – é estabelecer a maçonaria negra no país. 3h5y3h

“A Prince Hall é uma das mais antigas do mundo, concentrada nos Estados Unidos. Ela acabou abrigando negros em razão da segregação”, conta Alexandre Arantes, 51 anos, past grão-mestre.

Cria de uma região com significativa população negra, o Mandaqui, zona norte de São Paulo, Arantes foi iniciado há trinta anos. Ele é um dos pretos que saiu da maçonaria predominantemente branca para fundar o ramo nacional da Prince Hall.

“Nosso trabalho é fazer algo organizado, gradativo, sério, para que perdure”, diz Alexandre Arantes.
“Nosso trabalho é fazer algo organizado, gradativo, sério, para que perdure”, diz Alexandre Arantes.
Foto: Divulgação

“Foi para começar uma nova história no mundo, principalmente no Brasil. É uma missão de levar a maçonaria às mais diversas camadas sociais. Não é um ingresso em massa, mas de forma madura, paulatina, segura”, descreve o grão-mestre.

Não é uma maçonaria contra brancos, mas de negros 2m1842

Adriano Marcos Gonzaga, 48 anos, é do bairro da Casa Verde, zona norte de São Paulo. “Sou o famoso filho único de mãe solteira, mas contrariei as estatísticas, despontei na parte profissional, educacional”, conta o venerável mestre de duas lojas da maçonaria negra Prince Hall no Brasil.

Empresário da área de confecção, é maçom há 15 anos e, durante oito, foi o único negro na loja que frequentava. Sem rancores, ele relata a predominante presença branca e tem noção da importância “abolicionista” da iniciativa.

Adriano Marcos Gonzaga, 48 anos, venerável mestre de duas lojas da maçonaria negra Prince Hall no Brasil.
Adriano Marcos Gonzaga, 48 anos, venerável mestre de duas lojas da maçonaria negra Prince Hall no Brasil.
Foto: Arquivo pessoal

Ele imaginava uma adesão maior. “Acredito que nem todos conseguem ter essa compreensão de que o negro pode ar o lugar que ele quiser. Imaginei que viriam em peso, mas não. Está totalmente fora da realidade dos negros no Brasil, queremos mudar isso”.

Rappin'Hood na maçonaria negra a131

Historicamente, a maçonaria é dominada por homens brancos. No Brasil, um dos poucos negros maçons foi o intelectual múltiplo Luiz Gama, patrono da Abolição que chegou a venerável mestre, o mais alto grau da maçonaria.

O primeiro rapper de expressão iniciado na maçonaria negra é Rappin'Hood. Ele conta que, num primeiro momento, foi homenageado pela Prince Hall. “Eu tinha conhecimento sobre a maçonaria por um tio meu que fazia parte e, um ano após essa homenagem, fui iniciado como aprendiz.”

Rappin'Hood virou maçom há um ano. Tem aprendido com “irmãos pretos sem interferência de ninguém”.
Rappin'Hood virou maçom há um ano. Tem aprendido com “irmãos pretos sem interferência de ninguém”.
Foto: Divulgação

Ele diz estar estudando e discutindo com seus "irmãos pretos”. Para ele, a maçonaria negra é “um espaço para que homens pretos conversem sobre assuntos diferenciados e possam se ajudar e planejar trabalhos sem interferência de ninguém”, diz o rapper.

Como ser um maçom negro? 581g19

O ramo brasileiro da Prince Hall tem cerca de 80 membros. Foi fundada por maçons egressos de outras maçonarias, inclusive brancos. Começou com três lojas (como são chamados os locais de reunião) e atualmente tem seis unidades.

Ao contrário das históricas notícias falsas sobre a maçonaria, acusada até de culto satânico, a Prince Hall segue princípios semelhantes a outras lojas, sobretudo a necessidade de o maçom ser alfabetizado, com estabilidade financeira. Atendendo a esses requisitos, pode até se candidatar pela internet.

Fonte: Visão do Corre
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